quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Sr. Preto Grande

Aonde quer que eu vou
Branco me chama de preto
Nego me chama de grande
Ô seu preto grande

E pra falar de amor
Pode rimar como preto
Preto tem fama de grande
Olha o Preto Grande poeta
Olha o Preto Grande pintor
Olha o Preto Grande atleta
Olha o Preto Grande

O nego foi subindo no morro
E logo avistou a menina tão triste
Tirou sua viola do bolso
E tocou uma canção pra que ela ouvisse
Na sua intenção pra que ela sorrisse
E ela sorriu...

Aonde quer que eu vou
Branca me chama de Seu Preto
Preta me chama de Nego
Ô seu Nego grande

Sunday at six da manhã (song)

Sometimes i feel...
horas a fio...
A very intense, vazio
That make me confused
Happy in a desafio

Sometimes again...
I'm in a zen
Na mão nunca much money
Riding in my bicicleta
Like any atleta
Domingo at six da manhã

Sometimes I feel...
Horas a fio...
A feeling very cool, sadio
Walking like a celebrity
for all the Pericity

Sometimes porém
I just wanna be sedated
and think all will understand

O álcool te mata
O cigarro também
Mas todos têm direito ao bem

Maconha is a herb
É uma erva do bem
So... why don't legalize, hã?

Sometimes again
I am nada bem
And I need to be ok
E converso com a Mary Jane
I just hope you understand

domingo, 17 de novembro de 2013

Putinha

Ô menina, onde cê tá?
Preciso de tu do lado de cá
Se puder, por favor, venha já
Que eu quero comer esse abará

Putinha minha querida
Você não entende ainda
Porque é minha preferida
Sua descaração desinibida
Vem e molha minha pica de saliva

Ô menina, onde andarás?
Bem de você eu tô atrás
Vai demorar ou não vem mais?
Vou procurar outra no cais

Putinha minha querida
Entenda logo de uma vez
Que eu não sou um seu freguês
Se puder, favor, venha já
Que eu quero comer esse abará

Vai demorar ou não vem mais?
Vou procurar outra no cais

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Uma boa desculpa pa pa nenhuma

Se você não quer uma coisa, provavelmente quer outra, mas se nada disponível desperta algum interesse aí pensa que não quer nada, mas não é nada disso, ou talvez tudo isso, são das opções e da falta delas que eu quero falar. Das chances que você tem de ser disperso ou das oportunidades que você tem para ser importante, tanto faz, pois quando tudo isso se perde ou se encontra é apenas passado. Então o que é mais importante? Ser o alvo ou ser atirador? Ser o verme ou ser o infestado? Continuar sendo louco ou pensar que está curado?
O cotidiano nos leva a situações desnecessárias e cada vez mais estamos ficando sem saída para elas. O trânsito lhe estressa, as filas, o barulho, a má educação, a esperteza, a estupidez lhe conduzem a uma condição de insanidade. Às vezes não queremos fazer vista grossa a uma barbaridade, mas o tempo que perdemos tentando fazer com que outras pessoas enxerguem a condição absurda é quase sempre apenas tempo perdido. Por que se importar?
Pode até bater um desespero por não ter à sua volta ninguém que lhe compreenda, aí o melhor a fazer não é se trancar no quarto e esperar dias melhores, melhor é tentar dar uma volta a pé por aí, sei lá, pelo seu bairro. Tente reconhecer seu ambiente, tente ver nas pessoas algo de bom que elas não abandonam na primeira oportunidade de "se dar bem", reconheça as ruas, as casas, tente observar um momento de felicidade simples como crianças brincando alheias a tudo, um pássaro cantando mesmo que tristemente engaiolado. Perceba que há leveza no dia-a-dia.
Se ainda assim a bílis lhe vier à boca dê um tempo, respire fundo, beba água e tente não vomitar em cima das pessoas que você gosta.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Onde houver fé que haja inteligência

