sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Dar satisfação...

Na minha senilidade eu descobri uma coisa muito útil: não tenho que dar satisfação nenhuma dos meus atos. Hoje eu posso simplesmente responder a qualquer pergunta sobre algo que eu fiz com: "Eu fi-lo porque qui-lo" e continuar minha vida. Isso é maravilhoso!
Quando eu era mais novo eu vivia dando desculpas e satisfação para qualquer coisa:
Por que não ligou?; Por que ligou?; Por que cortou o cabelo assim?; Por que você bebe?; Por que você gosta dessa roupa?, e com isso eu via um verdadeiro mar de incertezas se formar em minha frente. Eu pensava que a resposta errada a uma dessas perguntas poderia afetar a impressão que as pessoas têm ao meu respeito. Claro que afeta, mas isso deixou de ser uma preocupação. Não que eu não me importe com o que as pessoas pensam ao meu respeito, mas acho que algumas coisas não são mesmo da conta de ninguém. E daí se você acha meu dedo feio?
Eu era realmente muito imbecil. Ficava repensando na cama cada frase que eu disse a alguém e como elas poderiam ser interpretadas, e se isso ia dar uma má impressão a meu respeito etc. Chegava ao ponto de tentar chamar o assunto do dia anterior só pra desdizer, re-dizer, ou acrescentar algo ao que eu disse apenas para ter certeza da reação da outra pessoa. Mas ainda pior que isso era o medo que eu sentia em não ser entendido.
Olhando lá pra detrás eu percebo o quanto eu mudei e nem mesmo senti essa mudança. A idade vai se assentando em nossa personalidade e nos deixando mais calmos, reflexivos e coerentes. Embora eu esteja me achando um velho, creio que um bom "vá tomar no meio do seu cu" tem lá seu valor. Algumas pessoas nos fazem tantas perguntas que não as interessa que isso é tudo o que temos vontade de dizer. Às vezes a gente até pode, mas de vez em quando é bom dar uma de educado e se sair.
A quem é que interessa quem ligou pra você? O que você viu? O que comeu? Sua mulher, seus amigos, os colegas??? Nada disso! Às vezes isso não tem importância nem pra você mesmo, mas sua mulher vai te perguntar: "quem é 91916161 que ligou pra você meia-noite?", seus amigos vão te perguntar: "você viu fulana de tal por lá?", seus colegas vão te perguntar na volta do almoço: "e aí, qual foi o rango hoje?" E você, como um cidadão bem educado há de responder a todas essas perguntas com a maior paciência possível, mas a minha senilidade permite responder a todas essas perguntas com um simples: "e eu me lembro?".
Ah! Como é bom ficar velho!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Marcha da Maconha


Tô sabendo aí que dia 05/12 vai rolar a marcha da maconha em Salvador, saindo do Farol da Barra.
Acho que seria o mínimo, por parte dos maconheiros dessa cidade, que eles passassem um dia inteiro sem fumar, ou portar maconha, para que nada atrapalhe seu dia de lazer tranqüilo, com seus colegas, coligados,
simpatizantes e afins.
Os gays conseguem fazer suas passeatas, dias de orgulho e outros simbolismos gays similares. Existe um número muito maior de maconheiros que de gays nessa cidade, pelo menos na cidade que eu vivo e vejo, será que essa massa maconheira é mesmo lesada ao ponto de continuar aceitando ser discriminada, não pela sociedade, mas pelo governo que proíbe uma droga que só mata porque o próprio governo paga a bala perdida que pode achar qualquer um?
Estamos perdendo tempo ao nos fazermos de desinteressados nos problemas reais do nosso mundo. As pessoas vão ficando cada vez mais imbecis, o governo cada vez mais escroto e o futuro cada vez mais desesperançoso, porque nós simplesmente não somos capazes de fazer pequenos sacrifícios, como ficar um dia sem fumar maconha, ou sem beber cerveja, ou sem jogar papel no chão, ou sem ofender alguém gratuitamente, sei lá.
O que eu sei é que se os gays pode fazer suas paradas, os maconheiros têm é que deixar de viadagem e partir pra ação.
Querem legalização, ou acham bonito a criminalidade?

