segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Sobre outras viagens (fotolog 29\8\14)

Certa vez, numa dessas viagens loucas de banda e de amigos que a gente crê serem de confiança um cidadão fora acusado de passar o pênis em seus colegas de quarto. Calma lá! Não foi um estupro de um coletivo por um só, a acusação era de que o cara havia esfregado sua genitália na boca dos dormentes e um deles, mais esperto dormindo de olho aberto levantou-se de sobressalto e lhe deu uma porrada bem na cabeça da caceta. A confusão começou e foi braba, e quando a turma dos deixa-disso finalmente conseguiu acalmar os ânimos o que fora agredido primeiro nem sabia mais porque estava tentando se vingar, pois a cachaça já lhe roubara toda a consciência. Saiu pra fumar seu baseado na madrugada fria do sertão Paraibano e numa incrível sensação de paz na solitude percebeu que nada lhe havia sido arrancado a não ser a alegria momentânea de uma brincadeira de mau gosto. Ele não queria agredir ninguém e sabia que mesmo com toda a cachaça do mundo seu pênis jamais tocaria voluntariamente qualquer parte do corpo de um outro homem seja ele amigo ou desafeto. Aquela paz que conversava com ele foi lhe trazendo mais clareza e ao retornar ao seu quarto tudo estava calmo.

Com a medalha no peito

Olimpíada no Brasil. A gente já teve Copa do Mundo aqui, perdemos e ninguém morreu. Mas protestos deram no golpe e nós continuamos o mesmo povo brasileiro: alegre... machista, intolerante, racista, ególatra, xenófobo e homofóbico. Pelo menos aqui reconheço a parte que me cabe nisso tudo quando vou pro carnaval amar as gringas que chegam, mas odiar os gringos quando pegam nossas pretas pra levar pra longe... antigamente eu podia entrar numa rua ali e dar um beijo na garota mais linda no mundo daquela hora, mas agora ela tá em outro país e eu odeio ter ódio, mas fico feliz com sua felicidade...; reconheço minha parte quando creio que não deve-se se meter em briga de casal (afinal ela deve saber porque tá apanhando), e todos esses pensamentos loucos que a geral ainda aceita com muita naturalidade. Nesse mesmo lugar com essa turma de bem-feitores tivemos uma ótima olimpíada. Quem diria?!
Em nosso quadro de atletas olímpicos temos jovens que se tornaram atletas graças a Deus, temos aqueles atletas que prestaram concursos, participaram de editais para integrar o quadro do exército e assim poderem treinar como militares; temos atletas que seguem uma tradição de família no esporte, enfim. Infelizmente, seja no exército, marinha ou aeronáutica, cargo público ou privado, religião, família, esporte, órgão de imprensa, área cultural, internet, underweb, em toda a organização da nossa sociedade, temos uma “raça-dominante-não-humana”, que deseja que continuemos com todas essas nossas falhas de caráter que eu já citei aqui (assumindo a parte que me cabe), para que essa indigna raça continue dominando com toda sua impureza e malícia. Mas eu não quero mesmo ficar falando aqui de raça e conflitos.
Um vídeo postado com brincadeiras entre atletas nos deu um exemplo de como são as coisas fora dos holofotes. Graças a uma geração de ególatras que desejam toda a publicidade em seus atos, mesmo os mais levianos, atletas olímpicos militares foram exibidos se tratando como brasileiros dominados pelo pensamento alien em que não existe respeito ou parceiragem entre quem se acham superiores (seja à mulher, seja ao pobre, seja ao negro) e os inferiorizados. Me lembrou uma ocasião na infância em que um colega negro começou a fazer “brincadeiras” contando piadas que ofendiam o negro(eu) como se ele também não fosse um preto. Nossa amizade não durou muito. Tínhamos uma professora igualmente dominada pelo pensamento alienígena, a maldita influência da tal “raça dominante”. Naquela época, quando mulheres negras ainda eram vistas apenas ocupando cargos como de como empregadas domésticas, faxineiras, babás, nunca como médicas, juízas, mega-empresárias, professoras eu já tinha que conviver com a auto-depreciação, que ainda persiste no ego brasileiro, mas eu ainda não tinha condição de entender porque existia aquele tipo de coisa e apenas me emputecia em silêncio.
O saltador francês fez a infeliz comparação das vaias que recebeu com as da Alemanha nazista, mas o que esperar de um francês? Ele não fez por mal, talvez, mas mostrou que a maldade pode ter 2 lados. Nós também não o vaiamos por mal, mas o vaiaríamos com muito mais vigor numa nova oportunidade, pois a alegria também tem 2 lados.
O Brasil é um país tão difícil... não se trata de conflitos entre pretos, índios e brancos. As etnias até convivem pacificamente. É uma espécie de loucura coletiva quando se atinge um certo patamar, nível, grau, sei lá! passa-se a tratar tudo de uma maneira diferente. É triste, é real e gritante o superiorismo, o machismo brasileiro e racismo, carregamos no peito nossa medalha. Mas eu não quero mais ficar falando aqui disso. Todos temos nossos defeitos e qualidades cabe a cada um acordar a parte que quer servir.