Tem tanto amor numa igreja quanto num puteiro. Se das boas palavras profanadas pelos pregadores corruptos e pedófilos de plantão nos templos religiosos se pode tirar algum proveito este se perde novamente na inutilidade da pregação. 
Ainda me aparece um sacana dizendo que Jesus deixou a chave do seu templo e blá, blá, blá... e aí eu ainda tenho que parar no meio da rua pra dar sermão sobre o significado da liberdade do Cristo. Eu não sei de quanta ignorância pode se alimentar um rebanho, mas os atuais pregadores dos templos são os verdadeiros atrasa-lado da humanidade.
Não estou falando de fé,  religião, crença, nem querendo converter ou desconverter quem quer que seja, mas a idade do medo ainda está tão intrincada na cabeça da cambada evangélica que de vez em quando falta-me a paciência para debater. As pessoas ainda esperam ter algo pelo amor ou pela dor, pela fé ou pelo desespero, e esquece completamente a sabedoria natural de todas as coisas da redondamente redundante natureza. "Deus, o senhor que estás em todas as coisas, penetra no cérebro desse povo que é mantido malignamente na estupidez!"

sábado, 9 de novembro de 2013

O amor que...

Eu te amo
Eu te amo
Eu te amo

Eu posso falar um monte

Um monte de asneira
Um monte de mentira
Um monte de besteira
Mas eu te amo

Amo o som de dizer
que amo você

Amo sua cara de surpresa
Amo você na sua desdenheza

Amo
Amo
Amo

Amo pra cara - lho - lha Tu... você
Você

Eu te amo
Sem medo de fobia, poesia,
Sem rima, sem rimaria
Eu te amo
Porra de poesia

As palavras falam
Os dizeres dizem
Mas te amor só posso amar
Mas te amar só posso, amor

Amo
Amo
Amo

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Vida de terror

"Precisa-se de uma enfermeira que... seja amigável, carinhosa, trabalhe de graça e, se possível, durma no emprego."

