segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Tem alguém pensando

Tem gente que pensa
que não importa tudo de bom que faça
que de nenhuma piada ela vai achar graça
que essa dor não passa
que essa dor não passa

Tem gente que pensa
que não importa o quanto você se sinta perdido
que ninguém quer saber se o guarda que era o bandido
Que você tá fudido
Que você tá fudido

Tem gente que pensa
que a gente tem é que viver na vida dura
tomar café com pão donzelo e dormir na rua
que essa dor não é sua
que essa dor não é sua

Tem gente que finge
Tem gente que sabe
Tem gente que a cara nem arde
Tem alguém pensando, merda...
Que merda! 
Tem alguém pensando.
Tem alguém pensando.
Tem alguém pensando.

Pra que se impor ou se importar com alguma coisa?

Queria olhar se havia alguém na internet a fim de trocar uma ideia sobre a crise da europa e os reflexos na economia do planeta, mas zapeando na TV vi Zeca Baleiro e Arnaldo Antunes falando sobre alguma música que provavelmente iriam tocar em seguida. Resolvi deixar a internet esperando. Gosto de Zeca, mas sou fã de Arnaldo, imaginei algo de realmente esplêndido, mas para minha decepção era uma música do Charlie Brown Jr. Deve ter ficado esplendidamente horroroso. - Não acredito que eu perdi meu tempo pra ver uma merda dessa. - Eu não tinha que assistir àquilo. Não havia ninguém pra conversar na internet.
Às vezes a gente espera demais quando não se pode perder tempo e ainda assim descobre algo de extrema falta de utilidade. Temos o estranho hábito de olhar sempre para o lado errado, as pessoas erradas, os sentimentos errados, as más intenções. Sei que eles não tocariam qualquer música apenas pra me agradar ou me irritar. Não estou dizendo que tal música é feia, nem mesmo que lhes deixei de ter respeito. Talvez uma outra hora, com mais tempo, mais paciência... É que ultimamente eu tenho estado com o ouvido muito sensível. É um problema, uma doença.
Esses dias minha mãe veio me perguntar sobre eu ter desmaiado na rua, coisas que andaram falando a ela. Lhe expliquei de meu sono da cachaça, que só me acorda depois de algumas horas, mas eu suprimi que isso não tem tido ocorrência há alguns anos. Em 2012 eu ficarei sem beber do dia 2 de janeiro ao dia 31 de dezembro, isso se a gente tiver reveillon ano que vem, pois parece que o mundo se acaba em 21/12. Xiii! Esse pode ter sido o último natal. Também posso morrer sóbrio. Eu não creio em uma coisa nem outra. Essa minha falta de fé é um problema que eu tenho, outro tipo de doença.
O natal perdeu totalmente a graça pra mim. Meu desprezo por tudo ganhou assas nesse natal, o qual eu me dei ao luxo de não ligar para ninguém (na verdade estava sem telefone), não visitar a ninguém (não saí), não pedalar, não fazer nada do que eu quis. Grande natal desprezado. Não recebi presentes, nem visitas, nem ligações... mentira. Meus amigos e minha família nunca me abandonam. Mas eu não tive como não deixar na mão algumas pessoas que eu muito estimo esse ano, porque meu telefone e minha disposição estavam muito ruins, quase mesmo desfalecendo. Eu espero que todos saibam que eu estou bem e que apesar de parecer triste com tudo, me sinto muito feliz por ter por perto ou não pessoas que me amam e que eu amo também até as últimas consequências. No ano que vem tratarei estar mais disposto às visitações e lembrar também de comprar alguns presentes, pois não há nada de mau em presentear, quando é o coração que oferece. Fora isso o natal é pura besteira.
Se Papai Noel ao menos fosse um dos 3 reis magos, se oferecessem ouro, incenso e mirra, ou, quem sabe, se fizessem alguma alusão... sei lá. Eu tenho essa mania de querer controlar a verdade, mas isso é por imbecilidade mesmo. Cada um pensa o que quiser sobre o que quiser e acredita no que quiser. A verdade não vai mudar com palavras, basta o pensamento.
Por mais que eu tente não discutir com gente doida, não consigo. Às vezes eu penso que todos à minha volta estão pirados, mas logo me toco de que o pancada sou eu. Ando de bicicleta alcoolizado e não posso falar de quem bebe e dirige, seria hipocrisia. Não posso falar dos que traem, pois, por viver sempre só, acabo me envolvendo em todo tipo de situação, e eu não conheço nada nesse planeta mais agradável que uma mulher que lhe aprecia e lhe quer bem. É quase como o próprio demônio lhe convidando para a festa. “Se ele te chamar, diga-lhe que não tem roupa nova e vaze.” Pra provar que eu estou errado teve gente que já fez muita coisa idiota, mas eu nunca mais perdi a razão. Faz é tempo. Às vezes não se trata de fazer alguém feliz. É algo mais simples ou menos complicado, dependendo da dúvida.
Vou acabar é ficando mesmo doente de alguma parada séria. Eu tô com uma paradinha aqui que olho que eu achei que era um cravo, mas aí ficou inflamado e eu tive de comprar um colírio mais adequado. Agora tá quase de boa com uma bola de pus do tamanho de um grão de arroz. O clima de Irecê e minha imundície de bêbado sujo (que não toma banho depois de ter cortado o cabelo e ficado o dia todo comendo água profissionalmente), fizeram-me acordar com o olho “deste tamanho!” terrivelmente inflamado. Podia ter sido qualquer coisa. Comendo água pesado, quando eu apago, sabe como é, né?
Que doente porra nenhuma! Não me sinto tão bem desde guri. Queria ter sempre a saúde de agora. Nada me incomoda. Nem sei como agradecer a Deus por ter me deixado chegar até aqui com tesão pela vida, já que eu vivo uma vida bem desregrada. Por mais que eu faça não será o bastante. Se amanhã eu me for, obrigado por hoje! Acho que é tudo.

É uma pá de doença de gente louca! (Ande de bike!)


Acho que todo mundo anda preocupado com minha alimentação e crê que eu estou passando fome (gente, bike emagrece!), pois em todos os lugares me oferecem comida e ultimamente deram até pra se ofender com minhas recusas. Eu nunca tive tanta vontade de ficar sem comer como agora, mas isso não tem nada a ver com nada. Eu como qualquer coisa menos ervilha, mas não tenho que estar com fome o tempo todo. Cuido de minha alimentação melhor não comendo o tempo todo, que é o que acontece se eu ficar fazendo vontade a todo mundo que me oferece algo. Pode parecer frescura de minha parte, mas às vezes a insistência é pior. Uma chateação de lado a lado. No natal piora tudo, porque a fartura faz as pessoas se sentirem obrigadas a oferecer e você obrigado a comer e todo mundo engorda, depois tem diabete, diarréia, ataque do coração, HIV, hemorróida e bota a culpa na cachaça. Sempre assim.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

DIA DA LIBERAÇAO DOS ELEVADORES PARA BICICLETAS.

Por Valci Ribeiro

A administração publica baiana, estadual, municipal e federal, bem assim os nossos motoristas, tratam muito mal os ciclistas e,  apesar do grande número de turistas que nos visitam, atraídos pelos encantos naturais, cantados em versos e prosas pelo planeta, são eles também  maltratados pela insegurança, sujeira e  pelo péssimo serviço de transporte oferecido em nossa Capital.
Os ciclistas, além de sofrerem as agressões dos motoristas,  são ignorados pelo poder publico, até nas coisas mais simples.
Não vamos aqui tratar da ausência de ciclovias, estacionamentos, banheiros para bicicletas.
Mas de uma ignorância, inconcebível para os dias atuais, que é a proibição de transporte de bicicleta pelos planos inclinados, escadarias da Lapa e elevadores, como o Lacerda.
Vereadores , arquitetos, políticos, imprimem em  seus folders campanhas em favor das bicicletas.
Mas ninguém do poder público se habilita a autorizar o acesso de bicicletas através daqueles equipamentos urbanos.
Ao contrário, um barco , no |Terminal da Ribeira,  que antes transportava bicicleta, agora tem aviso de proibição.
Nossos governantes conseguem trazer alguns jogos da Copa para a Bahia; aprovar PDDU polêmico, construir pontes e, quem sabe, fazer funcionar o metrô, e não conseguem permitir o acesso dos bicicleteiros pelas escadarias e elevadores.
O mundo inteiro tem contemplado, valorizado, estimulado o uso da bicicleta como meio de transporte.
Enquanto isto, a nossa Bahia não consegue liberar o mínimo em favor das bicicletas como meio de transporte.
Curioso é que, há alguns anos, chegamos a nos reunir com vereadores, técnios da Prefeitura buscando uma solução. Todos eles que nos receberam foram por demais  às  nossas reividicações.
Mas a coisa empacou, como sempre, pelos corredores da burocracia. Posteriormente, extraoficialmente, fomos informados de que seriam feitos projetos , escolhido material e equipamentos , penduricalho que seriam adicionados aos elevadores para o transporte de bike.
Entendemos a mensagem: é muito difícil. É muito mais fácil fazer a ponte para a Ilha de Itaparica, fazer rodar o metro, trazer a copa do mundo para a Bahia, do que fazer um oficio liberando o acesso de bicicletas através daqueles equipamentos.
Pareceu-me necessário ser  feito  UM PROJETO, CRIAR UMA EQUIPAMENTO,FAZER AUDIENCIAS PUBLICAS, DISTRIBUIR PANFLETOS INDICANDO O POLITICO QUE LUTOU EM FAVOR DOS BICICLETEIROS  PARA PERMITIR AQUELE TRANSPORTE.
Sou capaz de imaginar a seguinte situação:
Algum político aguarda a mobilização dos ciclistas. Quando o numero deles crescer, marca-se uma audiência publica, chama a imprensa e no dia seguinte um grande out door: vereador x , lutará pela liberação dos elevadores para o transporte de bicicleta.
Quanta luta , guerra, gasto de tempo e energia para ver cumprida a lei!!
Mas os bicicleteiros, cientes dos seus direitos, e de que contará com o apoio de muita gente,  estão se mobilizando. E aguardem: muitas pedaladas para estes locais para, simplesmente, vindicar o que  é de direito dos ciclistas.
A massa crítica, bicicletada salvador, Meninas ao Vento e vários grupos de bicicleteiros baianos já se articulam para o DIA DA LIBERTAÇÃO DOS ELEVADORES PARA O TRANSPORTE DE BICICLETA.  Aguardem ,pois será um grande movimento , pacifico, ordeiro, mas firme. E VOCE, QUE AMA A BICILETA, NÃO PODERÁ FICAR DE FORA.
Agora vai!
=Aos diretores, monitores, professores de escolas para motoristas: vocês estão esquecendo de ensinar a parte do Código de Transito que trata da bicicletas como meio de transporte. Reciclem seus instrutores=


