quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Agora e sempre haverá um otário como eu

A gente vai se estressando com o mundo como se fizesse alguma diferença a nossa revolta. As coisas sempre pioram. O que a gente tem que levar em conta mesmo, já disse isso outro dia, são as coisas que valeram a pena.
Sempre vai haver um sacana querendo seu lugar na fila seja pra se casar, seja pra se separar, seja pra pagar uma conta, seja pra receber um prêmio. O que não falta no mundo é gente querendo seu lugar, por mais que você se sinta o pior dos vira-latas sempre tem um querendo sacanear.
O que esperar para o futuro? Esperar que as pessoas melhorem? Esperar que o mundo melhore? Nada disso! Esperar continuar tendo esperança já é uma grande coisa que podemos estar vivendo. MAs esperar não muda o que muda é mudar. A música não vai mudar, a televisão não vai mudar, os aproveitadores e maus não vão mudar, então tentemos mudar apenas nossa aceitação da realidade. Você faz parte do undo então procure a melhor parte do mudo que você quer. O mundo é cheio de escrotos, mas não quer dizer que você tenha que ser o sacaneado sempre. As mudanças podem ser lentas, mas elas acontecem rápido. Observe as formigas.

Feliz 2016!


quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Eu amo essa garota

Podem falar o que quiser os conservadores, mas a vida é bem melhor aproveitada com gente querida e cerveja. Admiro a vida dos que não bebem, mas eu já vivi sem beber e posso lhe garantir que em um ano inteiro que passei sem álcool perdi 365 dias. Não existe momento mais formidável do que aquele a que dedicamos a encontrar um amigo para uma gelada.
Tem gente que a gente encontra às vezes tão rapidamente que mal podemos trocar uma palavra ou duas e aí fica com a sensação de que aquele encontro ficou incompleto. É preciso dedicar dias inteiros a alguns amigos de tanto tempo que a gente fica sem se ver. A vida corre e a gente tem que acompanhar. Em minha vida distante às vezes eu tenho que me virar pra conseguir beber uma gelada com certos amigos, mas qualquer sacrifício vale a pena pra se ter um momento de paz nesse mundo cada vez mais hostil. O que guardamos de boas lembranças são toda a fortuna que a gente vai levar pro caixão e nas minhas boas lembranças a cerveja ta sempre gelada.
Um brinde, um pouco de Amy Winehouse uma fungada no cangote dessa menina que eu amo tanto e que eu vejo tão pouco já tornava a noite de ontem formidável, mas depois daí ainda encontrei um monte de amigos raros e de gracinhas também que fazia tempo que eu não chegava em casa de manhã tão leve. 
O amor é a nossa única fortaleza!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

19 corações

Se eu tivesse 10 corações
eu amaria 10 vezes
A mesma garota
que eu só pude ver uma vez
Fosse dormindo em pé
no busu
Fosse andando depressa
na rua
Eu amaria dez vezes
com o mesmo amor
Se eu tivesse 10 corações eu amaria 10 vezes
A mesma garota
que me negou dez vezes
Com a mesma cantada
que sempre funciona nas outras 9
Mas não tenho 10 corações
Nem mesmo 10 garotas pra amar

Talvez se eu tivesse 10, 100, 1000 corações
Eu amaria diferente todo dia
A mesma garota
Com o mesmo amor que acabou de nascer
E de novo
Outra vez
Amaria tanto que me acabaria
Mas outro coração me chamaria
pra ir amar novamente
Com a mesma algazarra e euforia
Eu amaria a mesma garota
Novamente
Mas eu não tenho mil corações
Tenho um somente
Que me chama todo dia para amar uma garota diferente

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Contrariedades

Algumas tardes são frias, vazias e quando você se dá conta a noite já avança em alta velocidade pela penumbra fugaz. Montei em minha bicicleta e de repente tudo era luta pelo espaço. Eu saí pra comprar pão e torcia apenas para que a conta desse menos de os cinco reais e as moedas que eu carregava no bolso de minha bermuda que já faz 5 dias que não me deixa. Tudo é culpa das crises: econômica, crise fiscal, crise política, crise da meia idade, crise de identidade, crise... é tudo o que se consegue captar num universo tão diverso de problemas.
Nosso país não está em guerra apesar da tentativa de golpe, da morte de um candidato a presidente, da corrupção escancarada, temos coisas menores pra nos preocupar do que uma guerra. Vivemos em uma terra abençoada por não haver terremotos, vulcões ou furacões e apesar do el niño os danos causados pela natureza ainda são nada comparado aos que nós próprios causamos jogando "apenas um lixo" pela janela. E somos pegos no engarrafamento do excesso de vendas de carros ou no péssimo planejamento urbano que junto com a má educação dos condutores cria um caos enlouquecedor. E pra onde iremos? Como resolver esses problemas?
O pão que eu queria só tinha um então eu peguei esse pão solitário e mais o que eu costumava comprar e não é que a conta foi menor ainda que o de costume? 1 real a menos do que eu pago todo dia levando um pão a mais. Perguntei no caixa se era promoção, mas ele nem me ouviu. Vim para casa encabulado com o pão e nem pensei mais em meus outros problemas mais comuns. Afinal, o cara errou na balança? O pão estava mais leve? Ou eu participei de alguma pegadinha? Só sei que nada sei. Ficou foi provado que nem sempre as contrariedades são pra nos aborrecer, elas às vezes nos livram de mais aborrecimentos.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Já fui