O amor é a unidade básica

Eu tenho tentado viver da maneira mais reta, sincera, agradável e honesta para com as outras pessoas, mas não sinto reciprocidade nesse tipo de atitude. Às vezes eu mesmo me esqueço do princípio básico em caso de dúvida. "Que dúvida seria essa?" Sabe aqueles dias que alguém te dá o troco errado (pra mais) em um lugar qualquer e você só se dá conta depois, mesmo assim volta e devolve, e outras vezes você vê na mesma hora e mesmo assim não devolve, guarda o dinheiro depressa e vai embora. Excetuando-se aquelas pessoas que têm mesmo apego ao dinheiro e os mau-caráteres por natureza a única coisa que poderia me levar a devolver ou não o troco seria a gentileza de quem deu o mole. Isso não tem nada a ver com minha necessidade financeira, ser uma gracinha num caixa de supermercado, ou um pagodeiro numa barraca de praia, isso é apenas o reflexo do amor ao próximo.

Baseado num sistema simples de medidas, que não nos leva a lugar nenhum na prática, mas que conforta a nossa mente nos deixando tranqüilos com relação aos nossos atos de "pequena sacanagem". Às vezes a gente só precisa de uma dose mínima de amor para evitar um monte de imbecilidades que em sua presença seria imponderável.

Existem milhares de maneiras de se experimentar o amor, mas a grande maioria das pessoas, por mais que lhe digam e mostrem isso todos os dias não fazem idéia do que seria esse "amor", ou de que maneira utilizá-lo racionalmente e principalmente honesta. As pessoas estão muito apegadas à sua conveniência e raciocínio demente, que desconsidera o amor como medida fundamental.

Isso não tem nada a ver com "só o amor importa", mas tem tudo a ver com "quem ama cuida" e esse cuidado praticamente não existe no dia-a-dia. O "amor ao próximo" da maioria das pessoas desaparece quando elas pensam unicamente na própria pele, ou, mais especificamente, no bem-estar pessoal. Elas não querem saber se o que pensam é coerente, simplesmente não querem saber de dar crédito ao próprio amor, ou ao cuidado que elas deveriam ter com as pessoas amadas. Essas pessoas simplesmente só pensam nelas mesmas.

Isso não é nenhum tipo de invenção nem descoberta extraordinária. Qualquer um pode observar à sua volta es constatar que antes mesmo de se sentirem ofendidas elas agridem verbalmente umas às outras da maneira mais estúpida e covarde. As pessoas adoram xingar as outras, adoram sacanear as outras e passá-las para trás a troco unicamente daquele bem-estar irracional que sentem quando acham que fizeram a coisa certa, por exemplo: ao xingar o motorista de ônibus por frear bruscamente, ou andar devagar demais.

Às vezes o simples ato de não observar silêncio pode ser uma grande prova de desprezo à condição humana alheia e uma espécie de "desculpa" para vários outros delitos contra a unidade fundamental do ser humano. As pessoas cometem o "mal" por achar que esse "mal" nunca irá atingi-las.

Infelizmente não podemos viver a nossa vida abstraindo tudo o que a gente não quer nas outras pessoas, mas podemos começar a mudar a nós mesmos, nos cuidando mais e cuidando que as pessoas e todas as coisas com as quais nos relacionamos no mundo entrem na mesma harmonia. Sei que às vezes tudo foge ao nosso controle, mas se pensarmos bem e canalizarmos a nossa energia para o que é positivo, conseguiremos entender e nos relacionarmos melhor com todo o universo à nossa volta.

É hora de apagar do nosso espírito todo vestígio de maldade e destruição do ambiente, todo pensamento negativo deve ser eliminado. Fatalidades acontecem, mas não devemos usar nenhum tipo de "desculpa" para "quantizar" o mal. A maldade paga-se a si própria. O amor é a base da nossa existência.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ah mundo!

