terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Blogger life 006

É normal plagiar a si mesmo? É considerado plágio uma cópia da própria obra? Não, né? Acho que poderia se chamar "variações sobre um mesmo tema".
Humberto Gessinger estava certo quando incluiu a perfeita simetria no cd de "O Papa é Pop", no vinil não tinha. Pode parecer sacanagem, mas os caras só querem, desde sempre, vender: LP+CD=+$$$. Que se foda! Ninguém acusou ele de plágio de si próprio., talvez seja apenas eu que fique noiado com isso. 
Uma vez, isso tem uns 4 anos, eu abri o editor de textos e comecei a escrever uma baboseira que havia me perturbado a mente por vários dias, esgotei minha gramática num ensaio literário e quando fui salvar descobri que já havia escrito um outro texto com o título parecido(não que o título importe). Salvei-o com outro nome e fui ver sobre o que se tratava o dito cujo. Para a minha surpresa havia um parágrafo inteiro, palavra por palavra idêntico ao texto que eu acabara de escrever. (Acho que já citei isso em alguma postagem e devo ter colocado também qual foi o texto, mas isso não importa agora.) O que eu quero saber é se isso é plágio ou é normal?
De repente todas as coisas que eu penso são apenas imitações...

Beijos pra torcida

O futebol é uma das coisas que nos liberta de comportamentos triviais e expõe características, diferentes, ou não do comum, que ficam bastante marcadas. Como a minha capacidade de proferir palavras de baixo calão.
Assistindo a um jogo, eu normalmente dou um palavrão a cada 30 segundos. Tenho diminuído bastante, é verdade, a minha vontade de xingar, mas algumas partidas são irritantes demais e alguns jogadores, tipo esses que fingem faltas, simulam contusões para que outro jogador seja punido, me dão nos nervos. Não, para mim isso não é futebol e também não considero um comportamento adequado para uma pessoa que está sendo observada por milhões de expectadores de todas as idades, o que inclui as crianças que aprenderão a usar da malandragem. (Não acredito aprendam qualquer coisa no futebol na tv ou não, mas isso não vem ao caso.) O que é condenável deve ser condenado, não importa a notoriedade do imbecil, audiência do esporte, visibilidade da situação.
Ainda tenho uma certa incredulidade de que um jogo possa mexer tanto com a subconsciência. Deve haver em algum lugar um estudo sobre isso, certamente, a mim compete apenas o estudo sobre a minha irritação durante uma partida do meu time ou da seleção brasileira.
Fico altamente irritado, não importa o placar do jogo, nem para que lado é, quando um jogador age como um marginal. "Futebol é coisa de homem, Thilindão! Isso é do jogo mesmo." Acreditem no que quiserem, mas eu acho que jogador PROFISSIONAL de futebol tem que ter um comportamento digno. Eu quero ver a porra do espetáculo futebolístico, se quisesse ver cena ia ao teatro. Qualquer profissional deve se dar ao respeito e se atitude de homem é se portar como idiota apenas para levar alguma vantagem, isso não é mesmo da minha conta.
Imagine chegar ao topo do mundo sem ter a noção do significado. Ser o melhor em qualquer coisa é magnífico, mas ser um pouco melhor do que ontem já torna alguém grande. Não precisa humilhar os "adversários", nem fazer com que sejam punidos por questões que não tem nada a ver com o assunto. A dignidade para uns não importa, pois ela tem um valor moral menor e menos importante que seu valor financeiro. Triste.
Chegaremos, acredito, num ponto onde teremos mais controle sobre nós mesmos e não nos deixaremos seduzir por quaisquer maiores encantos que não aqueles que nos são caros e louváveis. Qualquer criança aprende a mentir e a se arrepender de seus atos, não acredito que adultos "sociáveis" ajam como se fossem ignorantes. Até quando teremos que tolerar esse tipo de comportamento? Eu não tolero mais faz tempo, por isso que xingo tanto, mas são apenas palavras e mais palavras, sujas, mas palavras.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Blogger life 005

