Um dia escreve-se bêbado Um dia corrige-se bêbado Um dia nem se corrige Um dia nem se escreve Um dia nem se bebe.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Tem alguém pensando
Tem gente que pensa
que não importa tudo de bom que faça
que de nenhuma piada ela vai achar graça
que essa dor não passa
que essa dor não passa
Tem gente que pensa
que não importa o quanto você se sinta perdido
que ninguém quer saber se o guarda que era o bandido
Que você tá fudido
Que você tá fudido
Tem gente que pensa
que a gente tem é que viver na vida dura
tomar café com pão donzelo e dormir na rua
que essa dor não é sua
que essa dor não é sua
Tem gente que finge
Tem gente que sabe
Tem gente que a cara nem arde
Tem alguém pensando, merda...
Que merda!
Tem alguém pensando.
Tem alguém pensando.
Tem alguém pensando.
que não importa tudo de bom que faça
que de nenhuma piada ela vai achar graça
que essa dor não passa
que essa dor não passa
Tem gente que pensa
que não importa o quanto você se sinta perdido
que ninguém quer saber se o guarda que era o bandido
Que você tá fudido
Que você tá fudido
Tem gente que pensa
que a gente tem é que viver na vida dura
tomar café com pão donzelo e dormir na rua
que essa dor não é sua
que essa dor não é sua
Tem gente que finge
Tem gente que sabe
Tem gente que a cara nem arde
Tem alguém pensando, merda...
Que merda!
Tem alguém pensando.
Tem alguém pensando.
Tem alguém pensando.
Pra que se impor ou se importar com alguma coisa?
Queria olhar se havia alguém na internet a fim de trocar uma ideia
sobre a crise da europa e os reflexos na economia do planeta, mas
zapeando na TV vi Zeca Baleiro e Arnaldo Antunes falando sobre alguma
música que provavelmente iriam tocar em seguida. Resolvi deixar a
internet esperando. Gosto de Zeca, mas sou fã de Arnaldo, imaginei
algo de realmente esplêndido, mas para minha decepção era uma
música do Charlie Brown Jr. Deve ter ficado esplendidamente
horroroso. - Não acredito que eu perdi meu tempo pra ver uma merda
dessa. - Eu não tinha que assistir àquilo. Não havia ninguém pra
conversar na internet.
Às vezes a gente espera demais quando não se pode perder tempo e
ainda assim descobre algo de extrema falta de utilidade. Temos o
estranho hábito de olhar sempre para o lado errado, as pessoas
erradas, os sentimentos errados, as más intenções. Sei que eles
não tocariam qualquer música apenas pra me agradar ou me irritar.
Não estou dizendo que tal música é feia, nem mesmo que lhes deixei
de ter respeito. Talvez uma outra hora, com mais tempo, mais
paciência... É que ultimamente eu tenho estado com o ouvido muito
sensível. É um problema, uma doença.
Esses dias minha mãe veio me perguntar sobre eu ter desmaiado na
rua, coisas que andaram falando a ela. Lhe expliquei de meu sono da
cachaça, que só me acorda depois de algumas horas, mas eu
suprimi que isso não tem tido ocorrência há alguns
anos. Em 2012 eu ficarei sem beber do dia 2 de janeiro ao dia 31 de
dezembro, isso se a gente tiver reveillon ano que vem, pois parece
que o mundo se acaba em 21/12. Xiii! Esse pode ter sido o último
natal. Também posso morrer sóbrio. Eu não creio em uma coisa nem
outra. Essa minha falta de fé é um problema que eu tenho, outro
tipo de doença.
O natal perdeu totalmente a graça pra mim. Meu desprezo por tudo
ganhou assas nesse natal, o qual eu me dei ao luxo de não ligar para
ninguém (na verdade estava sem telefone), não visitar a ninguém (não saí), não pedalar, não
fazer nada do que eu quis. Grande natal desprezado. Não recebi
presentes, nem visitas, nem ligações... mentira. Meus amigos e
minha família nunca me abandonam. Mas eu não tive como não deixar
na mão algumas pessoas que eu muito estimo esse ano, porque meu
telefone e minha disposição estavam muito ruins, quase mesmo
desfalecendo. Eu espero que todos saibam que eu estou bem e que
apesar de parecer triste com tudo, me sinto muito feliz por ter por
perto ou não pessoas que me amam e que eu amo também até as
últimas consequências. No ano que vem tratarei estar mais disposto
às visitações e lembrar também de comprar alguns presentes, pois
não há nada de mau em presentear, quando é o coração que
oferece. Fora isso o natal é pura besteira.