Eu já tive dias ruins, semanas ruins e até mês bizarro, mas um ano inteiro de bagaceira é demais. Esses últimos dias tem sido daquelas incríveis desventuras que só acontecem comigo. Na quinta eu quase fui assaltado em meu bairro por um maluquinho de menos de 17, antes nessa mesma noite eu já tive de caminhar do centro da cidade até em casa com o contra-baixo pendurado nas costas. Na manhã seguinte eu queimei o punho ao morder um sonho que fôra esquentado num micro-ondas não sei pra quê. A gentil cavala ainda me avisou que o recheio estaria quente e eu estava cuidando de dar pequenas mordidas para não queimar também a boca, mas foi inútil: queimei lábio, céu da boca, língua, punho, perna e já voltei pra casa de bicicleta com medo de me arrebentar na suburbana, porque um dia que começa assim não costuma acabar bem.
Pouco antes das 5 da tarde peguei meu violão e fui para a praia buscar alguma resposta no pôr do sol e até que foi tudo bem, exceto por um carvão em brasa que apareceu em meu caminho e queimou meu pé. Apareceram alguns amigos e confraternizamos alguns minutos de esplêndida harmonia, apareceram até umas garotas tornando o espetáculo solar ainda mais bonito. Daí em diante as coisas que sucederam foram dignas de terror classe-A, daqueles em que os espíritos cercam a alma do condenado até que não lhe reste mais nada a não ser se render e aceitar seu destino miserável.
Começou com uma notícia atravessada de que um amigo havia levado um tiro, mas essa informação logo foi desmentida; depois enchemos um congelador de cerveja e jogamos umas partidas de baralho, legal, ambiente decente, controlado, saí dali e fui encontrar um sacana que precisava de uns conselhos, mas eu sempre soube que esse negócio de conselho não é coisa de Deus.
1º de novembro se comemora o dia de todos os santos e no dia seguinte é dia dos mortos. Antigamente eu era muito cuidadoso nessas datas e quase nunca nem saía de casa sem estar seguro de que teria como voltar em segurança. Quando fui ver meu brother esqueci minha chave na porta do quarto, noite de sexta eu não ia acordar minha mão e o número que eu tinha de meu irmão se perdeu na troca da placa do celular, ou seja, ou era ficar bêbado até de manhã ou dormir na rua.
Nunca ofereça um bom conselho sem uma bebida adequada e nossa amizade de 30 anos merecia um alcatrão com limão e mel. Dali pro Mavic (Bar de videokê) e estar completamente embriagado foi um nada, sem contar que eu ainda tava sem a chave de casa e ciente de que meu dead line já tinha pra lá de ido do dia dos mortos que já amanhecia chuvoso e sombrio.
Ainda na praça da Revolução levei meu primeiro tombo na primeira tentativa de ir pra casa de bike. Crendo eu que meu irmão já tinha acordado pro baba de sábado, mas acho que ele se aputara com a chuva às 5 da manhã. Meu outro irmão ainda estava no trabalho e eu não ia acordar minha mãe uma hora fria daquela então voltei pro bar e bebi mais umas no tempo que levou para amanhecer e eu tentar novamente entrar em casa, mas tudo o que eu consegui foi ser derrubado por uma planta e me bater no muro antes de cair estatelado no passeio a duas pedaladas do portão de meu portão.
Restejando, parei no portão de minha casa e toquei a campainha de casa algumas vezes, meu irmão não apareceu. Subi na bicicleta e fui dormir torto no sofá da casa de meu brother dos conselhos até uma hora mais própria em que eu pudesse finalmente encontrar alguém em casa. Quando finalmente entrei em meu quarto eu mal conseguia me despir, tudo era apenas dor e solidão. Estava agora exatamente como meu cão.
Tinha um ensaio marcado para a tarde deste sábado, mas temia não ter condições de tocar baixo, violão, ou mesmo de pegar um busu ou sair a pé.
Tomei um banho como pude e fui me deitar para ver se a dor passava, mas quando acordei tudo era ainda pior.
Não conseguia nem mesmo me vestir e fui sem cueca até a UPA a fim de ter alguma atenção médica. Fiz uns RX a pedido do ortopedista que em seguida me mandou tomar na bunda 3 vezes(ui) uma furada de uma enfermeira de nome Riana, que desgraciosamente se tornara a única boa lembrança desse fim de semana macabro. Ela e seus cabelos dourados, ondulados, jovem e de uma boa presença de espírito. Seu sorriso e olhares também eram de grande presença e tenho certeza que por debaixo do jaleco de enfermeira batia um coração transbordante de amor, mas chegou minha carona pra casa e nos despedimos entre os pacientes e profissionais que aguardavam o dia dos mortos acabar.
Domingo pela manhã minha mãe bateu na janela do meu quarto e perguntou se não seria melhor sacrificar Conhaque, pois ele parece não querer mais viver. Eu fico pensando como era tão melhor quando meu irmão me acordava aos gritos dizendo que era hora de ir pra escola.


  
 

    

domingo, 3 de novembro de 2013

Pobre animal rico!