sábado, 27 de agosto de 2016

O pensamento...

Onde vai o pensamento toda vez que a sua internet pára ou seu computador trava?;
e quando toca a campainha e é aquela galera adventista quando você tá bem concentrado?;
e quando você só tá querendo se livrar de pensamentos e seu refúgio é o lugar onde estão todos os pensadores que não conseguem guardar seus próprios pensamentos nem usá-los em nada útil?;
e quando você só está querendo ajudar quem só está querendo encher o saco?;
e pra onde vai seu pensamento, sua cabeça, quando todo mundo que conhece sua vida melhor que você e não conseguem(nem precisam, mas tentam) lhe ajudar?
Quando eu quero pensar eu pego meu cachorro e vou dar uma volta na praia, vou andar de bicicleta, tomo uma dose de conhaque, pinga. Às vezes o meu pensamento vai comigo, ás vezes ele viaja e eu vou com ele.
Antes eu não queria chegar aos 10 anos de idade, aí chegando lá não queria ter 18, mas chegando nos 12 não queria ter 20. Aí, com 16, 17 anos eu enchia minha cara de álcool e não pensava mais nessa "justa vida" cabida a mim que não aceitava vários "pensamentos" sobre justiça. Eu não tinha o que se chama de maturidade.
Agora penso em fumar maconha, e não mais beber, pelos próximos 40 anos e espero que até lá o Brasil já tenha adquirido sua maturidade também.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

A doentia amorosidade inconsequente

1. Mulher: animal humano do sexo feminino; o oposto de homem. 2. Amiga: feminino de amigo; mulher com quem se dividem momentos bons e ruins. É claro que pode-se casar com amigas, até porque se você e sua mulher não forem amigos é melhor nem casar. Mas ficar amigo primeiro pra se apaixonar e casar depois é uma outra conversa. O amor verdadeiro quando bater em você vai te derrubar seja qual for seu nível de interesse. Pra facilitar minha vida eu me casaria com todas as minhas amigas e elas que se entendessem e aprendessem a me usar de maneira responsável. Mas isso é uma outra viagem.
Me apaixono todos os dias. Isso é ótimo. Tem aquelas horas que eu me encontro deprimido, mas logo um sorriso, uma voz, um cheiro, uma chamada no telefone, uma notícia na televisão, qualquer coisa com aquela presença inexplicável do amor e aí já não se tem mais depressão. Um dia desses quase caio da bike, porque meu coração parecia que tava pulado pro lado como no desenho animado. Parei e pedi seu numero de telefone. Ela não deu, mas eu já estava apaixonado. Ainda pode ser ela o grande amor de minha vida? Pode. Mas a gente pode não se ver nunca mais ou a gente podia ter ficado amigo, ou eu podia ter caído. Vai saber? A vida vai seguindo.
Já fiz a besteira de marcar com uma amiga e uma... digamos pré amiga, no mesmo evento e foi tenso. A menina ficou achando que eu tava a fim da minha amiga e minha amiga ficou achando que tava atrapalhando e eu acabei não conseguindo curtir nenhuma das duas nem o evento, perdi a noite. Por quê? Porque a paquera ainda não era minha amiga? Talvez. É complicado demais às vezes esse lance de amizade. Tenho amigas que tem ciúmes à toa, passa o tempo o ciúme acaba e fica só a mulher. É complicado... mas quando existe o amor é facinho.
Sou louco por minha mãe, a mulher mais espetacular e bela que existe, por minha irmã e por minhas amigas porque são mulheres e amar mulher é bom demais e importante para o equilíbrio do planeta. Como hoje eu não tenho namorada são elas os grandes amores da minha vida. Não sou apaixonado por todas as mulheres, isso é mentira. Quanto mais incrível a mulher, maior a aproximação, maior será o nível do amor sem sombra de dúvida. Mas eu me apaixono novamente numa fração de segundos por qualquer nova bobagem. Mulher é amor, é vida. Nem todas são apaixonantes, e daí? Ama-se e segue-se amando. Hoje em dia eu não conheço nada mais bacana que dedicar algum amor a alguém. Sempre vale à pena.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Pedalar é preciso, ciclovias não são precisas.