Se Papai Noel ao menos fosse um dos 3 reis magos, se oferecessem
ouro, incenso e mirra, ou, quem sabe, se fizessem alguma alusão...
sei lá. Eu tenho essa mania de querer controlar a verdade, mas isso
é por imbecilidade mesmo. Cada um pensa o que quiser sobre o que
quiser e acredita no que quiser. A verdade não vai mudar com
palavras, basta o pensamento.
Por mais que eu tente não discutir com gente doida, não consigo. Às
vezes eu penso que todos à minha volta estão pirados, mas logo me
toco de que o pancada sou eu. Ando de bicicleta alcoolizado e não
posso falar de quem bebe e dirige, seria hipocrisia. Não posso falar
dos que traem, pois, por viver sempre só, acabo me envolvendo em
todo tipo de situação, e eu não conheço nada nesse planeta mais
agradável que uma mulher que lhe aprecia e lhe quer bem. É quase
como o próprio demônio lhe convidando para a festa. “Se ele te
chamar, diga-lhe que não tem roupa nova e vaze.” Pra provar que eu
estou errado teve gente que já fez muita coisa idiota, mas eu nunca
mais perdi a razão. Faz é tempo. Às vezes não se trata de fazer
alguém feliz. É algo mais simples ou menos complicado, dependendo da dúvida.
Vou acabar é ficando mesmo doente de alguma parada séria. Eu tô
com uma paradinha aqui que olho que eu achei que era um cravo, mas aí
ficou inflamado e eu tive de comprar um colírio mais adequado.
Agora tá quase de boa com uma bola de pus do tamanho de um grão de
arroz. O clima de Irecê e minha imundície de bêbado sujo (que não
toma banho depois de ter cortado o cabelo e ficado o dia todo comendo
água profissionalmente), fizeram-me acordar com o olho “deste
tamanho!” terrivelmente inflamado. Podia ter sido qualquer coisa. Comendo água pesado, quando eu apago, sabe como é, né?
Que doente porra nenhuma! Não me sinto tão bem desde guri. Queria ter sempre a saúde de agora. Nada me incomoda. Nem sei como agradecer a
Deus por ter me deixado chegar até aqui com tesão pela vida, já que eu vivo
uma vida bem desregrada. Por mais que eu faça não será o bastante. Se
amanhã eu me for, obrigado por hoje! Acho que é tudo.
É uma pá de doença de gente louca! (Ande de bike!)
Acho que todo mundo anda preocupado com minha alimentação e crê
que eu estou passando fome (gente, bike emagrece!), pois em todos os lugares me oferecem
comida e ultimamente deram até pra se ofender com minhas recusas. Eu
nunca tive tanta vontade de ficar sem comer como agora, mas isso não
tem nada a ver com nada. Eu como qualquer coisa menos ervilha, mas
não tenho que estar com fome o tempo todo. Cuido de minha
alimentação melhor não comendo o tempo todo, que é o que acontece
se eu ficar fazendo vontade a todo mundo que me oferece algo. Pode
parecer frescura de minha parte, mas às vezes a insistência é
pior. Uma chateação de lado a lado. No natal piora tudo, porque a
fartura faz as pessoas se sentirem obrigadas a oferecer e você
obrigado a comer e todo mundo engorda, depois tem diabete, diarréia,
ataque do coração, HIV, hemorróida e bota a culpa na cachaça.
Sempre assim.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
DIA DA LIBERAÇAO DOS ELEVADORES PARA BICICLETAS.
Por Valci Ribeiro
A administração publica baiana, estadual, municipal e federal, bem assim os nossos motoristas, tratam muito mal os ciclistas e, apesar do grande número de turistas que nos visitam, atraídos pelos encantos naturais, cantados em versos e prosas pelo planeta, são eles também maltratados pela insegurança, sujeira e pelo péssimo serviço de transporte oferecido em nossa Capital.
