domingo, 23 de setembro de 2018

Domingos de primavera

Eu posso estar enganado, mas um rockzinho de manhã cedo
pode ser Ramones;
um café da manhã dos campeões aos famintos
pode ser feijão gelado;
depois uma baita pedalada pela linda cidade da alegria,
imunda e acolhedora.
Sabe?
Isso pode restaurar seu senso humor, elevar sua capacidade de raciocínio e até mesmo restaurar a saúde de seu fígado.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Eleições às mesas de boteco?

Aí, se você chama o cara de viado porque ele apóia aquela outra desgraça, ainda vai ser chamado de homofóbico. É claro que mandar se foder não é o bastante pra esse pessoal, têm que ser empalados e em desfile de carros abertos. Mas aí também vão falar da ditadura e dos regimes fascistas... Querem saber? :
"Me deixe só de meu lado de cá! Só! Cá! Só cá! " Só, Cá? (isso era uma música da década passada)
Sei não.
O que eu sei é que existe bem pouca moral pra muitas palavras cheias de efeitos, e conhecimentos políticos, filosóficos e capitalistas. Se fosse pra mandar 'tomar no meio do butuim' iam dizer um bocado de asneira inteligente. Vou continuar guardando meu cérebro em álcool porque nessa volta da humanidade pelo universo foi a única coisa útil que ela descobriu.

domingo, 16 de setembro de 2018

Poematizando uma língua tronxa

A poesia prefere passear com poetas, veja bem
Os poetas preferem poetizar poemas, mas olhe
Os poemas poetam poesias perdidas, observe que
As perdidas preferem, viu?
E os perdidos à poesia, você perceba que
Se perdem
Sóis nos Poemas
Poemas
Poemas

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

E quem eu seria?

Minhas teorias
Minhas provas
Minhas medicinas
Minhas drogas
Meus defeitos
Meus dons naturais
O Meu ser
Meu não ser eu

Minha visão
Meu ponto de vista
Meu mau cheiro
O meu meter o nariz (onde é ou não é chamado)
Minha fé e adoração
Meus amores eternos
O meu ser
O não ser mais eu

Minha voz
Meu poder de persuasão
Meu olhar
A força da minha percepção
Os meus sentidos
O não sentir por sentir eu
Em meus ouvidos
A fraqueza de não me ouvir
Dizendo palavras sinceras
Pois como o meu pensamento
No momento não pode ser
O meu ser
A vontade de não mais ser eu

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Podia ser uma sem intenção

Sim baby
Você estará lascada em minha mão
Aquele bilhete cheio de palavras complicadas
pra não dizer que são difíceis as declarações
que vou lhe dedicar
Quando estiver mais inspirado
E o coração em ritmo mais alucinado
Será o poema de um verso só
Ou quem sabe uma nota
de uma canção
Sim baby
Estarias lascada em minha mão


quarta-feira, 12 de setembro de 2018

A perigosa tolerância social

O exercício do poder de não se esquentar a cabeça é uma prática tão deliciosa que nunca conseguirá se esgotar dela, parece. Porém o simples cansaço pela repetição incessante de qualquer coisa é algo de tão maligno que pode abater-lhe e levar a uma condição de cometer qualquer atitude extrema (Atitudes extremas são as diversas atividades e expressões de alegria, ou tristeza, ou de fúria. Elas podem ser demonstradas fisicamente e também agir no subconsciente da pessoa a quem se dirige.), que poderia ser pouco compreendida em determinadas situações.
A humildade pode lhe custar liberdade, mas não pode-se ser livre sem ela.
A liberdade pode lhe aprisionar a uma ideologia falsa de que esta governando o próprio destino e assim deixa de lutar contra todas as demais forças que impedem a expansão do mundo, pois se afundou no próprio umbigo.

domingo, 9 de setembro de 2018

Algumas tardes são meygays, mas e?

Numa terça-feira dessas eu havia almoçado cedo, apanhei Marieta e caímos no mundo rumo ao centro da cidade para resolver algumas incoerências monetárias e, quem sabe depois, comprar um papel ou um livro novo e voltar pra casa, mas não foi nada disso.
Eu precisava tomar uma cerveja com alguma alma desaparecida, poderia ser no porto da Barra, depois poderia ir no Bagacine visitar Xanxa; visita eu devo desde que a parada existe, mas nada poderia ser simples assim. Sabe aqueles dias que você só precisa ir ali e voltar pra continuar sua vida, completamente desequilibrada e sem loucura que ainda não esteja ativa, continue positivamente vibrante? Pois é!
Cheguei pouco depois do meio-dia no banco e fui sair de lá 13:02h ainda decepcionado, frustrado, nem sei. Olhei para as horas depois de resolver minhas paradas que nunca terminei de resolver. Subi pra cidade alta de Lacerda e pedalei até o Campo Grande tentando curtir o máximo do centro da cidade que eu tenho visitado tão pouco, estava a fim de comprar o papel pra pelo menos o deguste de sempre..., mas eis que lá me encontro com um parceiro desses que a gente não vê sem tomar uma gelada. Chibilo. Ele tinha pressa de voltar pra suburbana, se sentia sujo e cansado das aulas. "Pobre Chiba!" pensei alto. Mas ainda ia ficar na rua sozinho até umas 17:30h? E sozinho, de bicicleta, "na cidade?" Num dá não! Convenci ele pra a gente degustar pelo menos uma cerva e ele topou, mas só podia uma. Éh! - Fazer o que?
Na volta pro ponto de ônibus, latões na mão, encontramos mais um de Pericity querendo dizer: "posso beber não, véi!" mas, coitado! ele só resistiu até o busu de Chibilo chegar e eu ficar sozinho com o latão na mão; foi até o isopor mais próximo e pegou uma latinha pra não me deixar batido. Disse que esperava o ônibus pro fim de linha (1613) já faziam 2 horas (estava lá quando encontrei o outro sacana?). Ele estava encostado do trampo por causa de umas porradas nas pernas e houvera sido examinado pelo médico, por isso resistira a beber de início, mas um bom cachaceiro sempre arruma uma desculpa bem convincente. Trocamumarridéias sobre a vida na suburbana e o busão chegou. Era 14:30 e me vi sozinho novamente. Agora eu tinha que arrumar um comparsa. Peguei o telefone e lembrei do meu companheiro de banda e cachaça só que agora ele tava na região metropolitana trabalhando e não mais no meio etílico: 
- Ô véi, bó comer água!
- Posso não, man! Tô em Lauro!
- Que puta!
- Ligue praSputta. - Ele disse-me ele com aquela voz de quem tinha uma dor na hemorroida.
"Aquilo é ultra puta!" Pensei eu cá comigo. Liguei, tava revirando a livraria do cinema.
Cheguei no cinema em  poucos minutos e lá ainda encontrei mais uns outros conhecidos que nem estavam a fim de celebrar a beleza da tarde com uma cerveja ou duas: um professor atrasado para a aula e o dono da loja que não podia sair e nem bebia na nossa  modalidade, mas convenci a Sputta, ou foi ele que me convenceu, a irmos visitar nosso coligado cinematófilo cuja saudade me fazia dispensar até a gelada. Sputta pegou uma dessas bikes Itaú e fomos.
O resto da tarde com nosso irmão que mais dormia do que dialogava foi bem bacana.
"Essa é mesmo uma bela dupla de sacanas."

Se chegue

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