sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Se é pra f*der, passe pelo menos uma manteiga

As instituições, de modo geral, são tão filhas da mãe que já nem tem mais vergonha de dizer que vão te fuleirar.
(...)
- Se o sr. atrasar nós incluiremos juros.
- Mas não é atraso, o valor está errado.
- O sr. deve, nesse caso, efetuar o pagamento e solicitar a correção do valor.
(???)
Eu não sei onde essas pessoas aprenderam isso, mas essa merda veio, claro, com a invenção do dinheiro. Coisinha insignificante que acaba com todo o prazer de se viver.
Não há um dia sequer que eu não xingue o infeliz que teve a idéia de criar a moeda, mesmo sabendo que a humanidade não ia parar de criar coisas absurdas.
Há um tempo atrás eu cria que a maior invenção do homem era o controle remoto, mas eu acho que foi mesmo a vaselina. O homem nunca pára de querer foder o mundo e pr'um cu do tamanho do mundo é preciso muita.

Vamos pensar no assunto!?

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Boom na sua cabeça

Já li quase todo tipo de coisa sobre o Boom Bahia, concordo com umas, discordo de outras e tem coisa que é bom nem comentar. A verdade é que há muitos anos não rola um evento tão bom nessa cidade. Peca um pouco pelo pouco espaço da Tereza Batista e pela cerveja Sol, que começa a sair quente antes do fim da noite, mas a organização e as atrações realmente estão botando pra fuder.
Esse lance de horário é importante pra caralho, acho que as pessoas deveriam se acostumar a cumpri-los. Como de costume os eventos no Pelourinho não costumam atrasar, pois o povo de lá cobra mesmo essas porras. (ou pelo menos cobrava)
Nessa onda quem se fode sempre sou eu, por dois motivos simples: Não gosto de sair antes das 10 da noite e gosto menos ainda de sair de Periperi domingo à tarde, a menos que seja pra ver a seleção jogar(SPFC) em algum bar com a galera. Mas esse fim de semana eu tive que me fuder um pouquinho, pois o rock me chamava e ele também merece alguns sacrifícios, além dos amigos e amigas que tinha oportunidade de encontrar depois de algum tempo.
No sábado eu já comecei me lenhando. Saí de um seminário já quase 17h e algumas bandas já tinham tocado, mas pude ver Os irmão da Bailarina com um show um pouco mais pesado do que eu me lembrava e achei muito bom.
O show da Lou está cada dia melhor, mais maduro (no bom sentido) e mais empolgante. (Creio que um próximo disco será matador.)
A Teatro de Seraphin foi a única banda que me fez realmente lembrar porque eu ouço rock. Comecei nos anos 80, ouvindo o punk e o pós-punk. Nesse temo aqui existiam bandas como Não, Boy Subterrâneo, Via Sacra, bandas que se preocupavam bastante com os conteúdos de suas letras e tinham sempre algo a dizer além de seus cabelos desgrenhados e suas roupas rasgadas. Foi o momento mais calmo da noite, mas não o menos prazeroso. (antes que alguém diga alguma gracinha: papo-cabeça de cu é rola!)
Depois teve uma banda de Pernambuco chamada Sweet Fanny Adams, que, apesar da posição ingrata, não deixou o prazer de ouvir música deixar o local, mas o que todo mundo queria mesmo era ver os Retro e os caras não nos decepcionaram.
Fica meio chato falar que o show foi do caralho, mas muito melhor que o show deles foram minhas parceiras de dança. (e pensar que há 15 anos atrás era raro se ter uma mulher para dançar em shows de rock) Não vou destacar nenhuma delas pra não gerar ciúmes, mas hoje eu só acredito numa festa na qual eu possa dançar além de ficar pulando feito um doido e o primeiro dia do Boom Bahia foi matador.
No segundo dia, como era de se esperar, mais uma vez eu cheguei atrasado e quase perco a banda que me fez realmente sair de casa, a Declinium. Não pelo fato de nosso baterista estar tocando, nem pelo fato de serem grandes amigos, mas pela qualidade sonora, refinamento das guitarras e a voz daquele sacana que é realmente muito foda. Aliás se fosse fazer um concurso, Théo Filho e Orêah iam disputar pau-a-pau a melhor voz masculina. Cheguei ainda na metade da primeira música e pude curtir quase todo o show relativamente quito no meu canto, sendo interrompido vez por outra por algumas pessoas que eu não tive tempo de cumprimentar à minha chegada. Ouvir a música "Estranhos" ao vivo sempre me traz recordações de tempos imemoráveis e bastante felizes, apesar de ser um rock triste.
Depois foi a vez da Berlinda subir ao palco, mas foi um show que eu acabei nem curtindo muito por dois motivos básicos: era a hora que eu estava de fato começando a curtir o ambiente e o vocal tinha uma "vozzinha" meio afetada bastante irritante à minha "macheza". hehehe
Alguém já tinha me falado alguma coisa da SubAqüático, mas eu não conseguia lembrar o que era, mas quando os caras começaram o show e foram destilando seu set list descobri que se não tinham me dito que era uma banda do caralho, mentiram. Foi realmente a coisa mais supreendente que eu podia esperar no dia que seria o mais "calmo" do festival. (Encontrei mais uma banda capaz de me tirar de casa)
Também teve suas surpresas negativas, mas isso nunca foi novidade pra mim. A Curumim & The Apins ficou meio perdida em minha cabeça. Apesar de eu até gostar do som que eles fizeram, acho que eles ficaram meio numa roubada, pois depois da SubAqüático eu queria era mais rock e não aquela xurumelança hype, mas enfim...
Chegou a vez de Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta, de quem eu tenho a maior mágoa por eles nunca tocarem "Daikiri" nos shows e esse não foi diferente apesar de minha súplica à beira do palco. De novidade pra mim mesmo foi a presença de mais uma guitarra no show o que deixou seu Ronei bem mais à vontade no palco e realmente transmitindo a empolgação que é o show dos Ladrões. Pedrão, Edinho e Sérgio, além de Ronei e do "novo" guitarrista, que também é o guitarra e vocal da SubAqüático, são uns dos grandes heróis do nosso cada vez mais sólido rock baiano.
Agora é esperar a quarta-feira e eu tenho certeza que Bruninho Pizza, Nancy e seus comparsas invisíveis, porém bastante audíveis façam memoráveis apresentações.
Espero conseguir estar lá.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Saudade sem nº

