domingo, 21 de março de 2021

Até que a morte nos dê um fim

Ser contaminado por uma doença que leva à morte milhares de pessoas todos os dias pode ser mesmo assustador. Ainda que tenha sempre me recuperado de todas as desgraças e infortúnios de uma vida fodida, me sair bem nem sempre parece justo. Pode ser que eu/você só esteja em outro plano vivendo da memória de vida passada e acreditando que ainda não fui/foi. Alzheimer? Ele não foi um gênio? É esquisito, mas o cérebro é um equipamento muito complicado. Mesmo.
Eu, de verdade, não gostaria de falar de medo da morte ou da vontade de morrer, mas os acontecimentos nos últimos meses e os filmes que tenho assistido me fazem pensar um pouco demais no assunto. Quando saberemos que chegou a nossa hora?; Como vamos saber se já não estamos mortos? E o que é a morte afinal?
Se somos os seres mais espertos, porque insistimos em estupidezas? Praticamos o mal, destruímos o meio-ambiente, reverenciamos os idiotas, deixamos de ajudar o próximo pela falta de troco ou um trocado. Somos uns bichos mesmo muito esquisitos.

quinta-feira, 18 de março de 2021

Esse povo...

Esse povo é muito, muito mesmo...
Como não ser uma vergonha pertencer?
Peço desculpas!
Elegemos um ser sem nenhuma condição de ser.
Foi a piada mais sem graça já contada desde que inventaram a democracia. Deveríamos chamar de "Demô-gracinha". (Ridículo, péssimo!)
E olhe que eu bem que gostaria de inventar uma boa história, mas uma coisa dessas é muito maquiavelismo até mesmo para um escritor pedante.
Me abate uma tristeza mesclada com ira levando a ferir meus caros queridos.
Isso faz mal a mim mesmo.
...Brasileiro.

quarta-feira, 17 de março de 2021

Paredes brandas

Aqui estou 
Eu 
Psiquiátrico
No hospital 
Olhando paredes brancas 
Olhando caras pálidas
Mas eu não enxergo nada
Nada atrai, "atenciona"
Só o som 
Do vazio


No psiquiátrico hospital
Aqui estou 
Brancas paredes
Que nada me vêm
Atrai a nada
O som 
distraído 
Só do vazio
Me atenciona
Estou num sonho
Acordarei pelado

domingo, 14 de março de 2021

Arrepsia

Não sei da onde vem o que sai de mim
Não sei

De onde vim?
Pra onde vou?
Quando pararei?
Se escrevo
Se me calo
Não sei

O que dizer?
O que fazer?
Talvez deva fugir
Talvez me resguardar
A morte já foi desejo
A vida já foi perdida

O futuro, que ainda não veio, 
já ficou para trás
O passado ensinou 
que o presente é o que importa
Se aprendi ou se me perdi,
Aqui estou
Não sei se sou quem desejei
Não sei se fui quem pensei
Não sei se sei quem eu serei
Não sei
Não sei
Não sei 
A angústia nos destrói ou será que inspira?
A felicidade nos constrói ou completa?
De fato há dúvidas 
E, na dúvida, paro por aqui

sábado, 13 de março de 2021

Pirando no ceticismo Shakes-Nietzschiano

Às vezes tudo vira uma grande merda. 
Você vira um grande mentiroso e sua vida uma grande farsa. 
Faz-se o que? 
Se mata?
Cria-se uma esperança de tudo se transformar no sonho que você criou e nada lhe convence de que tudo não é apenas uma alucinação.
Sonhar que o amor existe e que pode lhe salvar de toda a destruição que se criou em volta da sua loucura é um só um sonho. 
A realidade lhe espanca, 
e lhe enfraquece, 
e lhe faz ainda mais depressivo... 
E nem toda mentira que se possa criar lhe faz crer em alguma satisfação. 
Nem mesmo a morte certa de quem está vivo e são.
Ter fé, esperança talvez, é única saída.

quarta-feira, 10 de março de 2021

O chato

A chatice é uma desgraça. É a prova de que "O Todo Poderoso" não existe.
Chatice não só é humana como humanamente incompreensível. 
O problema do mundo não são os chatos, pois eles podem também ser adoráveis; às vezes, com a chatice, chegamos a ser insuportáveis.

"Pior do que a gente ser quem a gente é, é ser quem a gente não é"

Se chegue

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