Os ciclistas, além de sofrerem as agressões dos motoristas, são ignorados pelo poder publico, até nas coisas mais simples.
Não vamos aqui tratar da ausência de ciclovias, estacionamentos, banheiros para bicicletas.
Mas de uma ignorância, inconcebível para os dias atuais, que é a proibição de transporte de bicicleta pelos planos inclinados, escadarias da Lapa e elevadores, como o Lacerda.
Vereadores , arquitetos, políticos, imprimem em seus folders campanhas em favor das bicicletas.
Mas ninguém do poder público se habilita a autorizar o acesso de bicicletas através daqueles equipamentos urbanos.
Ao contrário, um barco , no |Terminal da Ribeira, que antes transportava bicicleta, agora tem aviso de proibição.
Nossos governantes conseguem trazer alguns jogos da Copa para a Bahia; aprovar PDDU polêmico, construir pontes e, quem sabe, fazer funcionar o metrô, e não conseguem permitir o acesso dos bicicleteiros pelas escadarias e elevadores.
O mundo inteiro tem contemplado, valorizado, estimulado o uso da bicicleta como meio de transporte.
Enquanto isto, a nossa Bahia não consegue liberar o mínimo em favor das bicicletas como meio de transporte.
Curioso é que, há alguns anos, chegamos a nos reunir com vereadores, técnios da Prefeitura buscando uma solução. Todos eles que nos receberam foram por demais às nossas reividicações.
Mas a coisa empacou, como sempre, pelos corredores da burocracia. Posteriormente, extraoficialmente, fomos informados de que seriam feitos projetos , escolhido material e equipamentos , penduricalho que seriam adicionados aos elevadores para o transporte de bike.
Entendemos a mensagem: é muito difícil. É muito mais fácil fazer a ponte para a Ilha de Itaparica, fazer rodar o metro, trazer a copa do mundo para a Bahia, do que fazer um oficio liberando o acesso de bicicletas através daqueles equipamentos.
Pareceu-me necessário ser feito UM PROJETO, CRIAR UMA EQUIPAMENTO,FAZER AUDIENCIAS PUBLICAS, DISTRIBUIR PANFLETOS INDICANDO O POLITICO QUE LUTOU EM FAVOR DOS BICICLETEIROS PARA PERMITIR AQUELE TRANSPORTE.
Sou capaz de imaginar a seguinte situação:
Algum político aguarda a mobilização dos ciclistas. Quando o numero deles crescer, marca-se uma audiência publica, chama a imprensa e no dia seguinte um grande out door: vereador x , lutará pela liberação dos elevadores para o transporte de bicicleta.
Quanta luta , guerra, gasto de tempo e energia para ver cumprida a lei!!
Mas os bicicleteiros, cientes dos seus direitos, e de que contará com o apoio de muita gente, estão se mobilizando. E aguardem: muitas pedaladas para estes locais para, simplesmente, vindicar o que é de direito dos ciclistas.
A massa crítica, bicicletada salvador, Meninas ao Vento e vários grupos de bicicleteiros baianos já se articulam para o DIA DA LIBERTAÇÃO DOS ELEVADORES PARA O TRANSPORTE DE BICICLETA. Aguardem ,pois será um grande movimento , pacifico, ordeiro, mas firme. E VOCE, QUE AMA A BICILETA, NÃO PODERÁ FICAR DE FORA.
Agora vai!
=Aos diretores, monitores, professores de escolas para motoristas: vocês estão esquecendo de ensinar a parte do Código de Transito que trata da bicicletas como meio de transporte. Reciclem seus instrutores=
Valci Barreto, advogado, Procurador da Fundação Cultural do Estado da Bahia.
ESCRITORIO DE ADVOCACIA: Rua Barros Falcão, 542, Matatu, Largo dos Paranhos, Salvador Bahia - Brasil . Fone 34913233, das 14.00 às 17 horas, de segunda a sexta. Celular: (71)99999221- Colaborador do jornal e site FOLHA DO RECONCAVO(www.folhadoreconcavo.com.br) e do muraldebugarin.com.