Valci Barreto, advogado, Procurador da Fundação Cultural do Estado da Bahia. 
ESCRITORIO DE ADVOCACIA: Rua Barros Falcão, 542, Matatu, Largo dos Paranhos, Salvador Bahia - Brasil . Fone 34913233, das 14.00 às 17 horas, de segunda a sexta. Celular: (71)99999221- Colaborador do jornal e site FOLHA DO RECONCAVO(www.folhadoreconcavo.com.br) e do muraldebugarin.com. 

-Editor do blog bikebook.blogspot.com.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Sem celular outra vez

Depois de várias quedas batidas e sekuelas, estou mais uma vez oficialmente sem celular.

Agora estou em Poções-BA.

Quem quiser falar comigo, e-mail-me.

Em breve mando mais notícias.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

"Inteirezas da psiquê" ou "Por que as pedras rolam e os musgos comem as músicas"

Penso, logo me calo. Estou fora de meu tempo. As pessoas de minha idade são muito responsáveis, sérios, cansados, preocupados, dementes, velhos. Os mais jovens são muito loucos, ansiosos, impacientes, imbecis, e os que chegam lúcidos à velhice estão cada dia mais raros. Não encontro ninguém com o que eu poderia chamar de “meu quilo”, mas pelo menos hoje já encontro pessoas que calçam o mesmo número que eu (hehehe). Talvez não seja o tempo seja o espaço, talvez esteja fora do espaço/tempo, é isso.
O que as pessoas chamam de "viver a vida": estudar, trabalhar, ter filhos e se aposentar, rigorosamente nessa ordem, não faz parte dos meus planos para uma vida completa. Eu não consigo viver sem estudar, beleza? O trabalho normalmente rouba as melhores horas para se aprender algo, além de cansar o cidadão, mas também ensina. Muita gente acredita que apenas o trabalho mantém o homem com a cabeça no lugar: "mente vazia é oficina do diabo" dizem. Queria esvaziar minha mente um dia, mas não dá, tenho que estar esperto a qualquer oportunidade de aplicar o conhecimento adquirido. Talvez minha péssima memória me obrigue a ficar aprendendo o tempo todo, me informando e me atualizando disso e daquilo, mas é uma obrigação natural, não? Um dia eu me lembrarei de tudo e então morrerei, e não terá muita importância. A menos que eu viva muito, o que eu não creio.
Não gosto muito de pessoas, digo, não gosto de estar em meio a muitas pessoas, mas gosto de muitas pessoas, que nunca estão juntas, mas gostam de estar com muitos, isso é "efeito borboleta", ou "teoria do caos", como queiram chamar. Muita gente junta, muita energia diferente, muito cuidado a se tomar... isso tem me feito ficar cada dia mais longe das ruas. Eu não consigo mais tolerar certas coisas, certos comentários e certa maldade Tudo bem falar mal de mim, eu posso não ser como dizem, mas acreditar num absurdo por achar “natural” que tal "besteira" seja verdade sabe como é que eu chamo? Atavismo. O que eu penso de alguém interessa a bem pouca gente e eu não quero mesmo saber o que ninguém pensa sobre alguém que não me diz respeito. Ninguém pode ser forçado a querer saber de algo alheio o tempo todo, mesmo porque vivemos num mundo onde muitos precisam de muito pouco e não o tem. Não posso querer o que os outros querem, quero que ao menos os meus, aqueles que me rodeiam mais intimamente, sejam capazes de saber o que sou eu e o que não é, mas isso é uma polêmica bem inútil.
As pessoas tem a mania de fazer julgamentos a respeito das outras e guardam essas impressões por toda a vida. A maioria das vezes estão erradas, mas vivem melhor pensando que estão certas, e seguem suas vidas sem pensar mais profundamente nisso. Não gosto de pessoas que pensam seja o que for de mim, pois não tem nada que possam me oferecer de bom. Gosto de quem compartilha um pensamento comigo, pensa junto, que tem ideias e não impressões, quem conversa francamente e fala o que sente mesmo que não agrade, dessas eu gosto, mas é difícil encontrá-las no presente, eles se perderam num passado que pode nunca ter existido.
O que importa é o que a maioria acredita. Pra minha sorte, só apareço no jornal com a banda ou com a bike, mas se um dia aparecer sendo preso em alguma maracutaia os falsos, hipócritas e os invejosos farão coro com a massa ignorante ao meu respeito. Meus verdadeiros amigos apurarão a verdade, mesmo que não seja para lhes confortar, pois sei que em seus corações repousará a verdade, mas para que a justiça prevaleça, pois foi para isso que sempre vivi.
É muito triste imaginar que por causa de um comentário maldoso, falso, alguém tenha sua liberdade tolhida, seja excluído: da companhia de pessoas que estima, de informações importantes e até mesmo de oportunidades de trabalho, garotas, romances, etc. A credibilidade de alguém depende da opinião de outros que não tem nenhuma credibilidade, ou que, pela falta de caráter, ou de informação, não pode ser levada em consideração.
Não sei qual a intenção de alguém que perde seu tempo falando sempre sobre a vida dos outros. Eu tenho minha própria vida e adoro falar sobre ela, mesmo não tendo uma memória muito boa sobre tudo o que me aconteceu e às vezes falando mais do que é necessário à rede mundial de computadores, imagina sobre o que aconteceu com um filadaputa na casadocaralho...
Às vezes... às vezes me dou conta de que meus amigos me atrapalham mais do que me ajudam. Essa é uma triste e horripilante verdade. Quando eles não me escondem alguma coisa por acharem que eu não concordaria, julgam-me capaz de torpezas absurdas. É punk. Por algo que eles próprios fizeram também não sou bem visto, mas que se fodam! Todos! Não será por isso que terei cada dia menos amigos. Gosto cada vez menos de sair de casa e é cada vez mais difícil permanecer ileso na rua por muito tempo. Desde pequeno nunca gostei de “casa dos outros”, mas agora, além continuar não gostando, não me sinto confortável o bastante em muitos lugares. Além do mais, às vezes, com cachaça até as tampas, eu mesmo faço por merecer alguma hostilidade, mas isso é uma outra conversa. Aqueles pequenos momentos de entorpecimento, são o pouco que sobra da humanidade que nos foi roubada. É uma pena não ter como explicar isso em palavras. Não em poucas linhas, como deveria. 
Uma vez eu experimentei a Ayahuasca e por alguns minutos eu pude ver com muita clareza a “energia” em volta dos objetos; de olhos fechados pude reviver segundos do meu passado. Isso pode ser contado, mas não pode ser transmitido. Quem já teve essa sensação, com qualquer coisa, em qualquer momento, sabe do que estou falando. Por ter uma péssima memória, poder reviver o passado é sempre muito útil, didático, esclarecedor, atestador de caráter etc. Não me levo em grande conta, mas amo a mim mesmo, com um certo "desdém zaratústrico".

Porra de andar na moda! Me dê logo um tiro!


 Não vejo muito sentido na moda, mas sou escravo dela como qualquer ser humano. Minha “fôrma” não é lá exatamente a média do brasileiro e acredito que não seja na média de nenhum povo, o que torna minha busca por qualquer tipo de vestimenta uma coisa desagradável, pois, “todo vendedor desse mundo não entenderá exatamente o que eu busco e tentará me vender qualquer merda?” é de vender que se trata para ele. O “Eu preciso de um tênis, uma camiseta, uma bermuda, uma calça etc” se transforma em: “Quero a mais cara, ou a mais barata, peça dessa loja” ou "quero igual ao novo modelo da grife da putaqueopariu." a depender do olhar “clínico” do vendedor. É broxante. Eu detesto comprar, mas lidar com certos vendedores pode realmente estragar um dia. Salve a internet! Os melhores anos de minha idade eu não tive internet, mas hoje eu não sei o que seria de mim sem ela. Porra de moda! “Vendedora, minha linda, quero uma camisa sem estampas, uma calça de homem e bermudas com bolsos fundos.” Assim é mais fácil, não é? Seja como for, é um saco ter que me vestir desse jeito. 

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Deus me salve da América!