Às vezes o tempo
age mal com as pessoas 
Ele nos deixa assim,  
De longe Olhando
o passado através das fotos
Através do pensamento 
O tempo não pára 
Mas nós queríamos
fazê-lo parar 
Em vários momentos 
A gente não pode voltar 
Mas ainda podemos ir em frente 
A saudade? 
Essa morre fácil! 
Num sorriso
que se vê de longe 
Ou num apertado abraço

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O rock de batom

Sexta-feira pra mim tem se tornado um tormento imensurável. Tudo porque inventaram que eu, com 34,5 invernos, tenho que acordar sábado pela manhã pra assistir aula. Eu, comedor de água de responsa, baladeiro full time, que odeio ervilha e programas de tv de sexta à noite, tenho que acordar 6 e pouca da manhã, pra poder estar numa sala de aula às 8 e pouca de um sábado???
Claro que eu não sou nenhum imbecil de ficar trancado em casa toda sexta-feira, por isso em algumas e já saio de casa com todo o material que eu vou precisar durante e, principalmente após a aula do sábadão.
Na semana retrasada rolou uma dessas e, como profissional que sou, varei a sexta, mas esqueci do material, aí lá pelas 6 e pouca e fui pra casa, tomei meu banho, fiz meu “desbebum”, e vazei pra aula. 
Nem dormi na sala e depois da aula fui pro boteco com uns colegas. Colegas covardes, que foram cedo pra casa e me largaram à toa às 14 horas. 
Com o virote, e as cervejas de depois, eu acabara esquecendo da coisa mais importante da semana à qual eu esperava ansiosamente há meses, mas graças a meus colegas covardes me lembrei a tempo de ir. Era o um show produzido por grandes amigos que ralam há anos nesse rock de Salvador(ACCR-BA) no qual ia tocar a banda que eu virei padrinho(PREAZ) depois que as meninas me ajudaram a acabar uma garrafa de conhaque. 
Cheguei no evento cedo demais, coisa completamente fora do normal pra mim, que sempre sai de casa depois que a maioria dos eventos já começou.. Encontrei as meninas da Preaz, logo na entrada e pude matar a saudade de meses com alguns abraços bastante apertados e vários goles de cerveja. 
Tinha uma outra banda passando o som o palco, a Endometriose (Feira de Santana-BA), que acabou até animando bastante a nós mortais. Depois veio as Preaz que subiram ao palco quando eu já estava bastante “legal” e tive que ficar colado ao palco admirando as monstrinhas que eu havia ajudado a criar (graças a Jah). Rolaram uns pepinos com a caixa da bateria, um certo nervosismo das meninas, mas o show foi muito bom pra mim. Senti um orgulho da porra! A banda mudou de vocalista, coisa que eu só fui saber, e conhecer, nesse dia, e a nova vocal não vacilou em mostrar sua personalidade e, mesmo meio insegura, se impôs que nem gente grande. Karen, Taís, Juli, Márcia e Giselda botaram pra fuder!
Depois disso eu já estava meio louco, mas pude ver o show meio chatinho pra caralho da tal Vanessa Pondé, que faz um popzinho bem churumela, mas tem uma boa voz e toca bem violão, além de estar acompanhada de bons músicos, e o empolgante show da Endometriose. Mas o que foi realmente formidável foi a presença iluminada e o som mais que “aconchegante” da Matiz. 
A gracinha da Mari Diniz e seus comprasas fizeram um show curto, porém matador. Pude matar a saudade de seus hits e ainda tomar umas com Léo Abreu(baterista e comedor de água profissional).
Saí de lá e fui a uma festa de formatura de uma amiga, onde encontrei uma outra amiga que eu não via há 16 anos e acabei dormindo na mesa, mas essa é uma história pra outro dia.
Pena que eu não pude ir no segundo dia do evento, mas espero que nunca faltem pessoas que acreditem no rock independente e, principalmente, nas mulheres fazendo esse rock, pois ao longo de minha estrada do rock eu já ouvi diversas opiniões preconceituosas contra mulheres no rock. Eu sou meio suspeito pra falar, mas verdade seja dita: sem mulher o rock perde todo o sentido.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Seis de outubro

Desde pequeno eu achava que morreria no dia de hoje 6 de outubro, por isso sempre que se aproximava da data eu ficava meio agoniado e começava a fazer besteiras. Na adolescência isso ficou bastante pior, porque os hormônios me levavam praticamente à loucura e a depressão bateu pela primeira vez de forma que eu conseguisse entender do que se tratava.
Hoje, com 35 anos fico imaginando o que se passava pela minha cabeça esse tempo todo, mas considero hoje um excelente dia para morrer.

Se chegue

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