Quase a totalidade dos meus amigos acham que eu sou, no mínimo, maluco. Eles não entendem, por exemplo, porque que é que eu pedalo 20km só pra comer água e depois volto os mesmos 20km bêbado e pedalando até a exaustão. Claro que isso é uma estupidez, mas são momentos que não tenho como descrever e que sinto necessidade deles com cada vez mais urgência.
A medida que o tempo passa e a quantidade de pedaladas/semana vai ficando maior, vou me sentindo cada vez mais disposto a ir cada vez mais vezes, cada vez mais longe. É como o grito de uma saudade disparando em sua mente o desejo de estar com aquela pessoa que nos faz tão bem, mas não tem pessoa nenhuma, exceto a vontade de pedalar por aí arriscando o pescoço com algum motorista bêbado e mau-humorado, mas eu corro esse risco num ônibus, num táxi, ou mesmo de carona, portanto: "feliz daquele que se arrisca com prazer!"
Algumas pessoas vão à academia malhar seus corpos sarados ou surrados, mas elas gastam uma quantidade enorme de energia e dinheiro em uma coisa que eu não faço idéia como possa dar algum prazer, mas eu não fico enchendo o saco delas com meus comentários, nem as achando malucas. Algumas vezes não existe um respeito mútuo.
No momento imediatamente após a minha queda, tudo o as pessoas ditas "normais" pensariam seria no prejuízo da queda. Eu também pensei, pois minha câmera recém-adquirida havia voado alguns metros no ar e aterrissado desconfortavelmente no asfalto quase frio da madrugada, além da própria bike que teria sua cota de prejuízo financeiro, depois de eu ter finalmente me sentido feliz por ela não ter me feito gastar nenhum centavo no último mês.
No fim das contas pravaleceu o bom senso quântico dos acontecimentos. O Conserto da bike quer ser 38 reias(o preço de um guidão novo) saiu por 75 e o conserto da câmera que seria mais de uma centena de reias acabou saindo de graça e me levando a ter mais um dia formidável de bebedeira, que só foi terminar mesmo no dia seguinte com um magnífico sanduíce de almôndegas e uma carona tranqüila para casa.
Às vezes é muito fácil achar o mundo um lugar maravilhoso. É só se conectar às ambições certas.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Claro que eu não aprendo