Eu nem sei porque é que eu ainda ligo a maldita TV. Vejo Jay Leno recebendo um monte de militares e outros imbecis tão alienados que não conseguem compreender que o país deles está despedaçando toda a merda esperança do mundo. Soldados, enviados a todos os cantos do planeta para guerras que não lhes dizem respeito, que quando tem a sorte de retornarem para suas casas, alguns loucos, outros inajustáveis devido às desgraciosidades da guerra, não sabem o que fazer de suas vidas e o próprio governo não lhes oferece quaisquer outras oportunidades e os deixa afundarem junto com a situação econômica do país que não tem como bancar mais tantas guerras, e tantas armas, e tantos homens. Ainda hoje tentam passar uma imagem de bons moços para o próprio povo e a opinião pública mundial. Como se todo mundo fosse manipulável por um bando de militares bobos, atrizes gostosas e jogadores de basquete no reflexivo dia de ação de graças.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Lá-pá meia-noite...


21/07/2006 - 
Estava lá parado outra vez. Ponto 41, 40, sei lá! Estava no 41 agora: Base Naval e Fazenda Coutos. Antes disso? Fui comer água com o pessoal do trabalho. Bebi até umas 23:00. Parelela é foda! Não tem buzu direto pra Pericity. Achei 50 centavos todo “atropelado” no ponto e a 1ª coisa que eu pensei foi: “Estou com sorte! Não devo dormir no busu.”Peguei o primeiro Lapa que apareceu e cheguei lá bem antes que pudesse parar de futucar o celular para ver para quem eu ligaria para tomar uma em PeriCity. Na Lapa, a essa hora da noite, não é muito bom de se falar ao celular.
Desci do busu, desci as escadas da Lapa e fui pro ponto esperar minha “carroça”, para a suburbana. O ponto 41: Base Naval x Lapa / Fazenda Coutos x Lapa.
Vi um ônibus vindo de lá. Na minha mente pareceu claro: “Lapa x Base Naval”. Saí de perto do corrimão, lado oposto, e me dirigi ao local da parada. Olhei para o outro lado, não havia ônibus nenhum. Olhei em todas as direções e nem sinal do bendito busu. “Teria eu sonhado? Estou tendo alucinações só com cerveja?” Comecei a caminhar pela plataforma a fim de que as pessoas que também aguardavam o ônibus encostadas ao corrimão, do lado oposto ao que se sobe no carro não percebessem o meu “mole”. Ninguém se movera.
Chegaram diversos outros ônibus, os minutos passavam e eu olhando para a placa “41” ainda inconformado. A essa altura a minha preocupação era o cansaço: “será que eu dormiria no busu de novo?” Finalmente o tal Lapa X Base apareceu. Eu não tinha “viajado” ele é que tinha parado atrás das escadas para “fazer o horário”. Subi. Claro que eu adormeci, mas dessa vez consegui acordar exatamente um ponto antes do meu.
Cheguei em Iara, na verdade bar de Hamilton, zero-hora em ponto. Olhei procurando os parceiros de sempre, mas nenhum deles estava lá, então fui em direção à praça, à procura de alguém legal para tomar a de ir dormir.
Tomei umas com Jeferson (Ricardo) em Ricardo (Pedro), pois Tonhão (Big-Hair), pra variar, estava fechando e ele insiste em não mais me vender cerveja quando dá sua hora. Tomei duas e vim pra casa descansar a alma, mas ainda pensando no que poderia ter acontecido se eu tivesse dormido novamente no busão e acordado na Base Naval. E lá estava eu de volta ao ponto 41.

sábado, 19 de novembro de 2011

A história de Biribulilo Babilack

O ano era 1990 e eu não sabia tocar violão. Estudava no colégio Status em Nazaré e não era o cara mais popular do colégio. Era um preto fudido que gostava de rock. Os caras mais populares da época eram Eduardo e Felisberto, eles tocavam bem pacas e todas as garotas lhes davam mole. "Quando eu crescer eu quero ser que nem eles", pensava. Comíamos água todo fim de semana e numa dessas cachaçadas eles apresentaram "Biribulilo Babilack, um cara do farol". Aquilo me deu ânimo. Eu tinha que aprender a tocar e tinha que tocar aquela música. Até hoje não sei qual dos 2 a compôs e se foi mesmo algum deles, mas copiei a letra no caderno e desde então passei a me dedicar em aprender a tocar.
Eu sempre tive talento em fazer amigos, mas era tímido, naquele ano eu percebi que esse talento cresce absurdamente quando se toca. Meu futuro tinha que ser tocando e aqueles caras eram meus heróis. Eu era um preto roqueiro e fudido que não tocava violão nem fazia amigos, mas depois que eu aprendi a tocar, inspirado naqueles caras, minha popularidade cresceu assustadoramente. O maior culpado disso foi Biribulilo Babilack".
Em 1991 eu já dedilhava meus primeiros acordes e até já tinha feito uma música "Homens trabalhando", que eu jamais toquei. Edu e Felisbeto saíram do colégio, mas o grupo da cachaça não se desfez. Nesse mesmo ano eu já podia tocar algumas poucas músicas, mas a única que queriam me ouvir tocar era justamente "Biribulilo", que eu
praticara durante as férias justamente para fazer a parceria com Felis e Dudu, mas os sacanas não voltaram para a escola no ano seguinte e até hoje nunca mais tive notícia deles, então me tornei uma espécie de representante do movimento "babilack" ensinando a música ao maior número de pessoas que eu conseguisse e ainda criando versões para a sua continuidade. 
A  letra original eu ainda tenho aqui numa folha de caderno e agora segue para o mundo:


Biribulilo Babilack

Biribulilo babiack
era um cara do farol
Queimava muito fumo
e jogava futebol
mas ele era candidato
a deputado federal
Seu lema é liberar o fumo
A brisola e coisa e tal

Nessa eleição
Com um baseado na mão
Vote em Galvão
E ganhe um morrão

Puta de um morrão
Puta de um morrão
Puta de um morrão, morrão, morrão

Biribulilo babiack
Era um cara do farol
Queimava muito fumo
E jogava futebol
Mas ele era viciado 
em cocaina e rophynol
Seu lema é liberar o fumo
A brisola e coisa e tal

Biribulilo Babilack
ganhou a eleição
Seu lema foi cumprido 
e agora todos tem um morrão
Na eleição que vem
vote em biribulilo você também
E ganhe um quilo e 100

ganhe um quilo e 100
ganhe um quilo e 100
ganhe um quilo e 100 e 100 e 100


L.S.D.
Louvado Seja Deus
L.S.D.
Louvado Seja Deus
Louvado Seja Deus

E na falta do que fazer, veio a parte 2, mas vai ficar pra outro dia, porque eu não me lembro muito bem, mas deve estar perdida em alguma caixa. Lembro a primeira parte, mas o resto só Jesus...

Biribulilo Babilack
Já não mora no farol
Ainda queima fumo
E é fominha em futebol
Mas ele agora é candidato a prefeito da capital
Seu lema: "liberar o fumo"
Ganhou destaque nacional
Nessa eleição
Com um  baseado na mão 
vote em Galvão
E ganhe um morrão
Puta de um morrão
Puta de um morrão
Puta de um morrão, morrão, morrão


No dia que foi eleito
Com uma folhinha no peito
O tal Galvão
Deu um morrão ao prefeito

Puta de um morrão
Puta de um morrão
Puta de um morrão, morrão, morrão

Alguns anos mais tarde, um colega de colégio, Bruno("Pirigo"), me pediu  pra copiar a letra para uma banda de uns amigos dele tocar. Essa banda era a Inkoma e até hoje eu estou sem saber se a parada virou Pirigulino por causa dele, o "Pirigo", ou se a galera não conseguia falar Biribulilo, sendo pirigulino bem mais fácil, o fato é que hoje existe uma banda chamada "Pirigulino Babilack", a qual eu não sei se alguma vez ouviu a música como eu a conheci.