Iiiixe! Carnaval eu fui me parar em Itacaré. Pense aí! Tava na pilha de ir, mas já tinha desistido por ter emprestado minha barraca e por estar com pouca grana(pra variar). Do nada, na sexta-feira um brother liga dizendo que tá descendo sozinho e que me faria até um vale pra eu descer com ele. (fazer o que, né? Eu nem queria passar o carnaval longe dessa cidade...)
Chegamos lá de madrugada, madrugada de sábado de carnaval, e chovia, e choveu todos os dias. O pedaço de praia que eu "virei dono" vai da praia de Resende até uma prainha que eu descobri depois da Ribeira, deserta e esplêndida. Uma pena que não pude ver o sol nascer em de seu berço de ouro babilônico, mas o pouco tempo que ele pôde brilhar foi como se ele nunca tivesse saído dali(na verdade nem fez tanta falta). O que eu senti falta mesmo foi de minha câmera, mas sem sol...
Pelo menos deu pra tocar violão, escrever, compor, azarar as gracinhas, fazer trilha, tomar banho de rio, de cachoeira, de mar, de ar... deu pra sentir saudade de gente que eu nem gosto mais, se o tempo voltasse mandaria todas à merda. Hoje eu preciso de cada vez menos coisas efêmeras e apesar de a efemeridade adorar a praia lá você pode se governar e dizer não, ou simplesmente se manter longe. Liberdade, é o que todo povo precisa.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Blogger life 004


Às vezes é bom não ter o que fazer: não ter emprego, filhos, namorada, às vezes eu posso mesmo crer que essas coisas são ilusões que criamos a fim de suportar a própria condição de incapacidade; não sei, ninguém sabe, talvez a psiquiatria, talvez a “enteogenia”..., a mera possibilidade é o sonho dos sucessivos dias de labuta ou da incessante falta do que fazer. Não ter mais do que o ócio é para mim um mistério. Eu tento, o máximo que eu consegui foi dormir na poltrona, mas ainda disponho de bastante tempo, não posso negar. Nessas horas tudo que eu penso é em pegar Marieta e “partir a mil”. Vou esperar o que?

Ontem fui no hospital do subúrbio novamente. Tinha umas máquinas trabalhando... (que máquinas o quê?) Tinham uns caras lá na sentados à sombra e uma retroescavadeira em ação na parte detrás do hospital, acho que vão diminuir a altura do barranco pra melhorar a circulação de ar. (só um palpite). Invadi a mata do Cobre e fui bater lá no rio onde estivera com uns amigos há 2 anos e pouco. Tinha uns guris se refestelando na água que estava incrivelmente clara, torrente e sem cheiro. Também observei que o nível d'água estava ótimo para essa época do ano. Que continue assim. Queria era ser guri de novo e me jogar, mas era muito raso pra um gigante como eu. (Nossa! Como tamanho faz uma grande diferença às vezes!!!)Fiquei por ali, dei uma caminhada (ligado em Marieta), tirei umas fotos e subi.
Anteonte pedalei com uma galera sentido São Tomé/Moinho Aratu. “Que louco a gente lá em cima da ruína desgraçada que estava quase se desfazendo só com o vento. Era muito alto!” isso foi na antiga fábrica de cimento, hoje abandonada na estrada Tubarão/São tomé, de lá fomos no Moinho. Eu insisto em ir no moinho porque é uma estrada de asfalto impecável cortando uns 4 km de mata alta. Vale a pena. Voltamos pra São Tomé pra um banho de mar revigorante e de volta a Pericity.


Antigamente eu não fazia ideia de como eu seria a 30 anos,
hoje eu sei.
Tem gente que me conheceu ontem
e acha que sabe tudo de mim,
hoje sabem menos,
mas é assim mesmo
tudo o que é falso perde a cor
é mais ou menos é mais
mas o que é bom
também fica meio opaco
se não tiver um olho muito veaco.
a minha vida não desbota,
Eu me conheço todo dia
e ainda não sei
quem é esse cara que sou eu?

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Cancele o verão!