Quando eu tomei minha primeira queda de bicicleta eu fiquei cabreiraço de sair de novo. Acho que o problema foi que eu aprendi a pedalar já meio velho. Minha mãe até tinha comprado uma bike pra mim quando eu era pequenino, mas eu não tava muito disposto a aprender. Acho que meu instinto primitivo me dizia que não andar de bicicleta ia evitar um monte de dor, mas eu só escutei essas vozes dentro de mim até os 12 anos. Quando eu finalmente comecei a pedalar meu instinto primitivo já não era tão forte quanto o meu espírito aventureiro e esse sim era miseravão.
Minha primeira queda feia foi na rua da Fortuna, tirando onda de acrobata em pé em cima do quadro da bike, uma bmx, só pra me exibir pra uma gatinha que morava perto desse endereço. Tudo ia bem até eu tentar descer do quadro apertando o freio dianteiro, dali pro asfalto foi uma fração de segundo. Fiquei deitado no chão por alguns minutos até que as pessoas parassem de rir e me levantei fingindo tontura indo pra casa "todo fusquinha" logo em seguida.
A segunda foi um momento histórico. Eu fazia cross, mas não sabia andar de uma roda. Tentava de todo o jeito manter a bike empinada, mas era sempre em vão. Eu tinha medo. Um belo dia, na praça da Revolução, lado a lado com meus colegas de pedal eu decidi que daria "300 pedaladas" com uma roda só. Até que eu tava indo bem, já tinha dado umas 3 quando a bicicleta emborcou e eu fiquei com o pé preso no pedal (que na verdade só tinha o eixo) caindo de bunda segurando a bicicleta no ar.
Uma vez eu tava descendo a ladeira da Cocisa, em São Tomé de Paripe. Minha bike nessa época tinha freio no "contra-pedal", que é quando a gente só precisa pedalar para trás para ela frear, e eu achava isso fantástico, mas descendo uma ladeira dessas a gente não tem muitas opções para evitar acidentes com esse tipo de freio. No início da descida eu resolvi pedalar rápido pra que ela pegasse embalo mais rapidamente, mas meu pé saiu do pedal e a pedivela deu uma volta acertando o pedal de ferro em minha panturrilha, fazendo um estrago que eu batizei depois como "o Castelo de Blandar". A pedivela não parava e eu tive que descer a ladeira toda com os pés suspensos rezando para não me desequilibrar e cair no corrégo de concreto que beirava o asfalto. Eu só pensava que ia morrer, mas consegui chegar na praia e tomar um banho de mar cicatrizante e encorajador, pois sabia que ia tomar um "sacode" de minha mãe quando ela me visse com a batata toda lascada.
Uma outra vez na mesma rua da Fortuna, mais uma vez me exibindo, provavelmente pra outra garota, eu fui pular o quebra-molas e na aterrissagem a roda traseira derrapou e eu saí ralando o joelho no asfalto por uns 3 metros ganhando assim minha outra cicatriz lendária batizada de "olho de Thundera".
Eu tomei mais quedas do que eu consigo lembrar. Não só de bike, mas correndo, andando, subindo em coisas... eu nunca fui um cara muito de me intimidar com porra nenhuma, porque eu nem quando guri era covarde bastante pra não sair de casa por medo, pelo contrário, eu tinha era pânico de ficar em casa só (A cuca me assustou até uns 16 anos sem nenhuma brincadeira). Já com meus 18/19 anos a galera inventou de ir até Piatã pedalando, e como eu tava sem bike, pediram uma emprestada e jogaram em minha mão. Passamos num posto no caminho e pegamos uma garrafa de vodka e algumas de suco natural de laranja. Eu era o "biker bar" e fui fazendo a dosagem da mistura e dividindo nos squeezes de modo que sobrasse mais pra mim, é claro, que era um excelente comedor de água. Lá pelas tantas, já na orla, eu e meu brother Pep resolvemos esticar a pedalada até Stela Mares, já que a outra parte da galera (as meninas, que iam de carro) ainda não havia chegado no local combinado e o resto dos marmanjos estavam esgotados demais pra seguir pedalando.
Pep ia numa Caloi 10, bike de velocidade, e eu ia bêbado numa mountain bike emprestada. A gente chegou em Stela, tomou duas numa barraca e voltou. Como a bicicleta de Pep era mais veloz, na volta ele disparou na frente e sumiu de minha vista. Quando eu cheguei em Itapuã e não consegui mais vê-lo, resolvi disparar no seu encalço. O sinal fechou, me dando a chance de atravessar e sair em disparada, mas poucos metros à frente uma viatura da polícia resolveu parar num lugar onde eu tinha duas escolhas: desviar e seguir, ou reduzir e salvar meu coro. Claro que um bêbado não tem o menor apego ao seu courinho, então eu subi no passeio em alta velocidade, passei pelos "homi" e na descida tudo o que deu tempo de pensar foi "me fudi!". Eu vi cada pedrinha de asfalto se transformar em pedregulhos enormes passando rente aos meus olhos. O pânico de ser atropelado não me deixou desmaiar e eu levantei tão rápido quanto caí, saindo depressa do meio da rua quando um dos policiais me fez as perguntas mais estúpidas que alguém poderia me fazer nessa situação: "O que foi isso aí, rapaz? Você caiu, foi?"
Só pra ilustrar um pouco o que foi essa queda todos os membros de meu corpo tiveram algum ferimento. Eu caí de cara no asfalto, mas o boné slavou boa parte do meu rosto que ganhou uma barba de carne viva do lado esquerdo e minha testa crescera uns 20cm, minha camisa tinha lascado nas costas, mas era meu ombro que faltava um pedaço, meu joelho, que era mais escuro que minha perna por causa do meu passado ganhara mais uma vez a cor vermelha e eu nem tinha certeza se podia estar mesmo de pé, mas não queria ficar parado ali esperando nada. Entrei no posto policial, lavei meu rosto e meus ferimentos, ajeitei o que pude a bike pra poder continuar e fui encontrar meus amigos, que apesar de assustados como eu, ficaram aproveitando a praia e a minha aparência de zumbi até o fim da tarde.
Quase 20 anos depois cá estou eu novamente de bike (Mariana). Essa semana ela está andando formidavelmente bem e como eu já estou mais em forma não tenho perdido meu tempo em ponto de ônibus pra ir a canto algum, pego Mariana e caio no mundo.
Ontem, voltando de uma noite esplêndida na sede do "Red Devils" na companhia de meus amigos de banda e mais uma galera do rock, completamente embriagado e cansado, resolvi que seria uma boa fazer uma filmagem e mostrar às pessoas como é tranquilo andar de bicicleta de madrugada. Não havia viv'alma na rua e eu podia andar sem as mãos por quilômetros antes que algum veículo aparecesse e lá ia eu bêbado e feliz quando uma imperfeição da pista, que não é uma coisa que a gente veja a uma distância segura à noite, não me deu tempo para colocar novamente as mãos no guidão e esperar o impacto. Enquanto eu narrava o que estava acontecendo acabei narrando minha queda. Infelizmente o vídeo não foi salvo, pois a câmera voou e não salvou. Meu ombro ganhou mais uma cicatriz e o guidão de Mariana ficou com fortes seqüelas. Meu celular não tinha carga, eu não tinha mais nenhum centavo nos bolsos, minha câmera estava quebrada, mas eu continuava bêbado e cansado. Pelo menos a bike ainda dava pra andar e eu vim devagarzinho pra casa com medo de que algo em Mariana soltasse e eu me esborrachasse novamente, embora não seja muito comum um cara cair duas vezes no mesmo passeio de bicicleta. Cheguei em casa mais aliviado do que puto, terei que saber agora de quanto será meu prejuízo, pois amanhã mesmo eu caindo na pista novamente.
Espero que eu um dia páre de ser tão vacilão, mas não quero nunca ser covarde.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Só tem imbecil

