segunda-feira, 27 de abril de 2009

Inconsciência = egoísmo?

Algumas pessoas simplesmente não fazem idéia do que é ter consciência de algo, a maioria não se deu nem conta do que elas são. Do seu papel em casa, no trabalho, na rua e no mundo. Tudo o que elas conseguem enxergar são as suas necessidades e, às vezes, de seus entes queridos.
Por que será que elas são assim?

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Deixadas à própria sorte as coisas tendem a ir de mal a pior

Por mais que eu saiba que não se deve beber de barriga vazia, que não se deve dormir depois de beber demais sem colocar algum alimento pra dentro, que se deve beber água e que não se deve ultrapassar certos limites, eu insisto em contrariar todas as regras.
Como é que uma pessoa que acorda cedo, não toma café da manhã, assiste aula até meio-dia, come um pão de queijo com 200ml suco, depois começa a comer água, e fica sem comer mais nada até o outro dia, pois ele só foi chegar em casa às 9h da manhã, pra sair novamente as 10h pra continuar com a odisseia etílica, e chegar finalmente em casa às 14h pra desmaiar na cama e acordar de madrugada com fome, mas ao tentar comer começar a passar mal e seguir na merda toda a segunda-feira.
Terça-feira, feriado, 10h da manhã o telefone toca. Mais um convite, mais uma vez lá vou eu. Cerveja, vinho, cerveja... lá se foram mais 8 horas de bebedeira sem nenhum alimento, mas tudo bem, quando eu fui pra casa almoçar ainda eram 18 horas.
Almocei até direito e podia ter ficado na minha, assistido um filme, dormido, batido uma bronha, sei lá. Só sei que me deu vontade de comer um biscoito. Comi metade do pacote e ela veio de novo: A ânsia de vômito. Dessa vez ela veio ainda pior e com o gosto do negresco que eu juro que nessa vida eu nunca mais irei comer. Me lembra uma vez que eu vomitei um pavê de amendoim ainda criança e desde esse dia nunca mais comi, embora adorasse.
Pra piorar acaba a energia e eu não posso ver filme nenhum, nem usar o computador e nem encontrar uma vela. Fico na atividade "cama-banheiro" a noite inteira e sempre que eu penso que estou melhor lá vem de novo...
O jeito é sair e tomar uma pra rebater, porque esse negócio de ficar à mercê da ressaca não tem nada a ver comigo.
Mas dessa vez eu vou me cuidar.
Juro!

sábado, 18 de abril de 2009

Confusões mentais de uma manhã de sábado

É manhã de sábado. Acordo ainda bêbado e torto na cadeira em meu quarto, com a tv e o computador ligados me enviando mensagens que eu não consigo entender. Desligo tudo e me jogo na cama. A chuva lá fora é como uma sinfonia sonífera, mas eu nem posso me deixar levar, pois tenho um compromisso, cuja lembrança me faz ir atéo banheiro vomitar macarrão e bílis. Tomo um banho quase frio, me visto e ganho a rua.
Ainda chove e as pessoas apressadas com seus guarda-chuvas parecem bem mais interessantes em seus trajes de frio. Mesmo assim vejo vindo em minha direção uma garota de uma magreza giselesca numa calça hiper, mega, ultra justa e com a barriga de fora, completamente ensopada. Linda! Ela passa. Pego meu ônibus e continuo observando as pessoas em suas roupas de chuva, sérias, apressadas, interessantes, quase elegantes. O clima frio sempre me atraiu mais que o calor escaldante reinante nessa cidade. Acho mesmo que as mulheres ficam bem mais atraentes quando estão completamente vestidas, em contrapartida à semi-nudez geral que o clima local convida.
São apenas 9h da manhã e meu corpo ainda reclama pelos excessos da noite anterior. Chego no meu ponto e corro em busca de um banheiro, o que só encontro depois de 20 minutos de caminhada. Aliviado, inicio meu dia numa sala de aula que não faz o menor sentido pra mim.

domingo, 12 de abril de 2009

Por causa dessas casualidades

Outro dia eu saí pra pedalar na intenção de pensar em algo pra escrever. Talvez viver alguima experiência, sei lá. Mesmo não me faltando histórias eu sempre passo por situações meio ridículas, ou simplesmente que merecem ser lembradas. Outro dia eu tava lembrando que dei um banho num gato de rua adulto. Com sabão e tudo. Mas enfim. O que importa é que eu saí pedalando e coloquei o mp3 do celular pra tocar.
Saí numa empolgação tão grande que mal prestava atenção no que estava tocando. Ia apenas viajando no ritmo da rua, dos carros, das pessoas, da vida. Até tocar uma música da banda de meus brothers do Zefirina, "Sobre a cabeça"que me trouxe de volta ao que eu estava ouvindo e de que maneira. Lembrei que havia pensado em colocar pra tocar "todas" no modo "aleatório", porque, já que estão em meu celular mesmo, foi porque eu gostaria que elas estivessem lá pra eu ouvir, então não fazia sentido eu ficar escolhendo qual delas ouvir.. Depois começou a rolar The Honkers, Batatinha, Planet Hemp, até que finalmente cheguei em meu destino que era a praia de tubarão.
Não sei porque cargas d'água eu não estava muito a fim de companhia também e fui sentar isolado num canto da praia. Desliguei o som. Tinha que ficar ligado também se alguém se aproximava pois nenhum lugar ermo é seguro. Fiquei uns poucos minutos e algumas pessoas começaram a vir em minha direção pela praia. Quanto mais elas se aproximavam, menos confortável eu ficava. me retei e peguei o caminho de volta com a bike.
liguei o som novamente e avancei para a música seguinte. Era uma música que eu não conhecia, ou melhor, conhecia, mas não fazia idéia de quem era. Olhei o nome "Hard times", mas não tinha o autor e não conseguia reconhecer a voz, era irritante. Eu que já estava pensando em escrever justamente em escrever sobre todo o sentido que fazia ouvir música no modo "aleatório", pois você estaria ouvindo justamente todas as músicas que você gosta quase que casualmente.
deixei de lado minha curiosidade e vim voltando pra casa. Quando eu apontei na suburbana começou a tocar o hino do São Paulo e eu comecei a pedalar com mais vontade, pensando no quanto eu amo esse time e em todas as alegrias que ele já me deu.
Voltei pra casa em alta velocidade, pois o repertório estava só melhorando. Rolou uma outra música que eu não sabia como foi parar em meu celular "mighty mighty party" e aí foi rolando os clássicos de minhas pedaladas: "O que eu não vejo não existe" e "Aeroporto" do Bidê ou Balde e também "Hey garota" com The Honkers.
Cheguei em casa e fui pesquisar pra saber de quem se tratava as músicas que eu não lembrava e pra minha surpresa eram do rei, digo do Ray. Só aí é que eu fui me lembrar que meu parceiro Pedrogas havia me passado, via bluetooth, algumas músicas de ray Charles.
Foi em casa também que eu fui ver que eu não estava ouvindo "todas" no modo "aleatório", estava apenas ouvindo os arquivos que não tinha nome dos autores, mas de qualquer maneira foi uma boa pedalada ouvindo grandes músicas.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Rock das Mulheres