Já fui,
já vim
e já fui.
Estava eu
meio lá, meio cá?
Mas lá estive
Mas cá voltei
Quando lá estarei?
Quando aqui voltarei?
Já vim,
já fui
e já vim.
Já fui,
já vim,
já fui.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Por um dia menos ordinário

Logo às 8 da manhã, hora do café, uma notícia de morte. Estava em casa e pensei em dar uma volta com Conhaque para dar uma espairecida. É tanta gente querida que já morreu e vai continuar morrendo... aí o telefone me chamou para um pedal com os Jurássicos de Bike e eu saí para aproveitar o sol pensando na fragilidade da vida.
Mas nem achei os companheiros do pedal. Já tinham se saído quando cheguei no lugar marcado. Fiquei frustrado, mas aí resolvi dar uma volta sozinho mesmo e depois voltar pra casa.  Fui "salvo" em São Tomé por duas almas caridosas que me ofereceram uns minutos de relaxamento quântico, mas na volta o pneu da bike furou e eu não havia levado a bomba pra encher pneu, apesar de sempre carregar todo o kit de reparos além de uma câmera reserva. Eu não imaginava não encontrar nenhuma borracharia por quase 2 quilômetros na estrada da Base, mas a vida é assim.
Achei um posto de gasolina que também não tinha calibrador e fui beber uma cerveja, já que sou filho de deus. O garçom ficou me olhando desconfiado e quase que não me vende. Liguei pra um sacana me resgatar, mas logo quando ele tava saindo de casa tomou uma multa e só foi chegar mais de uma hora depois (dava pra eu ter ido a pé, mas amizade...). Ainda bem que tinha antártica e tinham outras pessoas para atender nesse bar de posto além do garçom desconfiado/escroto.
Enquanto esperava e bebia minha gelada troquei a câmera que só fui encher em casa. Meu amigo chegou e bebemos mais umas antes de ele me levar pra casa contando meio mundo de histórias além da multa outras fantasiosas e bizarras que me relaxaram um pouco mais até chegar quase bêbado em casa.
Enchi o pneu e voltei pra Paripe para encontrar os Jurássicos, com quem eu teria ido pedalar de manhã. Mais cerveja, um peixinho frito, muita risada e lá vamos nós de volta pra Periperi, só que com uma puta dor de cabeça que não me abandonou. até eu desmaiar em meu colchão acordando altas horas da noite. Sabe um desses dias pra esquecer?
Não me detive. Tomei banho, coloquei uma roupa e parti pra noite suburbana cheio de sede e ódio por ter tido um dia tão mal aproveitado. Cheguei na praça e o mesmo inferno de todo fim de semana com as "danadas" quebrando tudo no caos de carros com som alto e gente louca de todo lado  até que a polícia chegou botando ordem. Tomei umas latinha no isopor de meu amigo Xiquinho, conversamos um pouco sobre nosso time que havia perdido e ficamos ali observando a ordem ser estabelecida pelos hômi.
Voltei pra casa e fui buscar um pouco de alegria no passeio noturno com meu cão que sempre está disposto a me deixar mais alegre. Se eu tivesse saído com ele de manhã, talvez o dia não tivesse sido assim todo errado, mas quer saber? É maravilhoso poder contar com um amigo que não está nem aí pra horários e histórias bizarras de dias horríveis. Andamos pelas ruas semi-desertas de Periperi por umas duas horas, Conhaque procurando conversa com os cães da rua e eu conversando com Toinho, e depois voltamos para casa como se nosso dia tivesse sido esplêndido.

domingo, 8 de novembro de 2015

Sua fadiga é de quê?

Sabe aquele cansaço que você não imagina de onde vem?
Eu sei.
Sei só do cansaço
Nem imaginação eu quero
Pra o início nem paradeiro dele
Já sei que existe
Exílio?
Repouso?
Teremos muito disso após a morte
Será que haverá cansaço?
Se ele não vem daqui nem dali
Deve vir de lá
Pelo menos na imaginação
E imaginar também cansa
E eu sei que tô cansado pra caralho

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Andar de bike, man. Sem frescura! (II)