Ninguém mais quer nascer, crescer, reproduzir e morrer. Só tem imbecil. Querem crescer, fuder, ostentar, se promiscuir, se drogar, ficar deprimido e morrer de assassinato ou suicídio.
As pessoas admiram aqueles que assumem a homossexualidade, são uns heróis, uns corajosos, mas se o cara se assume usuário de maconha ele passa a ser visto como um ladrão, viciado, um assassino: drogado. É como se aquelas pessoas que tomam medicinais para controlar a pressão arterial, a depressão, anticoncepcionais, corticóides etc não fizessem uso de drogas, nem são capazes de cometer crimes só os maconheiros. Que mundo cretino filho da puta! Toda maldita droga, ou substância tem um efeito que pode ser benéfico ou maléfico, mas o homem usa pra seu bem-estar e não porque é legal ou ilegal. "Quem é que inventou porra de legalidade pra caralho nenhum, man?" Quem é que diz pra o cidadão como ele deve se sentir? Se ele quer sorrir, se ele quer se animar, se ele quer só aliviar a dor que mal pode haver? Ser tratado como bandido por assumir o risco de se sentir bem é muita viagem.
A maioria das pessoas vive sua vida como se fosse uma pegadinha do malandro. Tenho uma amiga que não acredita em nada do que eu falo, parece até que eu sou um daqueles malucos que fica inventando mentiras o tempo inteiro (mitômano). Eu nem sei de onde ela pode ter tirado isso. "Logo eu que nunca minto?" Acho que meu maior problema é sempre falar antes o que eu deveria falar depois. Isso fora a memória péssima, para nomes de pessoas então... mas mentir para alguém que eu amo não é uma coisa que me diverte muito desde os 13 anos, quando minha mãe pegou um esboço meu que começava com: "minta para uma mulher sempre que possível". Levei uma surra. 
Aí tem gente também que não tem outra diversão a não ser contar mentiras. Mentem sobre qualquer coisa: da mais fina arte da "valsa" até sobre a cor preferida nada do que digam merece nenhuma confiança; Aí tem gente que trepa com qualquer coisa que tenha pernas, não precisa de vagina nem penis; Aí tem gente também que já matou, gente que já deu a volta ao mundo, que já recebeu prêmios importantes, que já se fudeu à vera, que já se deu muito bem. Conheço bem de quase tudo, mas nunca me interessei demais pela vida alheia, pois a vida de cada um não é a minha. Conhecer um médico não me faz médico bem como conhecer um traficante me faz um, ou conhecer um piloto, ou conhecer um viado...
Hoje eu até entendo toda a "preocupação" da mídia com os jovens, o bullyng, a pedofilia, a delinquência juvenil. Mas se os pais, mesmo aqueles que falam tanto na imprensa, não compreendem porra nenhuma de nada? Parece que vieram ao mundo sem infância, sem juventude, meu Deus! Os mais velhos não enxergam as mudanças do mundo em que crescem os mais jovens. Somos péssimos adultos criando uma juventude descontrolada.
Por um tempo eu achava que a única maneira de suportar a noite era estando completamente chapado, porque, pro tanto de maluco que se encontra por aí só mesmo estando tão louco quanto. Depois de 25 anos nessa vida eu vi que não é bem assim, não adianta estar chapado de noite se você passa o dia inteiro com gente maluca lhe buzinando asneiras e aleotrias. Tem gente que bebe, que se medica, que toma chá, mas é certo se procurar por qualquer maneira de suportar esse imundo mundo estúpido. Acho que foi daí que nasceu a bipolaridade, da necessidade de estar de bom humor mesmo estando puto com tudo.
Na verdade o mundo não é estúpido. Essa nossa existência ridícula, essa sociedade besta que a gente criou é que é. Sabemos apenas o que rege nosso corpo físico e nos importamos muito pouco com nosso espírito. Isso quando se sabe alguma coisa dele. O que é que alguém sabe de alguma coisa, afinal? O que eu sei? Eu sei que nesse mundo capitalista e miserável o "animal inteligente" chamado de homem tem que se virar em dinheiro, e só nele, se não quiser ser tratado como um animal inferior. Talvez por isso o mundo esteja cheio é de puta, viado e maluco.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

às vezes eu quero fazer poesia

às vezes eu quero poesia
às vezes crio melodias
às vezes só poetizo
escorrego na alegria, às vezes
às vezes caio no riso

às vezes quero música
às vezes proseio lacônico
às vezes rimo irônico
e crio trevas onde era dia, às vezes
saindo da harmonia

às vezes eu quero fazer poesia
às vezes a poesia é que quer me fazer

Sempre de olho na rima
Sempre de olho no tempo
Às vezes chego de prima
Às vezes eu tô mais lento
Mas não me abato e rimo
Não me firo nem bato

às vezes eu quero fazer poesia
às vezes a poesia é que quer me fazer

Se chegue

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