O cão vai ao rio com seu dono vadio

Noite de quinta-feira sem convites para farra, nem mesmo o desejo de uma orgia me faz pensar em sair de casa e encontrar pessoas capazes de estragar completamente um dia como esse de quase tédio, mas sem marasmo, pois pude manter minha mente ocupada em algo muito importante. O calor absurdo do quarto não combina com o conhaque sob a cama. A TV não aparece como uma distração e sim como um inimigo dos pensamentos vagos sobre a noite, o dia seguinte e as possibilidades. Esvazio mais uma garrafa de água, é a segunda do dia. Possibilidades... assisto vários filmes.
O sono não dá sinal. Pego o ventilador, mais uma garrafa de água, uma dúzia de spams e assim como decidira ficar em casa resolvi sair para dar uma volta com Conhaque, que segundo a esposa de meu irmão havia ficado louco quando eu viajei, como, segundo ela, costuma ficar sempre que eu passo muito tempo longe. Pobre cão. Eu tenho sido um péssimo amigo ao longo dos seus inacreditáveis 4 anos. Ele já é um adulto faz tempo, mas parece ainda um filhote, um fanfarrão. Passear com ele à noite pelas ruas desertas de Pericity é um dos meus sonambulismos preferidos.
Os cães tem a capacidade de perceber a chegada de uma pessoa querida, e outros cães, a grande distância, não sei se pelo cheiro, ou pelos passos conhecidos, parece mais uma premonição. Eu posso perceber quando algum cão está dirigindo a mim seus latidos. Depois de um beck a minha sensibilidade aumenta, minha e deles quanto à minha presença, e disparam a latir quando eu passo. De alguma maneira eu percebo que seus latidos não são de ira, soam como uma saudação: “sou tão canino quanto eles, isso é o que eles veem”, foi o que eu vim a concluir.
Outro dia, voltando de bike pela estrada velha, ouvi uma cadela despencar de uma laje depois de ter latido para alguém que eu não sei se era eu, mas ainda pude vê-la se levantar do tombo e tomar a direção de casa. Entristeci. Ela deve ter se machucado e talvez até morrido depois. Alguns animais não conseguem compreender o que é uma pessoa andando de bicicleta, eles apenas notam o deslocamento estranho e a limitação de movimentos, não sei se sabem, mas alguns animais vivem exclusivamente desse tipo de observação, e, como toda observação, depende dos olhos. Aqueles que não enxergam bem perseguem os veículos. Possivelmente aquela cadela também tinha problemas de visão.
Com Conhaque eu não chamo tanto a atenção dos outros cães, pois o bonitão é o rei da rua. Ontem ele pôde ficar sem a guia pois não se via viva alma. Andamos calmamente, ele à frente conferindo cada poste, cada amontoado, cada portão, é incrível como ele é incansável, com dois palmos de língua para fora o tempo inteiro indo e vindo de um lado para o outro. Às vezes entra numa rua errada e eu o chamo, vem virado na zorra, passa direto por mim, e recomeça o trabalho de vistoria carimbando tudo com seu mijo infinito. Um rolé básico passando pela praça do sol (os “homi” lanchavam em frente ao campo do baba, por isso nada de bufus na praça), pegamos o rumo do canal do Paraguari até a cocheira, de volta dessa vez pelo outro lado do rio. Um sacizeiro ali, uma puta louca acolá, alguns cães sem dono e uma “lua smile” foram nossos únicos companheiros nessa caminhada brisótica. Na volta pra casa, mais uma passada pela praça do sol, indo até perto da 5ª delegacia e pegando a rua que separa a malhada da urbis. Próximo ao fim de linha nos deparamos com um doidão de bike e uma matilha que guardava seus donos de rua. Entrando em “minhas quebrada” eu podia ouvir o latido de cada cão da redondeza. Todos nos latiam.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Eu acho que é isso, mas não é bem assim, muito pelo contrário etc, inclusive

Às vezes eu quase que acredito que estou mesmo vivendo no melhor dos mundos. Temos a cerveja, as mulheres e todos os avanços tecnológicos para tornar a nossa vida o mais confortável e prazeirosa possível, e, mesmo em falta de alguma coisa que julgamos indispensável, temos uma inumerável quantidade de outras maravilhas em nosso planeta, totalmente alcançáveis e desperdiçadas.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Ríu Mái Bóus

No dia do lançamento do clipe do Honkers eu sofri um acidente com a bike. Poderia até dizer que quase sofri, como já falei, mas o fato de ter deixado seqüela não pode ser dado como "quase". Ainda sinto um certo desconforto na região do saco, ali bem pela beirada do ovo esquerdo. É uma coisa bem sinistra. Fiquei até meio noiado de ficar brocha depois da pancada, mas graças a Jah a ferramenta funciona. Mas a dor fica ali, sabe como é?
É como o país. O Brasil continua sua guerra insana contra as drogas. Entra ano, sai ano, entra partido, entra polícia, entra governo e a política de drogas não muda desde que eu me entendo por gente. E eu mudei pra caramba desde que nasci: era guri, fui adolescente, virei adulto e daqui a pouco, se a vida insistir, estarei velho. Cresci muito, aprendi bastante e não me canso de buscar conhecimento, mas inconscientemente, ou não, os governos e boa parte do que chamamos de sociedade se mantém numa atitude da mais completa ignorância com relação às drogas e aos usuários. Todo mundo compra, e todo mundo é contra, todo mundo vende, e todo mundo pode mandar te prender. Existe a proibição, existe o tráfico e de vez em quando um lado sofre.
Ainda temos que fingir espanto com a situação estúpida em que vive o Rio de Janeiro. Vai fazer o quê? O lugar que tem o povo mais "ixperto" e arrogante do mundo vai ter uma polícia e uns bandidos igualmente "ixpertos" e arrogantes. Se ao menos lá começassem  uma nova visão com relação às drogas, talvez se conseguisse algum avanço no resto do país, que só tem olhos para a cidade maravilhosa. Mas é um pensamento inocente meu. Melhor pensar nas minhas bolas.
Ontem eu dei uma apalpada séria pra ver da colé de merma. Duas semanas essa porra doendo não deve ser bom. A parada deu tipo um estalo quando eu estiquei a pele. Sabe aquele medo cortando sua espinha e congelando as pregas do seu rabo? Putz! Naqueles 2 ou 3 segundos eu pensei que aquilo fosse inchar e depois eu teria que fazer uma cirurgia para arrancar as bolas. Acendi a luz e dei uma boa olhada. Nada. Massagiei. Aguardei mais uns 5 segundos e olhei de novo pra ver se tinha mudado de cor ou sei lá. Nada. (É... se até amanhã não ficar roxo, mudar de tamanho ou a dor piorar eu tô salvo.)Pensei. Olhei hoje e tava tudo bem.
As mulheres devem ter muita inveja de nossas bolas. Não tem uma relação com nada parecido como isso. (Nem mesmo nossas mulheres com nossas bolas...) Talvez algo as faça pensar tanto no futuro quanto um possível problema no saco nos faz, mas tenho quase certeza que não há nada parecido no universo feminino. Bem aventuradas mulheres... rezemos por elas.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

"Você tem é sorte de ser azarado"

Sabe aqueles dias que você se fudeu pra chegar na escola no horário e aí não teve aula? Parece  um episódio de "Todo mundo odeia cris" mas aconteceu comigo algumas vezes morando em Peri e estudando em Nazaré, Cidade Baixa... Saía de Pericity num toró da porra, trem, busú, uns 700m andando sob o temporal e a escola fechada, sem as aulas. quem foi o preto otário que tinha ido estudar?
Sábado teve Bahia e São paulo aqui no "Pituaço". Ingresso 30 conto e eu sem um cent. A geladeira só tinha água e ovo, mas eu ainda pensava em pagar esse pau do ingresso. Pouca chance de achar na bilheteria, liguei pra um brother São Paulino que me disse que tinha um canal com ingressos a 40 pila na hora que eu chegasse. Arrumei uma grana emprestada já pra lá das 17h, o jogo era 19h. Não dava pra ir de bike porque tinha chovido a cântaros, fui pro ponto pegar o Aeroporto e na Paralela pegaria qualquer um pra o estádio.
38 anos, sem casa, sem esposa, sem filhos e sem automóvel. Esse sou eu. Ao menos meu time de coração vem jogar em minha cidade uma vez por ano. No ponto tudo o que eu queria era que o busú chegasse logo, mas meu otimismo às vezes nem é racional. Se durante a semana o ônibus demora uma hora, sábado, com pressa, de acordo com a Lei de Murphy ele havia passado há poucos minutos(ou seja, esperaria mais que o normal), mas eu não sou um cara de se deixar vencer assim fácil. Se em meia hora ele não viesse eu voltaria pra casa.
Vi alguns carros com torcedores do Bahia descendo a estrada velha e pensei em pedir carona, mas por algum motivo me aputei. Não creio que seria boa idéia, mesmo que eu chegasse no estádio a tempo de pegar o ingresso e ver o pontapé inicial. 18:30h eu desisti de esperar e voltei pra casa.
Devolvi o dinheiro emprestado e me senti muito fudido. Continuava duro e agora nem meu time eu podia ver ao vivo. Liguei o computador e resolvi assistir o jogo online.
Puta jogão! Luis Fabiano não tava achando nada, mas Welington e Lucas estavam comendo a bola. Um não deixava o Bahia jogar e o outro dava uma dor de cabeça da porra pros marcadores. Parecia que seria fácil a gente ganhar. O primeiro tempo terminou 1x0 pra nós com um golaço de Welington, menino criado no clube.
No intervalo eu fui fazer um chazinho pra desopilar e quando cheguei a 3 min do segundo tempo já estava 2x1. O bahia havia empatado logo na saída e com um outro golaço nosso dessa vez de Lucas a gente retomou a vantagem. Cícero, que jogou no Bahia, fez o terceiro e agora eu sentia meu corpo se tremer todo de raiva por não ter ido ao estádio. Podia até mesmo ouvir os caras da torcida falando de mim: "Aquele Thilindão é pé frio, bastou ele não vir pra a gente golear."  Aí toca o telefone. Eu achava que era alguém do estádio querendo saber de mim, mas era Julivaldo(Bahia doente) querendo saber se eu ia no reggae. Ele havia acabado de chegar de viagem e nem estava aí pro jogo. No momento que ele ligou o Bahia fez o segundo gol.
- Qual foi que não tá vendo o jogo?
- Ih! tá rolando Bahia e São Paulo, né?
- Seu Bahia acabou de fazer o segundo agora tá 2x3.
- Vou descer e passar aí.
- ÊA!
E o Bahia empatou a porra do jogo. Eu não tava levando muita fé no que via e comecei até mesmo a me sentir culpado por não estar no estádio, pois imagino que com a minha energia o time não iria sucumbir a um adversário já dominado. Daí a pouco tocou o telefone novamente, antes de atender vejo o Bahia fazer o quarto gol, o gol da virada, o gol do meu pesadelo. Lá se foi a chance de continuar brigando pelo título. Lá se foi a chance de os torcedores do Bahia pararem de encher o saco porque há 40 anos não ganhamos deles aqui. Lá se foi meu pé frio. Atendi o telefone e era Julivaldo já aqui na porta. Abro o portão com cara de poucos amigos e largo logo:
- O Bahia acaba de virar o jogo. Venha aqui mais não, man!
- Porra! Qual foi?! O Bahia virou?! ÊÊÊÊAAAA!
- É man. Acabou o jogo, vamo nessa!
No caminho para Tubarão (local do reggae) uma mensagem no celular: "o Bahia é foda!"

