sábado, 31 de março de 2012

Blogger life 11

Nada muda. Às vezes a sensação é bastante ruim, mas com o passar do tempo aprendemos a entender que algumas coisas precisam ser como são. É algo muito difícil de compreender, mas é real. A consciência é algo muito perigoso. Entender que o próximo não é seu amigo, que não teve sua vida, que não lhe tem simpatia, que tem razão em não lhe querer bem é algo tão difícil quanto achar aceitável a sua irascibilidade. É bem mais difícil de se explicar sem cerveja, mas, sejamos sinceros, não queremos pensar muito nisso.
Minha vida ciclística segue seu caminhos sem freio. A Volta do Recôncavo está chegando e eu não vejo a hora. É como, na infância, esperar pelo natal. Domingo passado teve uma pedalada para uma feijoada em Aramari. 16 ciclistas varando a madrugada a fim de cumprir os 135km até, no máximo, o sol frio da manhã chegar. Chegamos lá 11:30, mas o sol não chegou a nos incomodar graças a nuvens camaradas que nos acompanharam quase todo o tempo. Depois eu conto essa história direito. 
Agora eu vou tirar um merecido descanso. Preciso repor as energias do rock sob a chuva que rolou ontem e dos recentes pedais insanos. Aliás, a volta pra casa foi beleza hoje pela manhã, novamente com nuvens amigas me protegendo do equinócio de outono. Nem mesmo um big toldo pôde conter tanto carinho dessas nuvens para com todos os  presentes e de mim para com elas. Sim, hoje eu sou muito mais ligado às nuvens que as pessoas, mas o meu amor continua sendo infinito(vai ver por isso anda tão desvalorizado).
Antes de terminar essa postagem eu queria falar sobre o Chico Anysio, sobre o Milor Fernandes, gênios de lâmpada, gargamel...

