sexta-feira, 31 de julho de 2015

Mentecaptabilidade

Agora pense num esquecimento.
Pensou?
Agora, pense em como eu sou um cara esquecido.
Se ligou?
Agora sim!
Aí os caras vem me dizer que eu devo obedecer as leis
Não a racionalidade
Mas eu não posso deixar de ser um animal racional
Nem com drogas alucinógenas,
Nem com juízes corruptíveis,
Eu me esqueço
Mas não de tudo

Agora pense num outro esquecimento
Pensou?
Eu já me esqueci qual era o primeiro
Mas tá tudo bem!
Eu  não tenho como esquecer que estou cercado de amor, ódio e amor e ódio
Mas não é só
Também é a sociedade
A companheira do din
Dinheiro que também se esquece
Eu me esqueço
Hoje é o que manda no homo
Mas não manda em minha racionalidade
É Raciobanalidade
O homo sapiens não pode esquecer de comer e beber
De amar e louvar, de brigar e proteger
Eu não devo, mas me esqueço
Nem sempre, nem pra sempre
Sempre serei apenas eu mesmo
Disso eu não me esqueço
Nunca!

terça-feira, 7 de julho de 2015

Não é por ser preto
Não é por ser branco
Que se deve odiar
Não é por ser rico
Não é por ser pobre
Que se deve desprezar
Não é por ser macho
Não é por ser fêmea
Que se deve explorar
Não é por ser sábio
Nem por ser ignorante
Que se deve discriminar

domingo, 5 de julho de 2015

Abstinência

Eu não posso mudar
O destino
A dor que eu causar
Doerá apenas em mim
Não me ferirá
Nem machucará
A mais ninguém
Mas dói
Mas passa
É o fim

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Se a raiva me amanhecesse

Tem dias que a bobeira
faz gente se encher
Esquece o que é reciprocidade.
Esquece até que ama
E pra que serve o amor?
Se não faltaria por nada...
se não perderia por nada...
se não deixaria passar...
umas horas de alegria se perdem.
E fica tudo tão doido:
Amor, sexo e amizade;
Saudade, urgência e intriga;
Esquece até o relógio
E pra que servem as horas?
Se o momento feliz é achado...
se o tempo feliz é parado...
Se o que fica é o prazer.
Até que, enfim, amanhece

e a gente se enche de ódio.

Se chegue

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