-Editor do blog bikebook.blogspot.com.
A administração publica baiana, estadual, municipal e federal, bem assim os nossos motoristas, tratam muito mal os ciclistas e, apesar do grande número de turistas que nos visitam, atraídos pelos encantos naturais, cantados em versos e prosas pelo planeta, são eles também maltratados pela insegurança, sujeira e pelo péssimo serviço de transporte oferecido em nossa Capital.
Os ciclistas, além de sofrerem as agressões dos motoristas, são ignorados pelo poder publico, até nas coisas mais simples.
Não vamos aqui tratar da ausência de ciclovias, estacionamentos, banheiros para bicicletas.
Mas de uma ignorância, inconcebível para os dias atuais, que é a proibição de transporte de bicicleta pelos planos inclinados, escadarias da Lapa e elevadores, como o Lacerda.
Vereadores , arquitetos, políticos, imprimem em seus folders campanhas em favor das bicicletas.
Mas ninguém do poder público se habilita a autorizar o acesso de bicicletas através daqueles equipamentos urbanos.
Ao contrário, um barco , no |Terminal da Ribeira, que antes transportava bicicleta, agora tem aviso de proibição.
Nossos governantes conseguem trazer alguns jogos da Copa para a Bahia; aprovar PDDU polêmico, construir pontes e, quem sabe, fazer funcionar o metrô, e não conseguem permitir o acesso dos bicicleteiros pelas escadarias e elevadores.
O mundo inteiro tem contemplado, valorizado, estimulado o uso da bicicleta como meio de transporte.
Enquanto isto, a nossa Bahia não consegue liberar o mínimo em favor das bicicletas como meio de transporte.
Curioso é que, há alguns anos, chegamos a nos reunir com vereadores, técnios da Prefeitura buscando uma solução. Todos eles que nos receberam foram por demais às nossas reividicações.
Mas a coisa empacou, como sempre, pelos corredores da burocracia. Posteriormente, extraoficialmente, fomos informados de que seriam feitos projetos , escolhido material e equipamentos , penduricalho que seriam adicionados aos elevadores para o transporte de bike.
Entendemos a mensagem: é muito difícil. É muito mais fácil fazer a ponte para a Ilha de Itaparica, fazer rodar o metro, trazer a copa do mundo para a Bahia, do que fazer um oficio liberando o acesso de bicicletas através daqueles equipamentos.
Pareceu-me necessário ser feito UM PROJETO, CRIAR UMA EQUIPAMENTO,FAZER AUDIENCIAS PUBLICAS, DISTRIBUIR PANFLETOS INDICANDO O POLITICO QUE LUTOU EM FAVOR DOS BICICLETEIROS PARA PERMITIR AQUELE TRANSPORTE.
Sou capaz de imaginar a seguinte situação:
Algum político aguarda a mobilização dos ciclistas. Quando o numero deles crescer, marca-se uma audiência publica, chama a imprensa e no dia seguinte um grande out door: vereador x , lutará pela liberação dos elevadores para o transporte de bicicleta.
Quanta luta , guerra, gasto de tempo e energia para ver cumprida a lei!!
Mas os bicicleteiros, cientes dos seus direitos, e de que contará com o apoio de muita gente, estão se mobilizando. E aguardem: muitas pedaladas para estes locais para, simplesmente, vindicar o que é de direito dos ciclistas.
A massa crítica, bicicletada salvador, Meninas ao Vento e vários grupos de bicicleteiros baianos já se articulam para o DIA DA LIBERTAÇÃO DOS ELEVADORES PARA O TRANSPORTE DE BICICLETA. Aguardem ,pois será um grande movimento , pacifico, ordeiro, mas firme. E VOCE, QUE AMA A BICILETA, NÃO PODERÁ FICAR DE FORA.
Agora vai!
=Aos diretores, monitores, professores de escolas para motoristas: vocês estão esquecendo de ensinar a parte do Código de Transito que trata da bicicletas como meio de transporte. Reciclem seus instrutores=
Valci Barreto, advogado, Procurador da Fundação Cultural do Estado da Bahia.