terça-feira, 20 de março de 2012

Blogger Life 10

Até parece que eu não sei mais o que eu digo ou faço Porquê? Ultimamente tenho sido muito repetitivo? Eu que detesto detestar repetir? Sei que isso é parte da comunicação, mas por favor não no meu culhão. Tenho aprendido muito sobre mim esses dias de convalescença e não gosto muito do cara que eu já fui. Na infância eu matava passarinhos com o badogue por pura “judiação”, aliás, como assim existe o verbo judiar? “Por favor alguém pare a língua portuguesa!” Se não me engano ouvi isso de Jô, ou foi Jabor? Jesus! Ele tá certo. As pessoas insistem em fingir que discutem abertamente os preconceitos na TV e na rua, mas a hipocrisia está cada dia mais banal. Um dia desse iremos todos usar uma máscara ao sair de casa. Ser você mesmo é careta. “Aquele que nunca errou que atire a primeira pedra.”
Jorginho, meu irmão, agora é pai. Isso é meio confuso pra minha cabeça, mas é mais por sua naturalidade, como se ele sempre tivesse sido pai, é como se eu sempre o visse como se ele se visse um pai e agora o é de verdade e nós dois sabemos que ele é novo no assunto apesar de seus quase cinquenta. É uma sensação bem estranha como tio, mesmo não sendo meu primeiro sobrinho, talvez pela naturalidade... ah! Já nem sei mais sobre o que eu estou falando. O Jorginho II, vai ter um tio louco, isso está claro. "Bem vindo Jorge Coelho Magalhães Neto!"
Conhaque é o cachorro mais filho da cadela que eu já vi. Cãozinho sorrateiro! Descobri que se eu não ficar atento ele não perderá a chance de me fazer me arrepender por não ficar atento. Ele não desliga nunca. Ele também precisa de um lugar pra chamar de seu, mas não sabe esperar, ele é um cão e age como cão. Eu devo passar a tratá-lo como tal para que ele possa finalmente compreender que as coisas não são como ele imagina. Como eu posso culpá-lo por não entender muito bem as coisas, se conheço pessoas que não conseguem ver diferenças entre os animais? Algumas não fazem uso de nenhum tipo de inteligência sendo capaz de ser subjugado por criaturas de cérebro bem menos desenvolvido. O ser humano é capaz de tudo.
Esse fim de semana tem pedal pra Linha verde, volta de van. Eu não gosto muito desse negócio de van, não, achar um parceiro pra voltar pedalando seria bom. Minha parceira de pedal não está passando por um momento de muito equilíbrio, Brust e Sputter são umas putas, vou acabar voltando de lá sozinho já aproveito e fico uns dias fazendo umas músicas. Quem sabe não rola algo de bom? Tô precisando de novos ares. O lance é que, desse fim de semana a quinze, já é Semana santa e tem a volta do Recôncavo, por enquanto o orçamento prevê um gasto de 50 reais por dia, mas tudo pode mudar já que eu não estou bebendo.
Eu não tenho pedalado. Já faz mais de uma semana que não ultrapasso os limites de Pericity, mas não posso reclamar, não, meu corpo precisava desse descanso. Agora cabe a mim voltar a ficar em forma pra cair no mundo. A preparação começa now!
A febre afetara meu cérebro. Por algum motivo eu esqueci-me de mim mesmo, e de tudo que eu poderia me fazer de bom esses dias que, por bem ou por mal, estive em casa. Fui deixando de lado minha vida e me preocupei em lembrar toda a minha meninice nos seus momentos mais puros de maldade e crueldade infantil. Céus! Se os homens não se lembrassem das crianças que eram depois que crescessem... acho que a maioria deve sentir vergonha, assim como eu. Quando eu crescer vou lembrar de esquecer isso? Quando crianças queremos ser adultos para ter o poder de tomar as decisões e fazer desse mundo um lugar mais humano, quando crescemos nos tornamos isso que somos. Por mais que eu me sinta contente pelo homem que sou, pelas coisas que fiz e até mesmo pelas que não fiz, não gosto de muitas coisas que ainda faço. Às vezes é difícil ser eu mesmo e quando acontece de me encontrar com meu ego no subconsciente rola atrito e eu, evidentemente, me fodo ainda mais. Mas isso acaba um dia.
Eu sempre me esqueço que prometi a mim mesmo jamais transformar o blog em livro. Cury fez o melhor “livro que foi blog um dia” que pode existir, então pra que é que eu vou me meter nisso? Por favor alguém me denuncie se eu fizer uma merda dessa(não tenho essa prosa toda).  Desraciosidade....  Eu vou escrever um livro um dia, mas o blog é pra ser blogado, é um registro de minha passagem na rede. Será que ainda vai ter gente escrevendo daqui a 40 anos? Quando eu penso que sonhava em datilografar rápido e hoje escrevo num notebook fico até envergonhado de minha idade. “Quem diria você: coroa, titio?!” E pensar que eu já poderia ser até avô , ainda sou filho. Azar, sorte, sei lá. Só sei que odeio pensar que estou velho demais.
As pessoas gostam de mostrar o quanto cresceram socialmente em sua jornada bíblica. Eu prefiro me lembrar o quanto aprendi todos os dias, com todas as pessoas. Estamos sempre aprendendo e nos aperfeiçoando, mas a maioria só consegue ver o que é prático e imediato: se der pra comprar está ótimo, senão roubar, se não roubar se frustrar, se não se frustrar tá ótimo. Isso é que é vida. Como eu não desejo nada, não tenho nada acho que isso é vida feliz (touchê!).
O que é que eu quero? Quero que meu time jogue sempre como jogou nesse domingo, com entusiasmo, a fim de golear... eu gosto. Futebol é bola pra frente! Eu vejo da televisão e vibro. Quando eu não consigo assistir eu quase que não me preocupo mais. Isso é um milagre! Semana que vem eu quero ir no estádio, em Feira, mas do jeito que eu ando cheio de compromissos... acho que foi por isso que eu acabei doente, quero estar em vários lugares, mas sou um só e é complicado fazer tudo de bike. Tenho que admitir que nessa cidade a bicicleta não pode ser a única opção. Preciso de uma cidade melhor, rápido!