Olhe por onde anda! e Veja bem! É preciso estar em dia com a visão, pois um "tropeço" o levará a morte certa. A bicicleta não te dá uma armadura. Ela é frágil e também precisa ser protegida contra choques, e encontrões, e apertões e demais tipos de colisões involuntárias ou não. Entenda que o trânsito urbano numa bicicleta é como um passeio a pé com sua amada num grande centro de beleza, moda,  acessórios femininos (claro que não todas as mulheres, sem machismo!, mas me deixe só cá.). A qualquer momento você pode ser parado porque olhou para o lado, ou porque alguém estava olhando pra vitrine e não lhe viu, ou porque tem gente demais em espaço de menos, ou porque simplesmente alguém reconhece a gostosa ao seu lado e tenta "empurrar" alguma coisa em vocês dois. O trânsito de bike pela cidade assim como no shopping center é traiçoeiro. A atenção e o cuidado na maioria das vezes pode salvar a sua pele, mas em outras, nem adianta.
Não espero que se esconda do tráfego de veículos. Você, ciclista, faz parte dele e precisa ser NOTADO para que possa também ser REPEITADO e o seu espaço. O motorista de modo geral não espera por não motorizados indecisos. Na cabeça de grande parte dos transeuntes um carro em movimento não deve ser importunado, mas apesar de não ser verdade isso exige uma certa lei da sobrevivência ignorada que diz que: o maior protege o menor; o mais forte protege o mais fraco; respeito à vida; respeito às leis de trânsito e essas coisas que não existem a maior parte do tempo. Bom senso é algo incomum então tente preservar o seu.
Dia desses estava pedalando aqui pela suburbana e um motoqueiro buzinou lá do outro lado com muita insistência. Pensei que podia ser para falar comigo, mas eu estava em alta velocidade, numa descendente, sendo seguido por vários outros veículos mais pesados que eu; precisava olhar à minha frente; ao meu lado; para baixo... não ia olhar para longe de meu futuro imediato e ainda tentar reconhecer um rosto provavelmente sob um capacete e esboçar um aceno, uma resposta... foda-se! Não olhei e desci minha serra chegando em casa inteirinho. Na rua o cara tem que estar focado apenas em fluir, entrar no "flow", fazer o vento circundar o corpo e então chegar. É claro que dá tempo pra uma cerveja ou uma paquera, mas é melhor fora do trânsito.
Existe uma infinidade de circunstâncias onde andar de bike e biritar tem tudo a ver, mas no centro da cidade, dessa cidade que eu vivo, ou aqui no bairro mesmo, que´é muito populoso (demais), não é seguro para ninguém um ciclista pedalando embriagado. Seus reflexos, mais do que suas paqueras de estrada, podem lhe matar muito velozmente ou ainda causar estragos os quais você ia preferir estar morto. Não beba e saia pedalando ou se beber volte a pé. No máximo venha devagar pra não se causar muito estrago ou à propriedade alheia, mas evite, na moral! se você for pro trânsito de bicicleta: NÃO BEBA COMO EU!*



a dose recomendada para o consumo de bebida alcoólica, no caso cerveja, e a atividade ciclística é de um litro para cada 20km, sendo que o ciclista também deve ingerir meio litro de suco de fruta, isotônico ou água.(no mínimo um litro se não for beber cerveja)

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Da hora de verão

Os dias já estão curtos ...
Você não precisa adiantar
Nem a si,
nem os relógios
Os dias estão mais curtos
do que nunca.

Você é o mesmo;
O sol não muda;
A idade, beleza, muda.
Os dias ainda tem
as mesmas 24 horas.

Você ainda tem
os mesmos problemas
E os novos problemas
de cada dia novo

Mas se tem que resolver
Por você
O dia não vai se alongar
Talvez à noite
Faça-se maior

Você não precisa de mais sol
De Pessoas de bem
Produzindo o bem
Não sei pra quem

Perde-se um fato importante
Mas versa-se versos inanes

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Deixa disso, essa menina!

Eu nem sei o que eu digo
Se eu sou ex-amor
ou se sou ex-amigo
É melhor talvez pensar
Que agora você vai casar
O cara é um amigo nosso

Será que vou o chamar de sócio?
E você,  sai do meu pé?
Eu só sei que não consigo
Me largar de uma mulher
E como é que vou fazer?
Você só quer me foder

Mas amizade é coisa fina
Deixa disso essa menina
Que essa boca contamina
De mais coisa que imagina
Vê se aquieta essa vagina
E essa cabeça ninfomina

domingo, 1 de novembro de 2015

O rabo da raposa

Hoje eu vi uma raposa, gato do mato, não sei. Só sei que era um bicho do mato que correu ao me ver e eu só pude ver sua cauda. "Eu queria ver ele correr se Conhaque estivesse comigo." Pensei cá com meus pedais. Escapar como escapou foi uma coisa tão frustrante que queria ver até mesmo ele morto na boca de um cão. (Nossa! Quanta saudade de meu amigo!) Fosse como fosse, era um belo animal selvagem. E tão perto de casa era formidável.
Era mais um pedal matinal ordinário pela  Mata do Cobre com, minha agora única parceira, Marieta em pleno dia de São João. Pedalando, meditando, respirando e tendo idéias loucas de planos inanimáveis. E então me deparo com uma vida desconhecida, ignorada por mim até aquele momento. E completamente dispensável para a maioria dos urbanos. A redescoberta da vida selvagem na mata, mudou meu estado de espírito e melhorou meu ânimo. O rabo da raposa era aquele baseado sem gosto de sangue nem conservantes, magnífico, que me deixou quase em transe num dia qualquer.

domingo, 25 de outubro de 2015

E você só apanha

Daqui a pouco a saudade...
das risadas,
das piadas,
dos carinhos,
dos problemas, não.
Das besteira;
das neuras;
das chatices;
das maravilhas;
dos olhares;
dos sorrisos amarelos
e dos risos iluminados
bate em mim.
Sem aquela graça,
sem alvoroço,
sem ternura,
sem amor
nem amargura,
sem nenhuma emoção.
Só um tempo,
perdido,
fudido,
ido.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Nada muda tudo

O velho clichê reinante
Diz: "Tudo muda a todo instante."
Mas no meu sonho gigante
É tudo igual
E como era antes?