As pessoas têm a mania infeliz de sentir pena das outras. Isso é de uma cretinice tão grande como um gavião pegar um camundongo pra criar. Aliás, nós, seres humanos, racionais, bípedes e multigâmicos, já demos provas suficientes para comprovar qualquer teoria, feita por qualquer imbecil, a mando de um bando de "filadaputa" que, provavelmente, ou é facínora, ou um de apito, que estava a mando de algum ingênuo, é falha, incabível, inaplicácel, e até mesmo inútil. Exceto pra aquele outro bando de estúpidos sem qualquer valor. Sinceramente eu não sei que sentido faz certas coisas.
Mas também eu sou um cara sem nenhum tipo de apego moral, social, ou espiritual. Logo, toda e qualquer atitude que eu venha a tomar em relação a qualquer pessoa, em qualquer circunstância, seja em qual for o lugar do planeta, seja qual for o planeta, não terá nenhum cunho filosófico, artístico, ou religioso. Será uma coisa meramente irracional.
Acho que seria bem mais legal se as pessoas, pelo menos, se respeitassem mais, se tolerassem mais, ou se sorrissem mais, agradassem mais e amassem mais, mas isso não é uma coisa que ninguém, pelo menos adulto, pede a papai noel. As pessoas só pensam nelas mesmas. Não que isso seja errado, mas elas são más nesse tipo de pensar. Imaginam que apenas elas merecem algum tipo de felicidade, tipo estar sozinhos mo trânsito, ou beijar a maior gracinha do rock. O egoísmo, egocentrismo, ou só imbecilidade mesmo das pessoas consiste em elas fazerem o bem sempre, mas nunca em benecício gratuito a alguém que não interesse obscuramente.
Eu, de verdade, gostaria muito que as pessoas parassem de pensar merda a respeito das outras por questões de dinheiro, falta de dinheiro, cor, falta de cor, religião, ou falta dela, tamanho, altura, peso, cabelo e todas aquelas coisas que já provamos de milhões de maneiras que podem nos diferenciar. Claro que sempre vai haver uma desgraça mentindo pra você, mas pode muito bem se enganar uma vez ou outra, o que não pode ser é se fazer de estúpido o tempo inteiro.
Acho que sempre podemos aproveitar melhor os nossos dias, mas uns sacanas só querem foder o dia dos outros. De bicicleta eu evito 85,8% dos imbecis do planeta, que querem matar os 4,2% da população que usa algum tipo de veículo a motor e que finge não querer foder todo o resto, mas isso não vai impedir o mundo de se acabar.
Enfim!
Acho que é melhor dar boa noite e ir pra cama!
Espero, com toda a força que habita meu corpo pesado e cansado, que todas as pessoas deveriam sorrir.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

E na volta pra casa...