Segundo os Maias esse será o último verão como nós conhecemos. O próximo solstício veranico decretará o fim, mas "somos baianos e não desistimos nunca": quem é que vai perder para previsão Maia, man? Pra acabar de vez com a fama de preguiçosos do nosso povo a PMBA resolveu numa jogada de mestre decretar o fim de uma era cancelando o verão baiano e iniciando uma nova modalidade de terrorismo: "o terror sem olhos", onde ninguém precisa se preocupar com o que faz porque não há quem lhe diga o que é certo ou errado e o cidadão só precisa agir de acordo à própria consciência e como bons brasileiros somos ladrões, assassinos, estupradores e desleais. Ninguém vai lhe recriminar por isso.
Infelizmente para esses "teóricos do terror" o nosso povo não é tão assim... somos corruptos, certo, mas somos humanos e temos muito amor pela vida pra cairmos nesse golpe. Vamos às praias, nosso parque de diversões gigante, passeamos por nossos bairros, visitamos nossos amigos e familiares que temem as notícias da TV. 
Ninguém se torna bandido da noite pro dia. Vemos sem muito espanto pessoas falando que policiais estavam sequestrando ônibus e saqueando lojas, além da imensa leva de queimas-de-arquivo e nada disso é tão assustador quanto o medo de que seu vizinho, seu colega de trabalho, seu amigo, de repente resolva aderir ao movimento terrorista por sentir que o movimento que culminará no fim do mundo, mas eu sei que esse medo não tem fundamento, conheço meu povo, somos muito bons pra isso, bons pra caralho, e não vai ser um bando de filadaputa de farda que vai mudar isso. Cancele o verão, cancele o twitter, cancele os campeonatos de futebol, cancelem nossa história. Isso eu gostaria de ver sendo tentado.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Blogger life 003

Eu já falei que só tenho amigo maluco? Acho que já,mas não sei se isso é mesmo verdade, acho que o maluco sou eu, acho que já falei isso também e devo ter feito a mesma análise do mesmo jeito. Esquece. Um brother ontem veio me perguntar porque é que eu não tirava proveito de minha famosidade: "Você toca no Honkers..." Não sei de onde essa galera tira essas idéias, acho que é porque eu falo com todo mundo na rua que nego acha que a banda é famosona e todo mundo que fala comigo a conhece, mas o mais incrível é que realmente tem pessoas que só acreditam que eu toco porque viram uma foto no jornal e só falam comigo perguntando pela banda sem nunca mesmo nos ter visto em ação. A vida honker já foi melhor, confesso, mas nunca foi pré-requisito pra se dar bem em coisa alguma, nem com garotas, nem com eventos, nem em briga de bar. Acho que nossa fama precedente é mais forte. Somos uns "loseres".
Semana passada estávamos de lords em Praia do Forte no evento da Ray-ban. Achei que ia ganhar uma lupa decente, mas não rolou não. Só me emprestaram uma pra tocar porque não queriam fotos com meu óculos de 10 conto. (hehe tô brincando) Num passeio pela vila achei um cartaz que me buliu todo: "Precisa-se de baixista para banda de pagode. Com instrumento." Uau! Era o emprego dos meus sonhos: Tocar pagode e viver na praia. Esse negócio de rock e de cidade tá por fora.
Agora os "pulícia" resolvem fazer greve. Em 2001 foi lindo. Ia pro ensaio, voltava, nem um pé de polícia. Se podia fumar maconha na porta das delegacias, das igrejas, das escolas... escolas não. Mas o clima de tensão que era mostrado na TV era ben diferente do que eu estava vivendo, mas eu não duvidava de nada daquilo. Essa nova greve tem as mesmas coisas: policiais resolvendo suas pendências e passando fogo nos arquivos, criando terror nos bairros, provocando o caos nos transportes, a podridão que nós conhecemos. A TV nos mostra que o nosso povo é um bando de ladrões e poucos jornalistas tem a decência de se referir a isso como um problema. Para todo mundo isso é muito natural. "É o jeitinho brasileiro."
Eu não tive medo de sair de casa em 2001, saía de busú, mas hoje por 3 vezes eu já desisti de sair por pensar merda do nosso povo. Saio de bike, tenho medo de levar uma cacetada da sensação de impunidade. Que vidinha miserável essa de quem pensa que a polícia, os políticos, os criminosos e os milionários tem o direito de gozar do melhor enquanto o resto do povo deve se matar para chegar ao nível superior. A superioridade está em ser mais forte, mais rico e mais corrupto. 
Eu ainda preciso pedalar 40 km para comprar um papel. Não sei como farei, quando farei, mas farei. Que Deus tenha piedade de minha alma e a loja esteja aberta!

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O papel

- Dilma, Cadê o papel?
- Que papel, menino?
- O que o Eduardo lhe deu pra você me dar.
- Mas Duda não me deu papel nenhum!
- Então me dê sem papel mesmo.