Você na sua
De dondoca
Eu na minha
De boboca
Cada um em sua maloca

A nova moda imperativa
Diz: "morre-se mais é em vida!"
A inconsciência coletiva
Diz que a morte é corretiva

Estou morto
Estás morta
O boboca e a dondoca
Cada um em sua loca

É tudo igual
Como era antes
E tudo muda a todo instante

domingo, 11 de outubro de 2015

sábado, 10 de outubro de 2015

Eu me entristeço sem saber por que

Minha cabeça fala coisas estranhas.
Ouço bips e ruídos que não sei
O quê me querem dizer?
Minha mão, até mesmo meu pau
Não me respondem
Me sinto ainda mais que o nor-mal-fodido
As pessoas à minha volta
Não me escutam
A parte que consegue nem me entende
O que eu digo?
E o que eu faço?
Pra chorar teriam que ser as lágrimas de um mundo
E então o que eu faço?
Um minuto de silêncio?
Mas teria que ser o silêncio do universo
(...) então começa a chover.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Fica no 5 contra um

Galera, só pra lembrar que EU NÃO USO FACEBOOK nem internet NO CELULAR Nunca usei E tenho raiva de quem usa! Só uso celular pra receber e ligar Já perdi uns Fui roubado Até de uns cara de facão Voltando do rock, Viajando com a parceira Agora mesmo alguém tá comprando um Pra dar a namorada Ou pro amigo e manda e-mail e tira self e é android e toma-lhe aplicativo e toma uma topada por que tá no celular, se em casa vêem TV Na rua as pessoas estão de cabeça baixa entretidas com suas mãos Parece até uma masturbação não sorriem pra uma criança não falam com seus vizinhos não ajudam um amigo não tentam tornar o mundo
um lugar mais agradável em vez de largar logo essa porra 
ficam só com suas mãos no cinco contra um prefiro uma bronha tradicional uma gelada depois do pedal com os amigos Um fininho no pôr do sol Em Tubarão, São Tomé, Periperi São Paulo, Amsterdã, Berlin...

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Rapunzel

Eu quero mais
Eu quero paz
Eu quero mais paz e amor
Eu quero tudo
Eu quero o bem
Eu quero tudo bem, meu bem
Eu quero ela
Eu quero a bela
Eu quero ela na janela
Quando eu passar com minha magrela
Quando eu passar com minha magrela
Quando eu passar com minha magrela
Quando eu passar com minha magrela

domingo, 30 de agosto de 2015

Aproveite bem o seu domingo

Quem gosta de rua
Ruere
Quem gosta de praia
Praiere
Quem gosta de parque
Parquere
Quem gosta de bar
Barrere
Quem gosta de maloca
Maloquere
Quem gosta de mim
Me erre!

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Só lembrando de esquecer

O esquecimento é bom
Que o que não presta vai
Às vezes basta um sorriso,
uma voz, uma olhadela
Às vezes basta uma visita,
um encontro, uma esbarrada
Às vezes só a lembrança,
Às vezes só estando só.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

"Importante é estar em sintonia com as mudanças."

...pois é preciso de muito amor pra sobreviver nesse mundo cheio de gente hostil.
Ninguém dá valor a quem guarda amor pra si, pois reverbera, propaga, emana apenas o que o mundo lhe açoita e faz acreditar que é importante estar atento aos maus. E, com todas as diferentes situações, as diferentes personalidades, todas as histórias, religiões, sociedades que nos construíram o caráter e nos transformaram, o espírito original ainda sobrevive. Há algo bom entre nós.
Às vezes a única coisa que consigo dizer é que amo alguém... e ainda tem gente que duvida. É difícil. É preciso ser louco pra duvidar que o amor é real: amar é enlouquecer; amor é a ciência da loucura. Muitos ainda se perguntam para que ele serve e alguns ainda duvidam que ele exista. Mas o amor, o essencial, está bem aí.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Quem inventou que dia tem 24 horas?

Se o dia for curto...
Culpe o sol que anda apressado demais
Culpe os relógios rápidos demais
Culpe seu namorar até tarde demais
Culpe a massa boa demais
Culpe o facebook curioso demais
Culpe o trânsito estressante demais
Culpe até o bar amistoso demais
Mas a culpa é de quem?

Se o dia for longo...
Culpe a maré que demorou na ensolarada
Culpe o que parou naquela hora marcada
Culpe a que chegou na hora errada
Culpe a melhor viagem barrunfada
Culpe a internet sempre conectada
Culpe a rapidez demente da pressa atrasada
Culpe a cerveja especialmente gelada
Mas a culpa é de quem?

Se o dia demorar a culpa é do tempo
Então deixa quieto
Deixa o dia ir tempo certo

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Tipo assim: um Zé Ku

Então estão
enfim a fim
de me pegar
Uh lá lá lá

Ter por fim
Pegar a mim?
Ou seria a minha?

Melhor que esta seja
Pessoa feminina
A fim de uma caceta
Pois se não tiver vagina
Só pode ser um Zé buceta

domingo, 16 de agosto de 2015

9's 4 a nada

É...
Parece...
que o mundo carece...
de preces.
Dê pressa!
Ou deprime
depressa
De novo
e novamente
Nov's for a nada.

domingo, 9 de agosto de 2015

A última labareda do inferno

E depois de atravessar as paredes
Enfrentar bruxarias e feras malignas
Pude chegar ali...
Mas já era quase tarde
Parecia que tava só
A mim esperando...
Pude apreciar um tanto...
Pra ficar mais na vontade
De ver descer
Mar abaixo
Labaredas incandescentes





















{Acho que o inferno tá sem governo, porque o que tem de "dissgraça caminhando no "mundo superior" não estava nos prospectus."