Sou um soteropolitano suburbano pedalante que acabei de ganhar uma das maiores ciclovias do país para meu usufruto. 14 km só pra que eu e os cicistas do subúrbio possamos andar em nossas bikes com segurança, queiramos ir pra o lado de Paripe ou pro centro da cidade. Agora nós podemos ir pedalando em paz na ciclovia. #SQN (Mentira!)
A própria ciclovia me põe em risco. Ela é estreita, tem ondulações perigosas, bordas altas que por ter ainda pouco espaço causa risco de acidente, lixo etc. A menor largura de uma ciclovia segundo o DENATRAN é de 1,20m. Problemas a gente enfrenta em qualquer caminho pra qualquer lugar, mas alguns a gente aprende a evitar. Se eu ando com minha bicicleta nesta ciclovia sou ciclista em risco e hoje em dia eu, já ficando coroa, tento sempre estar o mais seguro possível.
O código de trânsito brasileiro diz que quando a ciclovia ou ciclofaixa estiver impossibilitada de uso o ciclista deve trafegar nos bordos da pista, no mesmo sentido e com preferência sobre os veículos automotores. O que eu fiz um dia desses? Estava descendo lá de Plataforma na maior alegria, ligadaço na ciclovia cheia de sobe e desce, pedestre, lixo, quando numa dessas passagens de carro eu tive que dar um pulo pra voltar pra ciclovia que eu nem tinha saído, porque os caras deixaram um batente, aliás tem outro batente desse bem em frente a igreja de Periperi. Não tinha carro, não tinha pedestre, não saí da ciclovia e podia ter morrido ou me acabado todo e a bike. Talvez eu devesse vir mais devagar, mas se você está protegido pela “maior ciclovia do estado” até pensa que tem sorte. Saí da ciclovia um pouco mais à frente e sentei o pé no pedal aproveitando que as lombadas tornam os veículos mais lentos e me posicionando na lateral esquerda da suburbana andando quase na mesma velocidade dos veículos. Mas sempre tem um engraçadinho... 
O CTB diz também que o motorista deve guardar distância de 1,5m ao passar ou ultrapassar bicicleta. Ora! Dentro da ciclovia ônibus passam a bem menos que isso toda vez, mas via é via e de repente chega um tirando um fino, falando um monte de impropério apontando pra ciclovia perguntando se eu era palhaço. Acho que ele queria me comediar. (Só porque dirigia uma viatura e eu era um negão?) Passou por mim, mas não ficou muito longe não porque eu tava sentando o pé, ou talvez quisesse ver se eu ia mostrar meu dedo pra ele no retrovisor, mas diz no CTB também que segurar guidom ou volante com apenas uma das mãos é infração sujeita a multa e eu não queria dar esse mole pra esses caras me pararem numa manhã tão “de buenas”. Passei por eles em Periperi já atrapalhando o trânsito de outro parando numa esquina. Eu deveria multá-los.
Eu já tinha observado o risco dentro dessa ciclovia na descida de Plataforma no sentido Calçada, por isso sempre que vou pra lá espero o semáforo para carros fechar cá em cima e desço pela pista que é muito mais seguro(até mesmo com os carros), agora passarei a agir assim também na volta pra casa porque está perigoso: as vias estão estreitas; os motoristas, mau-educados, não se respeitam e não respeitam o espaço. Na suburbana eu ando do lado esquerdo para que o motorista nunca tenha a desculpa de não me ver e também a gente pode conversar ali de pertinho, como com o guarda que tava me xingando. É melhor ser xingado do que ser morto!

Se chegue

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