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Senhor ciclista, respeite o motorista!

E então, galera do pedal? Vocês acham que os motoristas são todos assassinos, malucos e desumanos? Eu acho, mas isso é problema meu. Eu sou maluco.
Apesar de minha insanidade eu não acho que tenho mais direito de andar na rua que ninguém. A rua é de todo mundo.
Os motoristas, mesmo aqueles que não respeitam a própria mãe, não são uns caras tão desgraçados assim. Eles normalmente não querem ferir ninguém no trânsito, mas a vida em sociedade (essa sociedade capitalista e apressada) os faz perder completamente a noção de humanidade. Nada é mais importante que o tempo e eles não vão perder o tempo deles atrás de um ciclista, motociclista, pedestre. A rua é espaço do automóvel e a ele devemos todo o respeito e admiração, devendo para isso nos mantermos imóveis, ao lado da via, apenas admirando a sua passagem (grande piada).
A roda da vida nos coloca numa situação onde pessoas vestidas de animais metálicos tem todo o direito de ter pressa, enquanto  toda vida em  volta deve aguardar a sua  apressada e imutável exibição. É isso que está intrínseco na cabeça dos motoristas que devemos levar em consideração, pois isso é o que nos fará mais autoprotetores.
Os motoristas não querem atropelar ninguém. Isso é uma certeza. Se alguém der o azar de estar por perto de algum assassino no momento fatal isso seria apenas, digamos... (destino?) sei lá, mas é o assassino quem deve ser punido. Não é justo que toda possível vítima o seja. Se evitarmos atropelamentos estúpidos causados por ciclistas que esqueceram que as vias são dos automóveis estaremos ajudando a aliviar o judiciário e a superlotação carcerária.
Mantenha-se longe! Olhe! Escute! Faça-se invisível! Faça-se ver! Não discuta com um motorista pois ele pode ser um assassino numa armadura de metal e roupa de ciclista normalmente não é muito boa pra duelos. 
Sorria! 
Agradeça! 
Peça licença! 
Dê bom dia!
Salve sua pele!

sábado, 5 de novembro de 2011

"Man, você tá maluco!"


Se eu não fosse grande na altura diria que não sou grande coisa alguma, mas ainda posso me permitir chamar a mim mesmo de "grandes porra". Se eu fosse um grande qualquer outra coisa, minhas palavras ecoariam por todo esse hemisfério até tomar a primeira página de um "The new york times" da vida, como se a estúpida e tendenciosa imprensa imperialista fosse algo muito mais importante do que as palavras que escrevo sem nenhum romance, sem nenhum interesse escuso e sem querer enganar a quem quer que seja. Eu não sou um grande poeta, nem grande músico, nem mesmo uma grande personalidade, vejamos... vá lá que eu seja um grande imbecil. Não estou a fim de julgar a mim próprio.
Mesmo que se tenha a mais “pura” das razões para impor uma vontade, ainda é de bom tom, e por que não dizer aconselhável, deixar o espaço para que qualquer um cometa seus próprios erros, mesmo os infantis. Parte das pessoas não escutam. É possível até mesmo ser cético quanto à boa intenção de quem quer que seja.
Conheço pessoas que jamais vão entender como elas estão debilmente vivas, por estarem cercadas de uma estrutura social que corrobora o seu estado doentio. A vida aparece como um lar seguro e confortável, mas nada disso existe de fato, é pura imaginação e esperança ultrapassada.
Porra de "dono da verdade"! Temos de tentar entender, quando alguém tem uma impressão errada sobre qualquer assunto, seu ponto-de-vista, mas quando a impressão errada for sobre nós mesmos, espero que nos escutem (algumas pessoas nunca escutam). Chega ao ponto de se conviver com qualquer opinião “torta” que lhe seja concebida. Se não escutarem? Paciência. O medo, a comodidade, a própria mediocridade, faz com que as pessoas não queiram tomar conhecimento mais profundo sobre uma impressão que pode estar certa ou não. Além da já mencionada ansiedade, comum aos humanos.
Até onde a experiência com pessoas e animais pôde chegar, constata-se que tudo o que há de mais vil habita no espírito humano, bem como tudo o que é belo e ambos morrem (não no meu espírito). "Cada um é como Deus criou". E daí se alguém tem problemas com isso? Não tenho dúvidas sobre o meu caráter e não tenho motivos para tentar apagar qualquer impressão, errada ou não, a meu respeito. Cada um tem a obrigação de estar em sintonia com a realidade não com a noção geral de vida infeliz. Na minha consciência não carrego nenhuma beleza ou vilania, tudo é como é... cru. Dúvidas quanto ao caráter?
O ciclista deve usar capacete; eu sei. Que não vai salvar minha vida, eu sei, mas uso porque ajuda ao motorista desatento me identificar enquanto ciclista. É um pensamento estúpido, eu sei, mas tenho que parecer real para motoristas assassinos e insensíveis e o capacete faz com entendam. Lhes obriga a ter mais cuidado. Além do fato de que em 2011 tem gente que não sabe que não se deve beber e dirigir um veículo motorizado muito mais pesado que uma pessoa.
Beber moderadamente é da mais completa falta de sentido. A bebida é algo necessário ao espírito, raramente ao corpo. Quando se bebe, a intenção é de se embriagar, pelo menos os não hipócritas. Às vezes algo sai do controle, mas, creiam-me, essa não é a regra. 
Eu não creio que existam pessoas capazes de guiar veículos motorizados em área urbana. Não nas ruas que nós temos, não os seres humanos somos, não os veículos que nós temos, não no planeta em que vivemos. Os carros não são máquinas assassinas, mas o homem possui uma certa aptidão para matar tudo que for vivo, incluindo a ele próprio. Por isso acho que deveria ser proibido guiar qualquer veículo motorizado. Isso seria entendível. Uma lei que proíba o uso de força motora em ambiente externo. Não precisamos da proibição do uso de drogas para conter a violência. Campanhas anti-drogas são todas piadas opressoras de péssimo gosto.
Poderia escrever mil laudas sobre as incoerências da vida moderna, mas escrevo desordenadamente e isso: não é agradável, parece insanidade e vem de um grande imbecil. 
Que se foda! Falar o que pensa não pode, falar a verdade não pode, falar com coerência não pode, mesmo porque ninguém sabe o que quer dizer a coerência, nem mesmo eu.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Das coisas que não se descreve

Quando eu olho as horas, assim como se só quisesse encontrar um lugar para ocupar "minhas vista", enquanto passa um certo constrangimento, ou simplesmente não há nada  além de uma tentativa de encontrar algo e então se procura num relógio sincronismo, sincronicidade, ou o que valha. Sorrio quando coincide àquela hora que me lembra alguém. É uma espécie de felicidade-saudade-triste-boa-pa-caralho, sabe como é?
Tem dias que nada sai certo. Entardece, anoitece e  nada do que podia acontecer de bom aconteceu. De repente uma frase no twitter: "Quando o violão pousa no colo e uma canção vem à baila tudo fica mais bonito..." me chuta de volta pra parte bacana de minha vida, aquela que ninguém pode me arrancar. Apesar de todas as sacanagens que eu tenho de aguentar todo dia ainda posso simplesmente ocupar a mente com algo mais alegre, mais útil. Parece independência, parece anarquia, mas só tem aparência e nenhuma forma, definição alguma satisfaz essa parte. As memórias de drinques acabados, os tropeços, os erros de cálculos, partes de bons e maus momentos, mas quando podemos pensar neles depois de um tempo vemos que era tudo viagem, mas era como era.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A música e a inspiração