ESCRITORIO DE ADVOCACIA: Rua Barros Falcão, 542, Matatu, Largo dos Paranhos, Salvador Bahia - Brasil . Fone 34913233, das 14.00 às 17 horas, de segunda a sexta. Celular: (71)99999221- Colaborador do jornal e site FOLHA DO RECONCAVO(www.folhadoreconcavo.com.br) e do muraldebugarin.com.
-Editor do blog bikebook.blogspot.com.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Sem celular outra vez
Depois de várias quedas batidas e sekuelas, estou mais uma vez oficialmente sem celular.
Agora estou em Poções-BA.
Quem quiser falar comigo, e-mail-me.
Em breve mando mais notícias.
Agora estou em Poções-BA.
Quem quiser falar comigo, e-mail-me.
Em breve mando mais notícias.
sábado, 10 de dezembro de 2011
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
"Inteirezas da psiquê" ou "Por que as pedras rolam e os musgos comem as músicas"
Penso, logo me calo. Estou fora de meu
tempo. As pessoas de minha idade são muito responsáveis, sérios,
cansados, preocupados, dementes, velhos. Os mais jovens são muito loucos,
ansiosos, impacientes, imbecis, e os que chegam lúcidos à velhice
estão cada dia mais raros. Não encontro ninguém com o que eu
poderia chamar de “meu quilo”, mas pelo menos hoje já encontro
pessoas que calçam o mesmo número que eu (hehehe). Talvez não seja o tempo seja o espaço, talvez esteja fora do espaço/tempo, é isso.
O que as pessoas chamam
de "viver a vida": estudar, trabalhar, ter filhos e se aposentar, rigorosamente
nessa ordem, não faz parte dos meus planos para uma vida completa. Eu não consigo viver sem estudar, beleza? O trabalho
normalmente rouba as melhores horas para se aprender algo,
além de cansar o cidadão, mas também ensina. Muita gente acredita que apenas o trabalho mantém o homem com a cabeça no lugar: "mente vazia é oficina do diabo" dizem. Queria esvaziar minha mente um dia, mas não dá, tenho que estar esperto a qualquer oportunidade de aplicar o conhecimento adquirido.
Talvez minha péssima memória me obrigue a ficar aprendendo o tempo
todo, me informando e me atualizando disso e daquilo, mas é uma obrigação natural, não? Um dia eu me lembrarei
de tudo e então morrerei, e não terá muita importância. A menos que
eu viva muito, o que eu não creio.
Não gosto muito de
pessoas, digo, não gosto de estar em meio a muitas pessoas, mas
gosto de muitas pessoas, que nunca estão juntas, mas gostam de estar
com muitos, isso é "efeito borboleta", ou "teoria do caos", como queiram chamar. Muita gente junta, muita energia diferente, muito cuidado a se tomar... isso tem me feito ficar cada dia mais longe das ruas. Eu não consigo mais tolerar certas coisas, certos
comentários e certa maldade Tudo bem falar mal de mim, eu posso não
ser como dizem, mas acreditar num absurdo por achar “natural” que tal "besteira" seja verdade sabe como é que eu chamo? Atavismo. O que eu penso de alguém interessa a bem pouca gente e eu não quero mesmo saber o que ninguém pensa sobre alguém que não me diz respeito. Ninguém pode ser forçado a querer saber de algo alheio o tempo todo, mesmo porque vivemos num mundo onde muitos precisam de muito pouco e não o tem. Não posso querer o que os outros querem, quero que ao menos os meus, aqueles que me rodeiam mais intimamente, sejam capazes de saber o que sou eu e o que não é, mas isso é uma polêmica bem inútil.
As pessoas tem a mania
de fazer julgamentos a respeito das outras e guardam essas impressões
por toda a vida. A maioria das vezes estão erradas, mas vivem melhor
pensando que estão certas, e seguem suas vidas sem pensar mais
profundamente nisso. Não gosto de pessoas que pensam seja o que for
de mim, pois não tem nada que possam me oferecer de bom. Gosto de
quem compartilha um pensamento comigo, pensa junto, que tem ideias e não impressões, quem
conversa francamente e fala o que sente mesmo que não agrade, dessas
eu gosto, mas é difícil encontrá-las no presente, eles se perderam
num passado que pode nunca ter existido.