(Bricadeiras escolares, 1993, Nazaré)

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Facebook X Google e o pente para 800 (955) milhões de carecas

Ninguém pensa que as patentes são a única causa da guerra entre as duas ou três grandes potências da infomedia da atualidade. Não estou falando de os "bons e os maus", ou a guerra entre gatos e ratos, que tem se tornado o congresso norte-americano e o grupo entitulado "Anonimous". Esse filme já passou na TV. O Brasil infelizmente ainda sofre com sanções a conteúdos postados lá na putaquepariu, porque nosso governo concorda que algo nesse mundo deve ser proibido porque o Tio Sam, aquele pedófilo, bêbado assassino de índios e ladrão, quer.
Em meio à essa besteirada do "controle de conteúdo" países como a China defendem a censura à internet e sem maiores dificuldades. Cybercrimes leves como "spams" são solucionados de maneira assustadoramente eficazes, com a prisão de alguns espalhadores de boatos e visitantes de sites proibidos. Se por um lado os internautas contam com um primoroso sistema gratuito de segurança, o governo se protege das "armadilhas ocidentais", ou capitalistas se preferir chamar assim. A Grécia, a Turquia, o Egito, a Líbia e quase todos os países da região de colisão cultural extrema, países banhados pelo mar mediterrâneo, que por sua vez separa a europa da áfrica, 1º x 3º mundo, católicos x muçulmanos, enfrentam, ou enfrentaram recentemente, crises que mudaram suas histórias. Essas revoluções se deram, segundo nos fazem crer, graças a um clique, ou a uma ligação via celular, quem sabe até mesmo por um vídeo enviado via 3g.
O facebook hoje detém os dados de milhões de pessoas: seus amigos, seus familiares, seus empregos, os lugares que visitou, as compras que fez. Seu perfil vale muito para muitos além de seus contatos. A google por suas vez tenta obter esses dados e colocá-los num lugar "seguro" para a google inc. que com sua nova política de privacidade se livra ainda mais de responsabilidade por qualquer "spamer" e pelo conteúdo de quem quer que seja, além de deter o poder sobre milhões de perfis que valem alguns bilhões de dinheiros. Normal correr atrás de riqueza, o problema é que no Brasil a corrupção tem poderes mágicos bem diversos dos lendários monges chineses que obtiveram seu poder com anos de educação e meditação. 
Somos (brasileiros) uma nação de apenas 500 anos, teremos algum poder contra uma filosofia milenar e um avanço tecnológico de algumas "décadas de milhões de dólares" mais avançada? Seguramente somos o povo mais corrupto do planeta. (Talvez eu esteja exagerando, apenas os cariocas seriam o povo mais corrupto do planeta por estarem próximos à "TV" e à CBF. Acho que desviei do meu assunto...)
A vida nos ensina muito, mas a grande maioria ainda está fora da matrix. Nasceram numa época em que até mesmo "o cão só é o melhor amigo do homem porque não conhece o dinheiro" como me disse o pai de um amigo certa vez (Jaiminho, pai de Ibsen e Ingrid). Somos muito ingênuos em acreditar que existe alguém preocupado com a nossa privacidade ou a segurança de nossos dados. Todos querem apenas colocar a mão no seu bolso ficam guerreando entre si ininterruptamente. Google, Microsoft, Facebook, Twitter, motorola, hp, nokia, sony de um lado e o imperador Chinês com todo um potencial multi-milionário de mercado e suas fábricas de trabalho escravo ou mão de obra super-barata num país com seu bilhão e meio de habitantes de cultura completamente adversa ao interesse das megacoorporações. É como se estivessem esperando crianças da noite para o dia terem idade para beber, tirar carta de motorista, ou votar. Isso seria uma puta injeção em qualquer economia, hein?!
A informação e a informática estão para a revolução, assim como o petróleo está para o desenvolvimento mundial. Cessada a ocupação militar no oriente médio o "capital" irá buscar outro parque para testar suas armas e seus soldados robotizados. Conflitos em Timor-leste, Cisjordânia, Faixa de Gaza, aparentemente não tem nada a ver com minha vida no subúrbio de Salvador, mas quando os caras começam a falar que eu devo ir num cinema caro, a 20 km de minha casa, pra ver um filme que eu posso baixar e ver quando eu bem entender, penso que isso é uma forma de arbitrar o livre-arbítrio.
Muita gente hoje não consegue viver sem a informática. Mesmo que alguns digam que podem, na cidade é impossível e no interior a vida se torna entediante. Vida moderna, mundo moderno, pessoas modernas. Enquanto os gigantes brigam por nossos cliques, os caipiras andam de motocicleta, as crianças brincam de fazendinha virtual, os casais se traem no ciber-namoro e ninguém se liga em coisa alguma.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Blogger life 002