Bukovski dizia que gostava da música clássica pela ausência de voz, pois ele achava que seria muita informação para o seu cérebro enquanto escrevia ou dirigia. O que é que eu vou dizer ao velho Buk? Estava velho e chato como os de personalidade forte como ele.
A música clássica sempre será a inspiradora preferida de alguém... que se fodam! Eu mesmo a prefiro em muitos momentos, mas não tem nada a ver com a presença de uma voz humana. Imagina se a voz de uma Aretha Franklin, Billie Holiday, Amy Winehouse, vai atrapalhar o raciocínio de alguém. Só uns caras malucos como Bukovski. Às vezes uma voz nos faz ter boas idéias e algumas letras de músicas são mesmo uma fonte de inspiração extra e ainda, às vezes,  nos dão a própria resposta para qualquer dificuldade em expressar alguma idéia. A música é uma tábua de salvação.
Vou dizer uma coisa sobre o meu hábito de ouvir música: não é mais a mesma coisa de quando eu tinha 12 anos e ficava horas com o fone de ouvido na sala e o encarte dos discos na mão aprendendo as letras das músicas, aumentando o vocabulário pré-adolescente. Passei alguns anos sem ter condições de ouvir música em casa, sem walkman, sem comprar discos e isso me fez perder muito, não do mundo da música, que foi piorando com o tempo, mas das letras das canções que eu gostava que deixei de aprender e isso até hoje atrapalha as serenatas.
Quando eu pego um violão em meio a um lual ou uma simples reunião de amigos fico sem saber o que faze com ele. A depender da média de idade do grupo eu posso não saber tocar sequer uma musiquinha e a maioria das vezes ou invento as notas na hora, ou simplesmente toco uma bobagem qualquer e passo a bola, mas devo confessar que isso irrita mais a mim que aos meus ouvintes. Fazer o que? Reciclagem? Não. Preciso mesmo é de uma memória auxiliar.
Quando me sento para escrever prefiro musica cantada à gritada. Os blues de 30 a 50 são a verdadeira sonoridade de minha alma. Sinto a cantar (papo aviadado da porra, mas é sério). Escrever ouvindo T-bone, Willie Johnson, reverendo Gary Davis, é como se eu estivesse em outro tempo, suspenso no tempo, talvez perdido, mas todo enfiado na música, sabe como é? Uma outra alma assume meu lugar e então eu estou livre de toda essa merda. Como o velho Buk que não se sentia parte de coisa nenhuma. 
Mesmo com tanto poder de armazenamento de informações em mp3 players, mp4 e celulares algumas pessoas entrem no ônibus com um som de péssimo gosto em volume alto para que todos se sintam tão inúteis quanto a música que toca sem ser pedida. É uma violência, mas é nesse mundo que estamos convivendo, e procriando, e criando novos conceitos de arte. 
O que fazer se Robert Johnson existiu? Algumas pessoas são surdas e não terão nunca o prazer de ouvir sua música pura e sem apelos comerciais imbecis. Eu próprio queria ser surdo pra certas coisas, mas vivo em 2011 e não consigo deixar de escutar certos insultos à música e ao conceito de inspiração.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Quando eu era criança não acreditava em Deus

Eu tenho a mania de querer salvar a porra  do mundo, mas não consigo salvar a mim mesmo. Isso é ruim, repetitivo, desgraciosidade. Não consigo economizar água, luz, amor, dinheiro, nada. Nem mesmo em casa eu consigo fazer um esquema bacana de reciclagem de resíduos, lixo orgânico etc. Não consigo fazer minha família ter consciência ecológica. O que eu esperava? As pessoas são reflexo da sociedade e vivem de acordo com noção geral de sobrevivência. Tudo o que lhes importa é o dinheiro, a casa, a roupa e a comida, se você não está preocupado com essas coisas está perdendo seu tempo.
Não deixo restos de comida no prato, não jogo lixo no chão, não faço xixi no cimento, prefiro na terra, pois a urina também é necessária ao solo, não desperdiço água lavando a bike ou dando banho em meu cachorro (uso um balde), lavo roupa apenas uma vez por semana, não dou dinheiro como esmola (mas respeito os pedintes), não obrigo ninguém a fazer o que não quer e tento ser o mais honesto possível. Parece que isso não tem nenhuma importância para os outros, mas eu me sinto muito bem agindo assim. Não tenho nenhuma vergonha em assumir minha inocência em alguns casos, principalmente quando é necessário ter em mente pensamentos da mais alta baixeza. Isso não entra em meu ser. Não consigo agir de maneira leviana, pelo menos não conscientemente. Minha natureza é essa.
Os bons conselhos que ninguém me pede eu dou sempre sem nenhum constrangimento ou arrependimento, infelizmente nem sempre me escutam. Se alguém acha que é natural jogar ponta de cigarro no chão o que é que eu vou fazer? Ficar revoltado não ajuda. Tem tanta coisa que eu acho errada nesse mundo que se eu me retar demais vou acabar pirando, aí vão dizer aquelas coisas todas que falam dos malucos, desgraçados e sonhadores. Sim, eu sou um sonhador, mas não, não vou sonhar demais sozinho. Quando se sonha com um mundo melhor não pode-se estar só.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Ponto de saque

Chuva incessante congelando o ambiente
Café, pão, mel ajudam a passar o tempo
A tv perde-se em variedades invariavelmente desinteressantes.
Ligar ou não ligar?
O tweeter me lembra que existe o PAN
Se "pã" é bom!
As meninas do volei valem ouro

Uma conversa boba às vezes vira uma confusão dos pecados. Deus me livre! As mulheres sempre acham que o que a gente fala é pensando em foder alguém ou alguma coisa. Isso é culpa delas, culpa do mundo, culpa dos homens cretinos, culpa dos novos tempos, mas desde que o mundo é mundo os tempos mudam e as pessoas se confundem. Confundem tudo.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O cara tem que ser descolado, sabe como é? Cabelinho da moda, bermudinha, tênis.... putz! Eu fico me imaginando com 14 anos de novo, usando hang-loose, Billabong... ainda hoje as pessoas se preocupam mais com a roupa do que com a comida, e nem são os adolescentes. Todo mundo está mais preocupado em foder, mas ninguém se preocupa em fazer as coisas direito: usar camisinha, ter cuidado com a parceira, um pouco de atenção, carinho, blá, blá, blá...

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

"Tá bom, mas não se irrite."


Ainda que a verdade seja libertadora, que o amor seja infinito e que a esperança morra de padecimento, amo a liberdade e tenho esperança de que um dia isso não seja nenhuma ofensa, agressão, crime, ou qualquer maledicência, pois meu único intuito foi: que a verdade fosse clara e sem direito a análise de pontos-de-vista. Não existem duas veraddes sobre uma mesma questão, há pontos-de-vista, mas a realidade é simgularíssima. Não posso inventar a verdade. Ainda não possuo esse dom. Talvez mesmo me seja dado esse direito de o ter, mas ainda não aonteceu. Enfim, a realidade assim como me acontece é, digamos, absurda, muito mais vezes que o necessário.  

terça-feira, 11 de outubro de 2011

é muito fácil falar de coisas belas

Dia desses estive trabalhando num evento ligado ao empreendedorismo (palavra feia da porra) e vi que o povo quer mesmo é ser visto e não está nem aí pra o que é um produto e o que vai ser oferecido. Tudo o que importa é que esteja numa caixa bonita e não pareça um monte de merda. Parece que eu estou sacaneando, mas fica bastante claro quando você olha as pessoas em tais eventos. Todas as garotas estão vestidas impecavelmente para matar e maquiadas para aniquilar a concorrência por uma vaga de trabalho ou de casa. Incrível.
Moro numa cidade muito quente, onde as pessoas andam à vontade, e andam bastante, logo, seus corpos ficam mais saudáveis, e isso induz à natureza a entrar em ação liberando a libido. Algumas criaturas "afortunadas" tem em seus corpos uma opção de negócio. Todas as demais almas entendem que esse valor é digno de admiração e nada mais justo do que o seu  devido lugar. Lugar esse que desconheço, mas que deve ser no inferno, porque um monte de gente saudável e sexualmente ativa junta não é coisa de Deus. E se Salvador não é a antessala do inferno, me desculpem, mas minha apuração me levou a crer que se trata de uma situação infernal ao extremo.
Eu nem acredito nessas coisas de céu e inferno. Não mais. Mas acredito e atesto que quanto melhores suas ações melhores coisas lhe acometem. Talvez seja preciso apenas aprender a curtir cada pequeno momento de prazer, mas o bem é contagioso. Quando as pessoas se arrumam elas mandam um recado para o mundo de que ali naquele corpo há algo de mais belo. Normalmente há mesmo. Algumas pessoas são simplesmente "descobertas" depois que se embalam num pacote mais moderno, ou mais jovem, ou mais antenado.
Se eu falar de algum escritor imbecil serei ainda um estúpido, e daí? Todos criamos mesmo nossos personagens comuns. Pessoas que são simplesmente comuns. Elas não existem de fato, pois cada um é único, mas em nossa cabeça existe aquele posto de pessoa ordinária que está no mundo apenas para compor uma estatística. Algumas pessoas se enquadram exatamente onde lhes são induzidos a crer pertencer. Tem gente bem vulgar em quaisquer classificações que criemos, mesmo naquelas em que o único critério é a beleza. Não há vulgaridade em ser belo, ela salta aos olhos com leveza, o que existe é ausência, por falta de melhor palavra, de qualquer outra admirabilidade.
Eu nunca levei muito jeito pra nada ligado a moda, design, decoração, pra mim isso é "homofilia" e, se eu não sou "fóbico", porque haveria de ser "fílico"? É como não acreditar em Deus e fazer um pacto com o Demônio. Tem gente que leva isso tão a sério que eu fico até com vergonha de tentar conversar trivialidades. Sério mesmo. Que porra eu vou falar sobre isso? Pra mim as coisas tem que ter uma utilidade, nada mais. A cor, a forma, a tendência  da próxima estação eu deixo pro pessoal hype.
Em algum lugar há algo mais importante que  parecer. Um dia, talvez, vamos aprender a olhar bem para as pessoas e descobrir sua verdadeira alma, aquela que não tem nenhuma forma que possa ser capturada e embalada num pacote atraente. Enquanto esse dia não chega temos que nos contentar em admirar as belas formas de nosso povo. Nada mal, hein?! Digo, ás vezes não é exatamente um sacrifício.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Apenas viver é importante. Sobre a morte a gente pode pensar na chegada.

Algumas pessoas mudam o mundo em 5 anos, outros nem se viverem 100 conseguirão fazer qualquer coisa de algum valor a qualquer um. É loucura. Quanto tempo devemos nos dedicar a sermos homens melhores? A vida toda não será o bastante. Alguns crêem que reencarnaremos para completar nossa evolução enquanto seres avançados, mas, visto o que tem acontecido com os valores morais, estamos presos numa existência sem avanço.
No leito de morte muitas pessoas conseguem sentir o que é estar vivo, mas é muito tarde. "Talvez na volta" pensam. Uma pena que os que ficam tenham que se acostumar com a ausência. É tudo.

“Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo – expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar – caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração”. 

(Steve Jobs, 1955-2011)

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Trilha do Cobre

Hoje eu fui ao Hospital do Subúrbio, na verdade eu fui na mata do Cobre e por acaso comi uma coxinha em frente ao hospital. A vida continua igual por lá, até o bar que eu bebi uma vez que o dono disse que ia demolir está lá. fazia tempo qu eeu não dava uma volta ali pela frente, sempre passo pela parte de trás e visito a mata. Hoje eu tive o vislumbre de uma excelente trilha de bike, que pode alavancar o projeto "Parque do Cobre". Ela passa por dois trechos de rio, que infelizmente não está tão limpo, mas o visual em volta é fabuloso. É preciso invadir a mata onde as árvores "gritam", que ficam mais abaixo no rio, numa área de mata bem cerrada. Olhando de cima dá vontade de mergulhar, mas essa faixa de mata é bem estreita e é capaz de ter saída para a estrada do derba. Vamos vendo.

Vida de gado

Eu reclamo, reclamo, mas vai ver eu gosto mesmo é da vida de pião. Sair todo dia cedo, pegar busão lotado, voltar cansado pra caralho, pegar um sanduíche gorduroso e ir dormir pra no outro dia fazer tudo de novo. Isso é lindo. Poético. Mas bom mesmo é ver as gostosas na ida e na volta, no busu, na rua, no trabalho é uma gostosura sem fim.
Legal é que falando assim eu pareço mesmo um "taradão miserávi", mas sou uma puta e nem sequer digo um boa tarde se uma gostosa dessas senta de meu lado. Sou uma puta!
Eu gosto quando as coisas saem como planejado, tipo: "vou sair, pegar meu busu vazio, ler até dormir, acordar na hora de descer, tomar uma antes de ir pra casa, pegar um lanche gorduroso, chegar em meu quarto e esquecer que o mundo existe.  Vida de pião modelo, porém esplêndida.
Lendo Bukowski eu lembro de minha na adolescência. Eu odiava a raça humana e sempre me achava muito superior às outras pessoas. Aí eu leio hoje, velho, mas com menos de metade de sua idade eu sinto todo aquele ódio juvenil crescendo, deixo de desejar boa noite às pessoas e simplesmente sigo o meu caminho sem olhar pra nada e pra ninguém. Não que hoje eu ame a humanidade e não me ache superior a ninguém, é que naquela época era a única verdade que importava. E o velho Buk e suas histórias de cachaça e de poetas derrotados. "mas quem não é um derrotado hoje em dia, Chinaski?"
Eu deveria aproveitar melhor meu tempo. Ler, escrever, falar merda, tudo isso devia ser deixado de lado, mas é o que eu sou, o que somos, perda de tempo. Talvez eu vire um ermitão, mas vai ser desespero. Sou tão chato só quanto mal-acompanhado. Deixa essa porra de humanidade pra lá! Ninguém é melhor que ninguém. Nem mesmo eu: o idiota que se alegra em ver pessoas alegres e sente a dor das pessoas tristes. Ninguém vale nada.
Acho que já é...

Boa noite!

domingo, 2 de outubro de 2011

Vamo lá, seu Luis!

Há 7 anos, por 7 milhôes de dólares, Luis Fabiano, um dos maiores artilheiros do mundo deixou o time que apendeu a amar e a defender como se fosse sua própria casa. Se dedicava muito, e brigava muito pelo time, pelos companheiros e pela sua ingrata torcida, que o chamou de pipoqueiro, junto com Kaká, após a eliminação da Libertadores para o Once Caldas após jogos polêmicos e de resultados muito injustos, pois o São Paulo jogou muito bem nos dois jogos, infelizmente quis o destino que os colambianos fossem os campeões da américa e não conquistássemos o mundo naquele ano.
Hoje temos a volta de nosso fabuloso atacante. Contra o Flamengo, que conta com um time invejável em todos os setores do campo, mas o jogo é em nossa casa. Será com certeza um jogaço de futebol e espero que a nossa torcida faça muita diferença e todos saiam felizes e tranquilos do estádio.

P.S.: escrito pela manhã, incompleto. Mas posto assim mesmo, porque depois dali não dava pra escrever mais merda nenhuma.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Levanta esse astral, meu brother!


Levanta o astral!

Ponha uma camisa, a mais curtida
E cuide de estar cheirando bem
Limpe os sapatos,
dê um grau no cabelo também
Você parece (tente não parecer) um passarinho caído
Levanta esse astral

Mesmo que não veja amanhecer
Encontrarás um belo novo dia
pode ser o mesmo sol
Mas sempre traz alguma nova alegria
Apague essa luz
E aproveite a luz do dia
Levanta esse astral, meu jovem
blues

Ponha sua camisa mais bonita e tente estar cheirando bem
Limpe os sapatos dê um grau no cabelo, jovem
Você está meio caído
Levanta esse astral, meu brother

Se você não pôde perceber, lá fora está um novo dia
Lá está, o mesmo sol, mas ilumina com uma nova euforia
(todo dia sempre traz alguma nova alegria)
Então, por toda essa vida que ele produz
Levanta esse astral, meu brother
Blues

Levanta esse astral
Levanta esse astral

Se ela te levou todo o dinheiro
E isso te tirou a paz
Dê um basta nisso, mas não vá ser mau, meu rapaz
Se lembre que você não é nenhum bandido
Levanta esse astral fudido!

Limpe o cinzeiro
Faça um beckão
com as pontas
Chame o tanto de putas
que acha que pode dar conta
Pegue umas cervejas
Diz pro irmão botar na nota
Vá dormir chapado
Nada disso o incomoda...
Pego minha camisa mais fresca e parto a mil no pedal
Na primeira parada uma cerveja
E o fio da puta logo pensa que eu tô passando mal
Mas comigo não tem essa de passar bem ou mal

Levanta esse astral
Vale até surtar se for
Na moral
Pra enxergar melhor acenda logo uma luz
Levanta esse astral, meu brother!
Blues

Levanta esse astral
Levanta esse astral

domingo, 18 de setembro de 2011

Idio"Tia"

Certa vez na primeira série, a "Tia"(professora) pediu para os alunos pegarem um lápis e lhes deu uma folha de papel ofício para que estas escrevessem algo que ela iria ditar. Houve muita algazarra naquela sala cheia de crianças ávidas por aprender algo mágico do mundo das letras, da leitura, da ciência, ou de qualquer coisa que se tratasse, na verdade, para essas crianças logicamente tudo não passava de brincadeira séria.
Depois que todos se acalmaram e pegaram seus papéis e lápis, a "Tia" lhes disse: "Escrevam a letra A".
John, o mais empolgado da turma tascou-lhe o lápis no papel e fez um "A" perfeito, gigante, lindo, digno de nota dez. Mas a "Tia" achou que aquele menino estava "trollando" e tascou-lhe para a sala ao lado. Houve perplexidade da parte de John,  que não fazia idéia que cometera seu primeiro crime, como também não fazia idéia que a sala ao lado era a da pré-escola.
Resignado, ele se encaminhou para a sua nova sala um tanto triste, pois naqueles poucos minutos, no primeiro dia de aula ele já travara amizade com alguns dos coleguinhas. Na nova sala, ele percebeu que as crianças eram menores, mas em sua cabeça infantil era apenas uma sala de aula como qualquer outra, com uma "Tia" dizendo o que os "sobrinhos" deveriam fazer e o que não podiam fazer. Mas a essa altura o pequeno John já não sabia se podia mesmo fazer o que lhe pediam, pois, já nesse tempo, ele percebeu que as pessoas não eram muito pacientes.
No intervalo para a merenda houve um certo rebuliço na sala de professores. O assunto era o pequeno John.
- Aquele garoto não tem condições de acompanhar os alunos da primeira série. Disse a 1ª professora.
- Eu não sei. Acho que ele é muito inteligente pra ficar com os meninos do pré.
- Mas eu lhe pedi pra escrever uma letra e ele usou toda uma folha de papel. Você sabe como é escaço o papel aqui na escola. Não podemos gastar uma folha por letra.
Nesse momento a diretora da escola, uma mulher de caráter e bom-senso incomuns para a época, apareceu e tomou parte da situação.
- Alguém perguntou ao garoto o porque dele ter feito isso?
- Mas ele só tem 6 anos e mal sabe falar. Retrucou a tia da primeira série.
- Eu mesma vou conversar com ele. Finalizou a diretora.
Na volta do recreio, o pequeno John não se encontrava em nenhum lugar. Ele havia pedido para o seu irmão, que também estudava na escola, para o levar para casa.
No dia seguinte, John se recusava a voltar a escola. Sua mãe foi até lá pra saber o que estava acontecendo com seu filho, que sempre teve sede de aprender e mesmo antes da alfabetização já conseguia ler algumas palavras e até mesmo fazer contas, o que era impossível para ela própria acreditar, pois nenhum dos seus irmãos mais velhos aprendera tão cedo a identificar as letras, formar palavras e fazer contas.
A diretora, coitada, não fazia idéia do que lhe dizer...
- O primeiro dia de aula é assim, mãe, as crianças às vezes inventam histórias, sabe como elas fantasiam...
E lá foi John de volta à primeira série, para o desgosto da "Tia" que o rebaixara.
Ao entrar na sala, a gurizada era só riso, algazarra e "aluguel". O pequeno John estava sério, calmo e até mesmo sorridente. Um dos seus coleguinhas perguntou o que acontecera e John respondeu com a simplicidade de uma criança:
- Acho que a tia não gosta de mim. Ela me deu um papelzão danado pra escrever só uma letra... aí eu escrevi.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Senhor motorista, respeite o ciclista!