O que importa é o que
a maioria acredita. Pra minha sorte, só apareço no jornal com a
banda ou com a bike, mas se um dia aparecer sendo preso em alguma maracutaia os falsos,
hipócritas e os invejosos farão coro com a massa ignorante ao meu respeito. Meus verdadeiros amigos apurarão a verdade, mesmo que não seja para lhes confortar, pois sei que em seus corações repousará a verdade, mas para que a justiça prevaleça, pois foi para isso que sempre vivi.
É muito triste
imaginar que por causa de um comentário maldoso, falso, alguém
tenha sua liberdade tolhida, seja excluído: da companhia de pessoas
que estima, de informações importantes e até mesmo de
oportunidades de trabalho, garotas, romances, etc. A credibilidade de alguém
depende da opinião de outros que não tem nenhuma credibilidade, ou
que, pela falta de caráter, ou de informação, não pode ser
levada em consideração.
Não sei qual a
intenção de alguém que perde seu tempo falando sempre sobre a vida
dos outros. Eu tenho minha própria vida e adoro falar sobre ela,
mesmo não tendo uma memória muito boa sobre tudo o que me
aconteceu e às vezes falando mais do que é necessário à rede mundial de computadores, imagina sobre o que aconteceu com um filadaputa na
casadocaralho...
Às vezes... às vezes me dou conta de que meus amigos me atrapalham mais do que me ajudam. Essa é uma triste e horripilante verdade. Quando
eles não me escondem alguma coisa por acharem que eu não
concordaria, julgam-me capaz de torpezas absurdas. É punk. Por algo
que eles próprios fizeram também não sou bem visto, mas que se fodam! Todos! Não será por isso que terei cada
dia menos amigos. Gosto cada vez menos de sair de casa e é cada
vez mais difícil permanecer ileso na rua por muito tempo.
Desde pequeno nunca gostei de “casa dos outros”, mas agora, além
continuar não gostando, não me sinto confortável o bastante em
muitos lugares. Além do mais, às vezes, com cachaça até as
tampas, eu mesmo faço por merecer alguma hostilidade, mas isso é uma outra conversa. Aqueles pequenos momentos de entorpecimento, são o pouco
que sobra da humanidade que nos foi roubada. É uma pena não ter
como explicar isso em palavras. Não em poucas linhas, como deveria.
Uma vez eu experimentei
a Ayahuasca
e por alguns minutos eu pude ver com muita clareza a “energia” em
volta dos objetos; de olhos fechados pude reviver segundos do meu
passado. Isso pode ser contado, mas não pode ser transmitido. Quem
já teve essa sensação, com qualquer coisa, em qualquer momento,
sabe do que estou falando. Por ter uma péssima memória, poder reviver
o passado é sempre muito útil, didático, esclarecedor, atestador
de caráter etc. Não me levo em grande conta, mas amo a mim mesmo,
com um certo "desdém zaratústrico".
Porra de andar na moda! Me dê logo um tiro!
Não vejo muito sentido na moda, mas sou escravo dela como qualquer
ser humano. Minha “fôrma” não é lá exatamente a média do
brasileiro e acredito que não seja na média de nenhum povo, o que
torna minha busca por qualquer tipo de vestimenta uma coisa
desagradável, pois, “todo vendedor desse mundo não entenderá
exatamente o que eu busco e tentará me vender qualquer merda?” é
de vender que se trata para ele. O “Eu preciso de um tênis, uma
camiseta, uma bermuda, uma calça etc” se transforma em: “Quero a
mais cara, ou a mais barata, peça dessa loja” ou "quero igual ao novo modelo da grife da putaqueopariu." a depender do olhar
“clínico” do vendedor. É broxante. Eu detesto comprar, mas
lidar com certos vendedores pode realmente estragar um dia. Salve a
internet! Os melhores anos de minha idade eu não tive internet, mas
hoje eu não sei o que seria de mim sem ela. Porra de moda! “Vendedora, minha linda, quero
uma camisa sem estampas, uma calça de homem e bermudas com bolsos
fundos.” Assim é mais fácil, não é? Seja como for, é um saco ter que me
vestir desse jeito.
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