- Motorista, ande logo nessa porra que eu quero chegar logo.
- Chegar logo pra que, rapaz? Vai achar o que em casa essa hora? Vai ver corrida de homi nu, é?
- Vou encontrar o ricardão.
- E vai fazer o que?
- Vou perguntar se ele tá usando camisinha.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Anjas e jumentas

Às vezes a gente tá andando pela rua e vê umas coisinhas que não podemos deixar passar sem pelo menos um "Nossa! Que linda!", que nos escaba pela boca, muitas vezes sem querer. Acredito que isso seja normal até mesmo com mulheres, pois elas sabem melhor que ninguém reconhecer o belo. o que me dá angústia, tristeza, ou até mesmo revolta algumas vezes, é que essas "coisinhas lindas" nem sempre sabem como lidar com um elogio. Desde os mais criativos até os mais escrotos e baixos.
Algumas dessas garotas, na verdade, não tem a menor noção de como lidar com a própria beleza e isso acaba influenciando as relações interpessoais, pois na cabeça delas se ela está bonita ou não não é da conta de ninguém, exceto daquelas pessoas que ela "aprova" que a elogiem. Tem gente que chega mesmo ao absurdo de, ao ouvir um gracejo qualquer, solta logo um "vá se fuder!".
Imagine aí!
Você passa por uma gracinha e diz: "Eu não sabia que os anjos freqüentavam esse lugar." Aí a infeliz vai e larga: "Pena que os diabos também." Quando é simpática.
Me lembro uma vez, eu tava vendo umas paradas no centro, com um coroa que nem era daqui, mas tava de rolé pra levar uns presentes pra esposa no interior. De repente ele avistou uma moça de vestido verde, realmente bonito, apesar de verde, vindo em nossa direção pela calçada, e quando ela chegou bem pero ele largou: "Mas que vestido bonito!" E infeliz fechou uma cara, e como se estivesse falando com a mãe respondeu: "É, mas não é pro seu bico!" Claro que o coroa, macaco velho, não perdeu tempo e completou: "Eu gostei foi do estribo, não da jumenta."
Eu ainda tento entender as mulheres, tento mesmo, faço um esforço fenomenal, mas não consigo. A gente não pode elogiar, não pode falar mal, não pode notar, não pode deixar de notar, não pode falar, não pode pegar, não pode, não pode, não pode um monte de porra.
Graças a Jah isso não é em 100% dos casos. Algumas até dão um sorriso e transformam uma coisa besta em algo fabuloso.
Sei que muitas dessas garotas se tornaram amargas assim por causa dos próprios homens que nunca sabem como elogiar uma mulher sem baixaria, ou com algum desinteresse, e isso muitas vezes gera um monte de situações desagradáveis para as pobres donzelas, mas, na moral meninas, quando alguém lhes fizer um elogio qualquer, desde que não seja agressivo, pelo menos agradeça, não por obrigação, mas por educação mesmo. Garanto que isso vai fazê-las sentir melhor e ainda mais adoráveis.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Na segunda a ressaca é de lei

Segunda-feira é dia
E por que não seria?
Tem o tédio, tem o ódio e tem ressaca e poesia

Terça-feira é também
Na paz, tudo bem
Ressaca de leve e beber com alguém

Quarta-feira já era
Por que a espera?
Se eu já comecei a acabar com ela

Quinta-feira, dia internacional
De comer água e passar mal

Sexta-feira eu nem posso dizer nada
Se já acordo com a cara embriagada

Sábado é quando o bicho pega
Ninguém corre, ninguém se entrega

E domingo, meu pai, eu nem sei
A que que horas a beber eu comecei
Na segunda a ressaca é de lei

(07/08/2006)

Se chegue

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