Embora existam hoje muitas mulheres pedalando pra lá e pra cá o dia todo, acredite, meu caro amigo, animal, que comanda o animal, mecânico, de quatro rodas, a grande maioria delas  não deve ser sua mãe, pois eu creio que, assim como eu e todos os outros animais, temos apenas uma única, mas, se mesmo tendo mãe o senhor não aprecie o gênero feminino, não é necessário maltratá-las. Quanto aos ciclistas machos (eu posso falar por mim, que não tenho filhos, logo não serei eu o seu pai, e não tenho nada com seus problemas, e nem quero.), vocês não precisam ter medo nem ódio. Não andamos de bicicleta pra atrasar a sua vida, ou para lhe causar algum transtorno. Só queremos nos locomover com liberdade. Tira a porra da da mão da buzina, não precisa buzinar 20 vezes!!! Por que não reduz a velocidade um pouco e se acalma? O freio é tão eficiente quanto o barulho, quando a gente quer evitar um choque.
O trânsito, meus amigos, não pertence a este ou aquele, ao carro maior, nem ao mais apressado. Ele não é nosso. O vai-e-vem existe porque nada nesse planeta fica parado, não é verdade? Então me diz porque é que eu tenho que me fuder pela sua pressa? De acordo com a lei vocês devem se manter a uma distância de 1,5m de qualquer ciclista. Cheguem pra lá!
Desculpem a agressividade com que escrevo, mas não é gostosa a sensação de ter a vida em risco por causa de pessoas que, por estarem atrás de um volante, acham que podem literalmente passar por cima das outras.
Mais respeito!
Mais calma!
Mais prudência!
Mais amor!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Encha de vento um pote vazio e logo ele se esvaziará

Alguém disse uma vez que eu perco muito tempo com as pessoas sem nenhum interesse. Isso se tornou pra mim um enigma, mas pensando bem acho que isso não é uma observação sobre mim e sim uma constatação de que a cada dia as pessoas dão menos importância à camaradagem pura e simples. "Você tem que querer sexo, ou grana, ou  algum privilégio. É disso que tratam as relações humanas não importa em que lugar, ou situação você se encontre. Se você não está procurando por isso está perdendo o seu tempo." Essa é uma sentença que martela a mente de muitas pessoas, mas não a minha. O dinheiro vem com o trabalho. É o fruto que mais cresce e mais se deseja desfrutar; o sexo vem em qualquer oportunidade e ser privilegiado não é nem mesmo uma opção, aliás, é sim, mas uma escolha que você faz a qualquer momento de sua vida, basta se achar merecedor e isso não tem nada a ver com seus atos meritórios.
Eu me acho merecedor de várias coisas, mas, mesmo que isso seja uma espécie de delírio, não vou jamais achar que não mereço. Também não posso achar que sou mais merecedor que o meu amigo que está mais próximo, ou mesmo um estranho que simplesmente aparece na cena. Nada disso! Todos merecemos ser mais felizes e devemos proporcionar mais felicidade sem nenhum motivo especial. É o que eu penso.
Eu observava aquela garota, quase do meu tamanho, saindo da água na praia do Buracão. Ela veio, pegou sua bolsa, tirou o bronzeador e deu uma olhada panorâmica querendo, quem sabe, alguém para lhe passar o óleo. Talvez ela só estivesse esperando a água escorrer para poder passar ela mesma, mas era uma cena tão sugestiva que não pude deixar de comentar com o camarada ao lado, que também a observava. Ela não podia nos ver, infelizmente, ou não quis olhar pro lado de cá, vai saber? Tinha um outro cara bem próximo dela, esse com certeza ela viu e por coincidência era nosso brother.
Fizemos-lhe sinal mostrando a garota, aparentemente aflita, com o bronzeador na mão. Na minha cabeça, não havia nada demais em passar bronzeador na garota. Seria apenas uma gentileza. Mas na cabeça deles e, provavelmente, na cabeça de uma porrada de gente, aquilo seria um pretexto irrevogável para cair na fornicação. (Se vai comer a mulher depois, beleza!) Mas creio que ela de repente queria apenas passar óleo no corpo e fritar ao sol. Talvez quisesse conhecer alguém e trepar como uma louca (E daí?!) Eu não tenho poderes paranormais, mas posso imaginar várias coisas. Ela pode não estar a fim de nada.
Eu não consigo pensar em nada mais belo que o corpo feminino, mas minha opinião sobre a beleza é muito ampla. Nesse mesmo dia um cachorrinho veio se aquecer junto a mim, pois a dona dele o havia jogado na água, mas apesar do sol o vento era bastante frio e aquele pobre animal tremia como em delírio febril. Acariciei-lhe e tentei aquecê-lo um pouco como se fosse o meu cachorro, meu Conhaque. Sua dona veio e o levou e trocamos ainda algumas breves palavras sobre cães e o clima e nada mais, mas achei aquilo tudo muito bonito, e aquilo me fez ficar mais alegre, com mais vontade de ter uma tarde esplêndida, talvez arrumar uma doida pra dividir uma pizza, ou simplesmente, como mais comumente acontece, aproveitar o tempo com os amigos da melhor maneira, seja enchendo a cara, seja tocando violão, ou jogando conversa fora e rindo sem parar até a hora de tocar o bonde pra casa. Isso também é viver.
Voltando à menina com o bronzeador, meu amigo não foi acudi-la, ninguém foi e ela se deitou sobre sua canga, talvez pensando que não era atraente o bastante, talvez pensando no 11 de setembro, talvez pensando em coisa nenhuma, não tem tanta importância, pois aquele momento, mágico para mim, havia se tornado uma lembrança irritante, mas vocês acham que eu me abalei com a "viadagem" alheia? 
Uns minutos depois eu estava sentado à "cabeceira", por assim dizer, de duas gracinhas que se bronzeavam alheias a qualquer coisa até que eu lhes pedi licença e comecei a tocar o violão dos outros e cheio de amor pra dar. Virou uma festa.
Rita Lee diz: "pra pedir silêncio eu berro, pra fazer barulho eu mesmo faço" e, analogamente falando, eu também sou assim: Se estou interessado numa garota, interessa a mim e a ela. Não vou esperar que meu amigo taradão se apresente pra me apresentar. Se eu não tenho um interesse especial, é mais do que justo que um amigo seja favorecido pelo simples privilégio da localização. A mim importa que a mulher esteja feliz e permaneça, seja com minha presença ou ausência; com meu som, ou o silêncio, ou meu pau, enfim... Eu sempre preferirei um sorriso, ainda que de despedida, pois nada é mais belo que o riso sincero de uma mulher. E falo isso com neutralidade.
Essa semana, minha vizinha ficou presa fora de casa, pois a fechadura emperrara. Me chamou para tentar arrombar, ou dar algum jeito. (Por algum motivo eu pareço ser alguém que leva jeito pra essas coisas,  falo de "resolver  aparentes complicações".) Deve ser uma espécie de dom que eu tenho, o fato é que após abrir a porta, simplesmente colocando a chave da maneira correta, seu sorriso de quem há duas horas esperava algum socorro, dissipou todo o meu desconforto com o contra-tempo não esperado. Cheguei mesmo a dizer que a odiava, mas aquele sorriso tão puro, de sincera gratidão, tão bonito, tornou meu desnecessário aborrecimento pelo dia absolutamente caótico em um dia de imensa beleza e poesia. Posso dizer que ainda hoje, quase consigo sorrir só de pensar nele. Imagina só? Um sorriso?
Às vezes deixamos pequenas coisas sem importância nos abalarem tanto que ficamos cegos, simplesmente, para as coisas que nos fazem ter a certeza de que essa vida vale a pena...
...um sorriso, um pôr do sol, um bicho de estimação, uma punheta, uma foda, dormir de conchinha, uma música boa que você nunca tenha escutado antes, cada coisa, a cada segundo de nossa existência ordinária deve ser vivido com extrema atenção às sutilezas, pero sin perder la dureza, com ternura. É disso que se compraz o espírito humano.

às vezes é simples



De manhã eu pensei: "cachorro quente no pão francês". Mas só me lembrei disso horas mais tarde. Já tinha pensado em comprar pão e ir pra casa comer o cachorro quente, que fizera anteontem, mas enquanto eu fazia descobri que não tinha pão e acabei fazendo um macarrão pra comer com a salsicha. Ficou delicioso!
Ontem eu nem lembrei, nem tive chance de comer a porra do cachorro quente, mas comi de novo macarrão com salsicha e, de madrugada, estava ainda melhor. Na larica noturna tudo fica mais gostoso mesmo gelado.
De manhã, ontem, eu pensei: "cerveja", aí o telefone tocou: 
- Cerveja no bar de Everaldo agora! 
Porra! O que é que eu vou fazer? Vou comprar o pão, enquanto é cedo, porque depois vou acabar esquecendo.
Aí eu comprei o pão e levei pro bar. Ele ficou ali esfriando.
Chegou outro brother, mais cerveja, outro brother, mais cerveja,  e a gente tomou mais umas 20.
Aí eu fui pra casa comer meu cachorro quente com o pão frio.

Se chegue

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