"O que me entristece não é o fato de não ter sido agraciado com a benção do amor daquela garota no passado. O que é foda, muito foda, é ver que hoje além de ter perdido toda a sua jovialidade e graça, também se tornara uma completa imbecil." Esse pensamento já me ocorreu algumas vezes e eu sei o quanto é mau e quão cretino é. Mas eu me lembrei quando me deparei com uma garota de seus 16 anos com um filho no braço e outro, parece, a  caminho. Lembro-me de tê-la visto algumas vezes no Beco da Baiúca e no Iguatemi (ambos em Pericity) com seus micro-shortes semi-cobrindo sua farta polpa.
Tudo se torna belo quando estamos bem. Uma criança cantarolando as ordens de sua mãe enquanto corre alegremente em direção à uma venda. Quase não sabe falar direito, mas já sabe fazer música. Criança da faleva, descalça, imunda e só de "caçola" e seus 80 centímetros de altura. Alguns animais poderiam devorá-la. Ponto para a vida urbana. As crianças são nosso maior tesouro. (Não. Não quero ser pai ainda.)
Tem sempre alguém me acusando de dar em cima de alguém que não devia, uma amiga, uma ex de alguém, uma anta, um cara... um cara, man? Pire aí! O maluquinho chegou no bar e perguntou: "você pega mulher também?" Como assim, man?! Enfim... um dia desses eu vou duvidar de minha preferência... eu sou meio homem das cavernas, pra mim homossexualismo é pura viadagem, mas se forem duas amigas eu tô dentro. Acho que isso é compreensível, né? (Tô sendo politicamente correto?) Tenho uns amigos muito aviadados e uns até baitolas mesmo, mas amigo é amigo, amiga é amiga e amor é amor.
Acho que hoje vou bater um pedal sozinho. Preciso de um silêncio que nenhum quarto fechado pode criar, quando o mundo está alheio a sua presença e flui, e você pode ver, e sentir, e escutar o nada e isso é tudo. É bom ter um parceiro, é melhor ter uma parceira, mas ficar só também tem seu valor.
O carnaval vem aí e eu não queria sair, mas é impossível ficar nessa cidade. Não, vai que até é possível e pode ser divertido, mas não, eu não quero ver, ouvir, saber, respirar nada relacionado ao carnaval, ou à música ou a coisa alguma. Quero apenas a paz de todos os dias. Aquela de lugar nenhum.

Maltrate-me, por favor!

Parece que isso está estampado em minha cara: "sou um escroto, me sacaneie!", porque desde que eu me entendo por gente tudo o que eu recebo gratuitamente é desconfiança. Parece até brincadeira, é brincadeira? Eu já não saio como antes, não vou mais tanto ao rock há um ano e mesmo em Gerônimo que eu ia toda terça deixei de ir por causa dos pedais e por algum mistério que nem eu sei. O que eu sei é que sempre me apresentam a alguém que me diz que já me conhece de algum lugar (mas nunca falou comigo). Tem gente que me preza nesse meio, mas o que mais encontro é alguém me tirando.
Eu não faço idéia da imagem que os que me conhecem de vista tem de mim, mas eu não me importo muito a não ser quando isso me importuna. Tem mulheres que olham e a gente pensa que é "mole" mas depois toma um "batê" e fica no ar; tem uns caras que ficam nos encarando, mas nessa cidade gay pra caralho eu não quero nem saber, aí nego acha que eu sou tirado. (Ah vá se fuder!) É uma vida insana. Quando eu consigo travar conhecimento com alguém novo vira e mexe penso que era melhor ter ficado em casa. A culpa é minha pelas decepções, eu não preservo minha imagem e me relaciono com todo tipo de gente. Sempre. Eu odeio pessoas, mas amo gente. Infelizmente não dá mais pra ser assim.
Já teve gente me acusando de coisa que eu tenho até medo de pensar, por brincadeira, por maldade, por demência... Eu nem me defendo porque muitas vezes é uma coisa tão imbecil que não merece minha atenção, mas isso cria um certo mito e muita desconfiança em quem não me conhece.
Tudo o que eu tenho a dizer a esses que me encontram por aí é que eu sou duro, mas também me quebro, sinto dor como qualquer um, me magôo, acredite. Reclamo de tudo o que eu não acho coerente, mas não sou santo nem demônio, acredite também. Não peço simpatia, mas não quero ser visto como inimigo de quem quer que seja. Não tenho inimigos conhecidos e minha lista de amigos ainda cresce, graças a Jah!

Se chegue

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