quinta-feira, 15 de março de 2012

Blogger Life 009

Meu cachorro foi atropelado quando minha mãe se descuidou ao abrir o portão para alguém que veio me ver. Graças a deus ele não teve nada além de um arranhão na perna, mas quando Conhaque entrou correndo em meu quarto eu sabia que algo errado tinha acontecido e quando falaram do atropelamento fiquei nervoso. Coisas ruins acontecem mesmo que a gente não saia da cama. Ainda bem que não foi nada, foi o cão que atropelou o carro pelo que eu soube, mas é foda! vi um cara ser atropelado outro dia e agora meu cachorro... sai pra lá, Zica!
Até onde eu sei nunca tive uma gripe que me deixasse tanto tempo de molho. Minha teimosia me impede de ficar em casa de repouso: "se eu não pedalar sou um homem morto". O ideal era que eu saísse pela manhã, bem cedo, pegasse as primeiras horas de sol revitalizante, mas em 2012 eu ainda não consegui acordar cedo e disposto em casa. Meu irmão mais velho me aconselhou um banho de mar toda manhã, mas como eu vou tomar banho de mar nesse estado? Acho que ele é maluco. O que me fortalece é o ar puro e o sol. 
Troquei algumas peças da bike e fiquei sem ela de quarta a sexta. Saí para pedalar por aqui os dias que pude para aliviar a carga negativa, mas tinha ficado sem pedalar 3 dias, o que deve ter me enfraquecido ainda. Fui à Mata próxima ao Hospital do Subúrbio , onde crimes ambientais são banalidades, mas lá eu ainda posso ter um vislumbre de natureza selvagem. Há máquinas e homens trabalhando no entorno do hospital construindo algo para melhorar o escoamento da água da chuva.(espero que não seja esgoto, pois o canal vai direto pra mata)
Na terça-feira da bicicletada de protesto eu fiquei no temporal e dele veio o resfriado, já são 9 dias de tosse e catarro branco. Recebi uma visita no dia seguinte que acabou piorando meu estado, pois eu precisava repousar e acabei abusando. Depois, no sábado, já bem pior, recebi uma outra visita que não queria o meu bem, mas minha mania de ser amigo de pessoas fuleiras não me ajuda. Algumas pessoas eu preciso simplesmente esquecer, mesmo que alguma fraqueza me domine, por mais que elas demonstrem boas intenções, são pessoas que não me fazem me sentir melhor em nada, pelo contrário, só me fazem mais fraco, me desgastam física e psicologicamente. Talvez elas não tenham intenção, mas pessoas carregadas de energia ruim sempre me afetam negativamente. A porrada foi segura, eu estou me segurando.
Assim que eu me recuperar vou aparecer para ver as pessoas que me são caras, em seguida desaparecerei e espero retornar apenas quando nada mais puder me afetar.