- Ôo..., "cambada de desgraça", se no inferno que você anda acha que é alguma espécie de semi-deus, cavalo do cão ou coisa que o valha, saiba que aqui não. Vou acabar pisando sem querer.
Some de minha frente!}

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Mentecaptabilidade

Agora pense num esquecimento.
Pensou?
Agora, pense em como eu sou um cara esquecido.
Se ligou?
Agora sim!
Aí os caras vem me dizer que eu devo obedecer as leis
Não a racionalidade
Mas eu não posso deixar de ser um animal racional
Nem com drogas alucinógenas,
Nem com juízes corruptíveis,
Eu me esqueço
Mas não de tudo

Agora pense num outro esquecimento
Pensou?
Eu já me esqueci qual era o primeiro
Mas tá tudo bem!
Eu  não tenho como esquecer que estou cercado de amor, ódio e amor e ódio
Mas não é só
Também é a sociedade
A companheira do din
Dinheiro que também se esquece
Eu me esqueço
Hoje é o que manda no homo
Mas não manda em minha racionalidade
É Raciobanalidade
O homo sapiens não pode esquecer de comer e beber
De amar e louvar, de brigar e proteger
Eu não devo, mas me esqueço
Nem sempre, nem pra sempre
Sempre serei apenas eu mesmo
Disso eu não me esqueço
Nunca!

terça-feira, 7 de julho de 2015

Não é por ser preto
Não é por ser branco
Que se deve odiar
Não é por ser rico
Não é por ser pobre
Que se deve desprezar
Não é por ser macho
Não é por ser fêmea
Que se deve explorar
Não é por ser sábio
Nem por ser ignorante
Que se deve discriminar

domingo, 5 de julho de 2015

Abstinência

Eu não posso mudar
O destino
A dor que eu causar
Doerá apenas em mim
Não me ferirá
Nem machucará
A mais ninguém
Mas dói
Mas passa
É o fim

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Se a raiva me amanhecesse

Tem dias que a bobeira
faz gente se encher
Esquece o que é reciprocidade.
Esquece até que ama
E pra que serve o amor?
Se não faltaria por nada...
se não perderia por nada...
se não deixaria passar...
umas horas de alegria se perdem.
E fica tudo tão doido:
Amor, sexo e amizade;
Saudade, urgência e intriga;
Esquece até o relógio
E pra que servem as horas?
Se o momento feliz é achado...
se o tempo feliz é parado...
Se o que fica é o prazer.
Até que, enfim, amanhece

e a gente se enche de ódio.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Assassinato em 0 grau

Sabe aquelas histórias que você daria tudo para não saber? Aquelas que mudam a forma como se encara algumas coisas porque se descobre que a verdade tem vários lados? “Não há nada que justifique tapa, mas algumas vezes é preciso bater; todos temos direito, mas às vezes tem-se de excluir.” A Cidade de Plástico é uma favela urbana a beira mar localizada no subúrbio ferroviário de Periperi em Salvador, Bahia. Algumas vezes eu fui abordado pela polícia lá dentro, encontros tão estressantes pra nós, pra eles, pros moradores, quanto perigosos, pois é uma área visada pelo tráfico e, consequentemente, da polícia. Graças a Jah não deram em nada.
Tenho amigos lá na na CDP, tenho trabalho lá, faço música lá, “perco” muito do meu tempo dedicado àquele lugar e as pessoas que vivem lá. Vi muita gente entrar no movimento sem-teto, uns sem nada outros com uma vida enorme na mudança, todos numa mudança enorme de vida. Pessoas querendo sumir, pessoas buscando uma oportunidade para aparecer. Mas de uma hora pra outra e sem aviso prévio tudo pode mudar ainda mais numa ação mal executada da polícia, ou numa discussão mal resolvida de vizinhos ou de negociantes.
No dia 12 de maio, mataram uma garota na Cidade de Plástico. Ela nem morava lá, morou em minha rua, estava só visitando uma tia. Só fui saber que era ela no dia seguinte quando lembrei de sua irmã gêmea e sua outra irmã, seus primos... senti raiva. Na ação da polícia, a favela seria cercada e quem corresse seria fuzilado lá do alto. Houve um disparo, corre-corre, vários outros disparos e então começou a confusão. Dizem que um policial saiu sendo amparado pelos colegas, dizem; que ele chorava por ter atingido uma inocente, dizem; ela já tinha fugido do tiroteio e fechava a janela da casa da tia, dizem... dizem. E eu só vi parte da confusão pela TV. Fecharam a suburbana, queriam fechar a quinta delegacia, porque não se pode entrar em favela alguma matando aleatoriamente.
No dia seguinte, o encarregado de se pronunciar em nome da PM disse na TV que o tiro que matou a garota fora dado a queima-roupa, logo, não poderia ter sido disparado pela polícia. Eles dizem qualquer coisa para se evitar a revolta, mas não deixam de causar sofrimento a quem já carrega tantos fardos. A garota não tinha nada a ver com armas ou drogas, e morreu, e isso ninguém evitou. Como ninguém evita a violência doméstica de todo dia, ou os maus-tratos com os menos favorecidos, o machismo, o preconceito de cor e de credo. E quem se pronuncia pelas vítimas?
A polícia faz seu trabalho contra o crime; a televisão, contra o silêncio dos inocentes; o povo apenas finge que vive sua própria vida mas segue sendo escrava e escravizando a si próprio com hábitos viciosos e nocivos a qualquer vida e sociedade. Ainda conheço homens que acreditam que devem espancar “suas” mulheres para que estas lhes respeitem, batem e estupram, e o mais incrível é que algumas aceitam essa condição não sei se por prazer ou por desconhecer uma outra possibilidade.
A garota morta pode ter sido queima-de-arquivo, pode ter sido bala perdida, mas se para uns é apenas mais um número de estatística, para a família e os moradores da CDP não. Pra mim que a conhecia apenas de vê-la aqui no bairro é assustador. Ela não frequentava os mesmos lugares que eu, mas tínhamos amigos em comum e assim como foi ela, a vítima, poderia ter sido qualquer um dos nossos amigos que frequentam a Cidade de Plástico. O que podemos notar é que a polícia é reflexo do povo ao qual serve, então: CHEGA DE VIOLÊNCIA!

