Depois que passa a brisa

Na minha cabeça
enfumaça Em forma de nuvem
disforme
Eu penso em um monte

de coisas,

mas nenhuma delas

tem como se

palavrear... - Foda-se! Se você me vir xingando é que eu 'tourretado'. Se você me vir sorrindo é que eu tô disfarçado. Não se engane Acabarei xingando você

E vou por a culpa em Tourret Não posso dizer o que passa Na minha cabeça em fumaça Em forma de nuvem disforme Eu penso um monte de merda

mas nenhuma delas

tem como se

mantê-las presas en lo cu-lo.

Os indivíduos

Eu sempre busquei entender as leis da física, mas as leis das quais vivíamos não tinham muito a ver com isso, e mesmo assim não eram confiáveis, pois seus executores podiam não o ser, era comum e alguns até achavam inteligível. Mas, no caso da física, isso não podia ser aceito e nem mesmo sugerido. Problema mesmo foi encontrar professores realmente dispostos a uma conversa aprofundada sobre quaisquer assuntos que fossem relacionados a ela.

Nas leis de convivência entre seres humanos, nem mesmo os seus conceitos eram muito seguros e com o passar dos anos, mesmo com o surgimento da medicina e o avanço de toda a ciência, ainda não conseguimos entrar em um acordo sobre nossa origem, um manual de convivência ou qualquer coisa que nos dê uma coerência na nossa relação com o próximo. Somos seres individuais, cada um vivendo num planeta diferente.

Não pense que eu sou aquele mesmo imbecil do verão mais próximo

Vou tirar...
seriam uns retratos?
Vou bater...
seriam umas fotos?
Vou tocar uma...
poderia ser no violão?
seja o que for, fui.
Seria culpado?
Venha o que vier, foi.
Seria lesado?
Bater várias
- Fotos -
E tirar vários - retratos -
Tocar várias campainhas
- pra tirar
- pra chamar
- pra bater
E tocar vários acordes
Vou tirar
Vou bater
Vou tocar
E ninguém me leve a mal
Porque,
na moral
Na moral mesmo
Na moral
Não sou um cara tirado
Nem batido
Também não sou um cara tocado
Nem no coração
Nem da imagem
E nem do rádio