domingo, 11 de março de 2012

O cão chupador de cana


Estávamos nos mudando de estada pela segunda vez em Curitiba, agora íamos para a casa dos Catalépticos. Era uma casa que os caras alugaram para ensaiar, onde moravam Marcon (pense num cara brother!) e Morde, o cão que chupava cana.
A casa tinha um gramado enorme, onde ficava o Lord Morde tomando conta de tudo. Ao chegar, desci do carro e fui berrar no portão. Já era quase meia noite de uma terça-feira.
- Marcoooon!
O cão latia furiosamente. Alguns minutos depois aparece o cara com a maior cara de sono, pois iria sair às 05:00 pra trampar.
- E aí galera?! Pensei que vocês não vinham mais. – Disse ele abrindo o portão.
- Segura esse bicho aí véi. – Falei em tom desesperado, pois o cão estava tentando sair.
Mord é um Bulldog inglês bonito pra cacete tem um olho verde e o outro castanho, é bastante forte e tem uma cara assustadora de cão malvado.
- Mord, vem pra cá! – Berrou Marcon quando o cão saiu e veio em minha direção.
- Como assim cara? Você tá mandando o cachorro me morder?! – Retruquei, pois havia entendido: “morde e vem pra cá!”. Ele não soube o que dizer e veio segurar o cão que estava me cheirando enquanto eu ficava paralizado.
Já lá dentro ele explicou que o nome do cão era “Mord”, pois quando o Vlad ganhou de presente ele tinha o nome de “Lord”, e não ficava bem um “cão do rock” com um nome de cachorro de otário, então o batizaram Mord.
Nos dividimos para dormir metade na sala e metade no quarto de ensaio, já que o outro quarto era do Marcon e a gente não ia fazer uma sacanagem dessa com alguém que ia acordar tão cedo.
Eu capotei logo, pois o meu sono é muito foda, mas Brust me berrou da cozinha pedindo pra eu ir até lá.
- Ó pa isso!!! – Balançava uma garrafa com um líquido verde. – Tá dizendo aqui 70% GL.
- Isso é absynto! Não né não?! – Disse pegando a garrafa para conferir.
- Acho que não.
Era uma bebida francesa, pelo menos estava tudo escrito em francês, e lá estava: “...70% GL.” A garrafa mal tinha sido bebida, se muito, beberam umas duas doses e Brust aproveitou e pôs uma dosezinha pra a gente provar.
- Puuuuura!!!! Tão gostoso que a gente nem percebe que é tão forte. Do jeito que o diabo gosta. É melhor a gente ir dormir porque senão a gente mata essa garrafa agora mesmo. Isso deve ter sido caro pra carái!
Voltei pra sala e me deitei pensando naquela garrafa.
No dia seguinte iríamos dar um “grau” na casa, afinal, era o mínimo que a gente poderia fazer pela hospitalidade.
- Esse pessoal de Curitiba é muito hospitalar! – Dizia Brust de sacanagem.
Sacanagem pelo “hospitalar”, não pelo pessoal de Curitiba, que era hospitaleiro de verdade. Imagina se numa cidade em que a gente não conhecia ninguém pessoalmente poderíamos pensar em ser tão bem tratados.
Quando acordamos o Marcon já tinha saído e teríamos que encarar “Mord” sozinhos. Ele chegou com a sua cara feia cheirando todo mundo, mas não parecia querer tirar pedaço da canela de ninguém. Trocamos uma idéia rápida e ficamos bons amigos. Era o cão feio mais lindo que eu já vira.
Fomos à padaria Eu, Rodrigo e Brust, enquanto Dimmy e PJ davam um jeito nos pratos. Compramos pão e essas coisas de se comer de manhã, compramos também alguma ração pra Mord, pois encontramos o saco da ração dele já no fim e tínhamos medo de dar algo que ele não se desse bem. Esses cachorros são cheios de frescura.
Na volta da padaria terminamos de limpar a casa e PJ havia descoberto um mini-canavial nos fundos da casa, prontamente, peguei um facão, neste caso era uma faca grande mesmo, e fui à difícil tarefa de cortar algumas canas. Chegaram Pardal e um amigo para nos fazer uma visita e dar doiszinho e, enquanto a galera fumava e chupava cana, Mord observava tudo desejando mastigar alguma coisa, então cortei um pedaço pequeno e lhe dei com um certo receio que ele engolisse tudo de vez, mas não é que o danado cuspiu o bagaço fora?! Não acreditávamos naquilo, era muito engraçada a cena do cão cuspindo fora o bagaço da cana e passamos o resto da manhã (ou tarde, sei lá!) rindo, filmando e fotografando o cão chupando cana.
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Esse foi mais um episódio da “STOP OVER TOUR 2004”. Um oferecimento de “Tramontina” e cigarros “Amigo do Peito ”.