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Anarko-Iris (Facebook)

Voltando da padaria vi um arco-íris
Eram apenas cores num céu indeciso
Com trechos de azul em meio ao cinza
e aquele arco caindo ali
Além das casas
Além do mar da Bahia
Era apenas umas cores esnobes
Vermelho, violeta...
amarelo, verde
Apenas gotículas de água suspensas no ar
Pra celebrar os aniversariantes
Para amenizar a dor dos sofrentes
Pode ser bobagem
Pode ser lirismo
Mas minha alma foi lá longe

Bom dia, mundo imundo!

terça-feira, 14 de abril de 2015

Sem saída

Não sei se eu paro
Não sei se eu sigo
Só sei que é
Só sei que fui

Se é certo
Se era errado
Será assim mais não
Ando e continuo

Ora aqui, ora lá
Ruim nunca é
Bom nunca será
Parar de me apaixonar
ou apaixonado acabar?

quarta-feira, 8 de abril de 2015

"Prometo não ejacular na sua boca"

Tem coisas que tenho uma verdadeira curiosidade: porque eu não tentei seduzir a todas as minhas amigas solteiras, mesmo as mais chegadas? Por que eu adoro mulher? Eu e acho que tenho amigas realmente fabulosas com quem eu me casaria todos os dias, por que? Porque todo dia o meu amor só cresce? Será que é preciso que todos estejam em dia com a felicidade? Nada mais formidável que o amor para nos dar ânimo de encarar dias difíceis, suportar certas dores e ajuda a manter a inspiração para criar coisas boas para os seus e para o mundo. 
E por que os amigos homens, mesmo os mais chegados de vez em quando vem com uma viadagem exacerbada que você acha que seriam capazes até de comer o seu cu se você der um vacilo, mesmo sabendo que você não é homossexual. Cada um ao seu modo, no fim das contas, as amizades são uma enorme fonte de mistérios. Mas que raio de espécie de mundo é esse em que se vive?! 
Passar uma cantada pode levar você à cadeia e receber uma cantada pode te levar para a televisão. Que mundo louco é esse que temos hoje? Parece que uma mentira é mais poderosa do que mil vezes a verdade passando batom em sua cara. Por que será que algumas pessoas não entendem que em certos momentos queremos apenas compartilhar a felicidade para ter mais inspiração para o novo dia que insiste em clarear tudo novamente e então haja harmonia? 
Mas aí chegam de lá com irracionalidade, ofensas, humilhação, ora por ser amigo pobre, ora por ser rico demais, ora por ser feio, ora por ter amigas/amigos demais, ora por ter compromissos demais, ora por dispor de tempo demais, por beber demais, por ser racional demais. À nossa volta vemos um mundo confuso e perdido, mas quando entendemos que existe algo de errado não tentamos corrigir, logo tentamos aprender a conviver com o erro e esse é exatamente o tipo de coisa que cria a frustração e proporciona às pessoas uma vida infeliz ao lado de quem nunca teve o menor interesse na plenitude, na harmonia e no bem estar físico-espiritual.
Aí chega aquele momento em que é preciso mandar a tudo isso se fuder, porque ninguém precisa de um inferno enquanto ainda está caminhando sobre a terra. Na verdade o "inferno" nem existe. É uma mentira repetida em nossa cabeça que quando nos damos conta já estamos ardendo em seu fogo. Cada um deve aprender buscar a sua felicidade todos os dias e a do próximo também. Entenderemos que o que criamos pode ser alterado ou desfeito e que todo novo amanhecer traz uma nova oportunidade de se procurar uma realidade menos maquiada.

