A melhor coisa de ser um punk fudido é ser "usável". Não que seja melhor pro punk, mas o conforto causado em ser um punk usado é desconfortante, ...mas eu não estou aqui pra falar de modos, nem de utilidades e sim de metal e eu fui para um show de metal superlarivo, sensacional.
Me escalei para ser usado num Big Bands que aconteceu na Pça Tereza Batista num domingo dos ano 23. Passei todo o dia com montagem e desmontagem de palco, por alguns reais que não pagariam o valor dos shows que rolaram. Digamos que usei e fui usado?
Juntos algumas vezes tocamos, com a HeadHunter, acho que pela primeira vez estava sóbrio bastante pra poder curtir toda a sonoridade. - Se meu vocalista vocalizasse...; - O cara toca um baixo fretless, sem palheta, ora certo, ora virado pra baixo...; -Cara, aquilo é muito incrível! Formidável.
As bandas de abertura fizeram shows condizíveis com a reponsabilidade do evento (14Bigs e 35 anos de ré de rãs) e largaram o metal pesado, inclusive com covers da própria Headhunter.
Acho que estavam todos desgraçados em fazer juras a satã numa época religiosa, embora nada daquilo tivesse a ver com Cristo, ovo ou coelhindo da páscoa.
Era de tarde e, mesmo com suspeita de chuva, fazia calor, e as pessoas que chegavam eram a fim de cerveja e death metal. Eu fui sem beber e não bebi.
Creio que fiz bem o meu papel e, apesar da ameaça de chuva, consegui chegar em casa são, salvo e com a alma lavada.