Blogger Life 008

Ontem eu vi uma pessoa ser atropelada. Era um bêbado, que tentava atravessar a rua sem olhar para os lados, ele estava de costas para a rua quando se virou foi só um pequeno passo. O motorista devia estar concentrado em qualquer coisa que não na pista; talvez ajeitando sua criança no banco do carona, ou talvez ele acreditasse que o bêbado tinha visto o carro mesmo estando de costas na beira da pista e com o trânsito bem lento, não sei.
Deu pra eu ouvir os ossos quebrando, a roda do carro passou por cima do pé, talvez dos dois pés, retrovisor do carona o tombou, apesar de a todo custo o atropelado ter tentado se manter de pé acabou caindo com as pernas pra cima. Fiquei completamente atônito. O atropelador não parou nem mesmo pra pegar seu retrovisor no chão e o atropelado não se manteve na horizontal nem mesmo por um segundo e se levantou praguejando contra o mundo. Vi sua perna torta, pensei em ligar para 192, 190, mas à medida que eu me distanciava do local do acidente vi o bêbado atravessar a rua novamente parando todos os carros. Fiquei impressionado com tudo aquilo e terminei não ligando pra ninguém porque até alguém resolver atender minha solicitação o bêbado certamente não estaria mais lá.
As pessoas no bar, na rua, as que estavam nos carros e que viram a cena, ninguém se mexeu a fim de dar alguma assistência ao acidentado, nem mesmo eu que segui meu caminho de bike.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Blogger life 007

Parece que os fins de semana estão ficando mais curtos, ou eu não tenho curtido direito, o que eu sei é que chegou a segunda-feira e eu estou com a mente ainda mais cansada. Talvez parar de beber não tenha sido mesmo uma boa idéia.
Fico sempre pensando em como tem gente sem noção nesse mundo... gente sem ter o que fazer... não falo de vagabundos (como eu), nem de pessoas sem emprego, falo daquelas pessoas que do alto de suas atribuições tentam desmerecer idéias alheias, ora pra ser chato, ora porque não sabem viver de outra maneira e acreditam que apenas da maneira que elas vivem é que é possível se desenvolver algum raciocínio. Não sei se eu consigo me fazer entender. ...Algumas pessoas nunca escutam o que falamos, passam o tempo inteiro procurando alguma falha em nosso discurso para poderem nos encher os culhões. 
Tive uma conversa via chat hoje que eu preferia ter levado um tiro:

- meus primos uma vez chegaram no Quilombo Rio dos Macacos, morreram de medo pois eles pareciam, segundo meus primos, primitivos, sem contato com sociedade. Acharam que eram canibais. - disse um "amigo".
- Seus primos são retardados, man!  - disse-lhe eu
- Man, você precisa parar de ser preconceituoso! - disse-me ele.

Daí em diante nem valeu à pena discutir mais. Eu sei, os caras eram apenas ignorantes e eu os ofendi gratuitamente, mas se eu for preconceituoso por enxergar num racista um doente é melhor "lamber meu cu" (como dizem os alemães).
Na Bahia, pelo menos na que eu vejo andando por aí, as pessoas tem medo de gente preta, pobre, suja. Tem gente que não enxerga a outra pessoa que está indo em sua direção, elas veem apenas a sua cor e, talvez, se está bem vestida, limpa... se for preto, estiver mal vestido, ou sujo, a maioria não se dá ao trabalho de olhar nos olhos pra reconhecer, ou quem sabe dizer bom dia, boa tarde, boa noite.
Falo isso com muito conhecimento de causa e não estou nem mesmo fazendo disso uma reclamação, pois sei que no mundo que vivemos hoje o estereótipo do ladrão ainda é: preto e pobre. Mas como eles sabem que é pobre? Pelas roupas. Se for preto e estiver barrunfado(cheirando a maconha), aí então é ladrão na certa. Eles ensinam isso na academia de polícia, mas muitas pessoas que não fizeram academia já vem com esse preconceito desde a infância, e não vai ser a legalização/discriminalização que vai lhes tirar essa idéia.
Algumas pessoas passam por mim na rua sem me ver. Amigos, amigas, pessoas que pulariam em meu pescoço, não pra me matar, mas para me abraçarem. Às vezes, quando mesmo assim as cumprimento percebo o constrangimento, não por não terem me reconhecido, mas por terem tido uma idéia ruim da pessoa que estava indo em sua direção. Eu poderia mandá-los à merda, todos.
Fico pensando: se um dia eu me rebelasse e passasse a tratar todas as pessoas brancas e caretas como animais, qual seria meu crime? Mas eu deixo esse tipo de coisa para os da "elite". Eles têm todo o direito de terem preconceitos, afinal são uns doentes(não todos) e devemos mostrar respeito.

Se chegue

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