"Supunhetemos que, de repentelho,
O mundo inteiro se descabaçasse
Ora, não se ria, minha senhora
Pois sua filha pode estar aqui dentro
O mundo é tão pequeno
Que eu lhe procuro
E não lhe acho
(Por) Onde você andou
Que todo dia eu lhe via?
(Por) Onde você andou
Que todo dia eu lhe via?
"Pelas marcas de pneu
Nas suas costas
Eu vejo que você também
Andou se divertindo"
Ora, mas pior seria se pior fosse
Pois as mulheres
São criaturas do sexo feminino"

(Prometo Não Ejacular Na Sua Boca - Falcão)

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Desculpe se machucar, é que eu sou meio cabeçudo

Qual o pior tipo de demônio que lhe habita: o que lhe obriga a fazer o que não precisa ou o que lhe induz a fazer o que não quer?
Rapaz, já tentei foi coisa nessa vida a fim de não acabar louco: trabalho, estudo, fazer arte, foder, masturbar, esporte, quase tudo. Mas sinto que estou falhando. Algo me diz que por mais transparente que a pessoa seja, na verdade ela não se torna reconhecida, acaba se tornando invisível. Eu tô cansado. Imagina se depois de 40 anos na merda eu vou fazer o que eu não quero, o que aprendi que era errado, o que não me é de nenhuma utilidade lógica, apenas para confortar a "lesa-inteligência" de quem acha que sabe o que é errado e o que é certo?
Quem acha que a honestidade é uma des-qualidade? Às vezes as pessoas são desonestas com tanta frequência que nem mesmo se dão conta que certos atos de vigarice é pura doença mental e existe tratamento também pra isso. Mas daí a julgar que o homem está certo para o que é errado ou errado para o que é certo é muita viagem, viagem demais. O homem em determinados momentos não consegue dominar a si mesmo, como pode julgar e condenar as atitudes de outrem? Será então que vivemos numa sociedade perfeita onde os homens não erram, não cometem crimes contra o meio ambiente, contra o patrimônio, seus entes mais queridos e até contra si mesmo?
Trabalho, responsabilidade com bebida, comida, luz, telefone, internet, TV, transporte, gasolina, gás apenas para viver uma vida confortável num mundo desconfortável. Então você entra em casa e está em seu castelo guardado por milhões de soldados marchando em variados Hertzes. Segurança? Em qual planeta mesmo estamos falando? Aquele onde a espécie dominante é a humana? Puxa vida como somos imbecis! E num universo de milhões e milhões de estrelas porque que logo na terra o ser humano ia prestar pra alguma coisa?
Vivemos num país machista do caralho e somos governados por uma mulher que finge que não vê a depravação e descaração em que ela foi criada, educada e eleita. E obrigada a encarar os Ilmos. Sarneys, e de Mellos, e Magalhães e tantos outros. Escândalos menores que do nosso governo, na China são passíveis de pena de morte, mas estamos melhorando. No dia em que cada político corrupto receber em pedradas o número de votos que o elegeu pelos crimes que cometeu, aí sim. Mas até lá vamos aqui sendo enganados pelo nosso modo de vida irracional. 
É o planeta mais machista da galáxia. Pelo menos das seis dimensões do universo que eu... mas do que eu estava falando? 
Ah sim! Nosso país. Com um governo escroto que pode aumentar impostos e taxar classes sem discussão, e mesmo quando esse debate ocorre é apenas entre "eles", os políticos de nosso belo e esgotado país. Onde para se viver é preciso ter um diploma de faculdade que forma a opinião e precisa do dinheiro, que gera mais dinheiro,  vale tudo. A nação mais rica, mais racista e segregaria do mundo é governada por um personagem da raça descriminada. Não sei se isso é pura ironia ou se é algum tipo de teste psicodélico, mas há algo de podre nas Américas e não é culpa dos negros e nem das mulheres. Manter o discernimento das coisas é sempre complicado em tempos difíceis, mas nos gabamos tanto de sermos animais racionais...
Decididamente, somos um povo com muita gente estúpida por metro quadrado. Ah Brasil! Lula(PT), Brizola(PDT), Collor(PRN?) e deu Collor; Lula e Brizola contra Fernando Henrique(PSDB) e deu Fernando. Mas como a política é uma ciência maluca inventaram Dilma e Michel Themer(idade), isso é que é uma verdadeira temeridade, mas eles estão lá. O que vai se fazer? 
Ser amigo ou ser otário não faz a menor diferença. O importante é que se sinta bem consigo, com os seus, com o mundo. É difícil mesmo. Família, amizade, autoestima, o que pode ser mais importante para um homem do que ter a consciência de que faz tudo o que é possível para manter o controle? E aquelas vezes em que dizer não é o bastante?
"Dirigir ou pedalar?" Eu não conheço muita coisa melhor que estar em plena cidade caótica pedalando tranquilamente minha Marieta a caminho da praia e chegando lá encontrar várias gracinhas, amigas e amigos e poder voltar, ou ir, suavemente na manha da bike. A manhã perfeita teria um sexo bem amoroso com a mulher de seus melhores sonhos, um chá da melhor manga rosa de Pernambuco, uma pedalada sem trânsito, e o café da manhã pra iniciar os trabalhos do dia finalizando o ritual matutino. Mas não estamos num mundo perfeito e enquanto estivermos preso a esse sistema estúpido nunca lá chegaremos. Mas faça o possível e mantenha o controle, pois não vale a pena enlouquecer. Nada vale o ESTRE$$E.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Ligações cruzadas

Eu pedi pra ela ligar pra mim
Ela disse que ia me ligar
Eu queria que ela ligasse pro que eu sinto
Mas ela foi procurar o celular
E não ligou
Nem pra mim, nem pra nada
E eu fiquei triste
e desligado
Quando ela apareceu
e sorriu
Assim como se nada fosse
Eu estava feliz
Nem ligava mais
Ainda queria que ela se ligasse
Antes que nossa ligação falhasse
Não desse mais linha
Ela só espera que eu atenda
Quando se ligar de ligar

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

1000 fúrias

Puxa vida!
Apesar de tudo
que eu amo
eu ainda consigo odiar.
Mas eu odeio odiar
e odeio ter ódio de ter ódio
de ter ódio.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Simples

Algumas vezes você se sente só
Cercado de gente, mas só
Sem companhia alguma
São sempre "os outros"
Ninguém de "nós"
A vontade é sair por aí
Sem rumo
Ou talvez morrer
Sem conversa
Sem alarde
Sem pensar
Simples assim
Na solidão

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Muita estrela e pouca constelação

Vimos muitas atrações que não atraíam ninguém a ir a lugar nenhum e poucas que realmente arrastaram multidões em êxtase. Dos 30 anos do axé music eu pago meu pau pra os mestres Bell Marques, Gerônimo, Luis Caldas, Brau e os blocos de percussão que merecem mais respeito e visibilidade, e acho que as empresas e lojas de instrumentos deveriam também investir em instrumentos mais leves etc, mas isso é outra conversa.
Na praça aqui de Pericity teve um monte de coisa bacana. Teve um dia que rolou a B. System com Bnegão (que ficou devendo uma do Planet) e Buck Jones que jogou um reperório de responsa e realmente agradou a este chato roqueiro velho. Mas eu tive o desprazer de ver as desgraças tocarem também, só que eu não vou falar disso. Se no ano que vem escalarem a Honkers pra tocar aqui na praça vou ficar mais feliz que nunca, mas se estivermos tocando em um pico qualquer vai ser quase o céu também.
Aí antes disso eu fui no samba, na quinta-feira, fiquei bêbo com uma garrafinha de jatobá e vazei. Fui do Pelô até o Campo Grande andando com os camaradas. Vimos umas figuras nesse caminho... Luis Caldas na avenida, Nelson Rufino, é o tcham e até Bell passou com aquela voz de demônio agitando a massa. Quando a gente chegou lá diminuíram as atrações e minha empolgação foi-se embora com os últimos goles do jatobéuris.
Eu tinha prometido a mim mesmo que só iria na rua de novo pro Palco do Rock e já tava determinado a ir ver a Pastel e a Motrícia na terça-feira, mas quem disse que eu me governo? No bendito dia fui me parar na Pedro arcanjo curtindo Daganja e o Nova Era balançando o chão da praça e depois ainda fui presenteado com um show de Moraes Moreira pra lá de foda com Davi Moraes e banda fazendo um dos melhores espetáculos que eu já vi em minha vida.

Muita coisa aconteceu nesses 30 anos de axé e acho que isso é mais tempo que muitos mereciam na música, na mídia, no meu saco. Pelo menos esse carnaval serviu pra lembrar que até mesmo o inferno pode ser um local divertido. Todo ano eu tenho que ser lembrado disso em algum canto, às vezes em momentos em que busco sossego, mas vou me parar na casa de mãe Joana.  

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Carnaval...

O que te deixa mais feliz 
que sexo e cerveja?
Uma musiquinha 
na hora certa 
tem seu valor...
A música certa 
na hora H
pode ser "Lepo-lepo"...
pode ser 
"Prefixo de verão"...
pode até "only you"
Ah carnaval!
o cara pode estar na Ilha 
ou na Castro Alves 
se ele tiver esperança 
de sexo ou cerveja...
pode tocar qualquer coisa.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Nada disso

Eu não queria
você
Do jeito que eu queria
que
você fosse
Se fosse assim
Nem era
você
E daí que eu queria?
Assim
é terrível
Pior seria
se
não fosse
Assim como é
Assim como eu
gosto
Queria mais o que?
Queria menos
do que?
De nada
Obrigado!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Priscila

Se eu disser que te amo
E que te quero assim tão bem
Vai parecer banalidade
Mas não é isso não, meu bem

Amar você é muito sério
Coisa de suma importância
Tipo assim: um adultério
Sem pudor nem tolerância

Amando eu vivo feliz
Amando eu te felicito
Meus parabéns, minha Pris'

Com amor até o infinito

Se eu disser que te amo
E que te quero bem assim tanto
Vai parecer uma bobagem
Mas é verdade, eu garanto

Amar você é muito bom
Coisa gostosa mesmo
Tipo assim: filé mignon,
Cerveja, feijoada e torresmo

Amando eu vivo feliz
Amando eu te felicito
Meus parabéns, minha Pris'

Com amor até o infinito

(em homenagem ao aniversário da garota mais amável que eu já conheci)

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Poesia de um bêbado sem telhado

Escrevo poesia
Por que escrevo?
Porque o por quê quer
O que quer o da poesia?

O que queria escrever
Escrevia
O que dizia
Era pura verborragia
Sem verbo
Só poetria
Então excrever

Escrevo poesia
Lá na mesa da cozinha
Na praia escrevi também
A ida e vinda ainda me serve de praça,
De tesão e pirraça
Do que quiser a poesia

A poesia se inventa
Numa nota de cem
Numa nota de fora
Sem tom nenhum
Nem ritmo
Poesia isenta

Se chegue

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