Não sei se eu conseguiria ser justo com todas as mulheres do mundo, ou mesmo ser injusto com as "outras" mulheres, mas quando falo sobre as "minhas" amigas não sei como não falar de amor, como se fossem as maiores, as melhores, mais apaixonantes, lindas, gostosas e etc. Se eu não for amigo das minhas amadas, amor de minhas amigas, apaixonado por todas elas, não estarei sendo justo com a evolução da nossa espécie. E por mais cretino e imbecil que isso pareça não há razão no mundo para se ter um amanhã, pra mim, se não for pra deixar uma mulher, que a gente ama, mais feliz. Seja namorada, esposa, mãe, irmã, amiga, vizinha. A felicidade é o fim, e ponto.
Quando me sinto esquecido, abandonado, triste, pego a bike e vou dar um rolé pela cidade que melhora tudo. Ok! Tudo bem que nem sempre se pode sair, ora pela chuva, ora pela noite distante (pela falta de sinalizações na bike), ou pelo pânico de voltar de longe pra caramba, bêbado. Mas eu sou um cara do rock, galera, e quem tá no rock é pra "SiFu" mesmo, digo, Ser Feliz, em qualquer circunstância. Não preciso de motivo pra ir no rock, mas ver uma gracinha sempre anima mais a gente, leva a gente a ir com mais vontade pra qualquer lugar. Isso é machismo?
Num sábado desses eu resolvi matar a saudade da noite “rockística” da minha cidade por uma causa justa: a banda que tem a baixista mais gracinha da atualidade ia tocar por uma ótima razão que era pra arrecadar uma grana pra uma mini-tour que eles iam fazer pelo nordeste.
Apaixonado por ela, eu? (Quero saber por qual mulher-guerreira-do-rock dessa cidade eu não sou um fã completamente apaixonado?!) Acho que nem posso mais me casar se não for com todas, mas deixemos os matrimônios à parte...
Pra variar, a gracinha da Gabriele estava ainda mais linda. (Ôh Mô Deux!!) E não havia como o dia, a semana, o mês não ficar muito melhor. Aquela sua graciosidade única, cercada de monstros por todos os lados... - Ah! Bitchuca! - E os caras ainda foram me chamar pra pegar o baixo na mão dela para dar uma canja; eu que tinha machucado o polegar esquerdo numa viagem de trem e nem podia tocar direito?... mas não ia perder essa chance de pegar em sua mão e dizer uma desgraciosidade qualquer depois ainda tocar uma música que eu nem sabia qual, acompanhado de nem sei quem mais, mas lá fui eu com minha cara de filadaputa entrando e falando besteira... (Mas eu não poderia ajudar estando "tão apaixonado por ela”). Wuaal!!! Foi massa! 
Eu consegui, Graças a Deus!, me desculpar com ela depois, que sorriu aquela poesia noturna e se picou. A festa teve até blackout, mas acabou cedo e eu voltei pra casa sóbrio e muito mais alegre do que de costume.
Chega o fim de semana, domingo e segunda aqui por Pericity são daquele jeito: arrocha e pagodão por onde quer que você ande e até que seu ouvido pelo menos se acostume é um problema seu.(?) Cerveja quente na praia com o som alto chiando enquanto o cara equaliza tocando Chicletão e Tayrone, pra depois a atração do bar chegar cantando mais arrocha, e mais seresta e pagode. (De vez em quando sobrevive-se. Quando se é do subúrbio de Salvador, Pai!, sobrevive-se a qualquer bombardeio.)

Terça-feira o rock era com baixista macho

Mas é o mais querido e gente boa que eu conheço: Cadinho. Ele ia se lançar em carreira solo e eu não ia perder uma parada dessa. Também iam ter muitas de minhas amigas (amigos também, vá) pra trocar uns abraços, uns carinhos, uns drinques, uns barrunfos, umas idéias, uns “sei lá o quê há quanto tempo!”, e meus ouvidos iriam novamente se sentir confortáveis fora de casa. 
Ah! o Irish! 
- Me veja um litrão aí, essa menina!
Na chegada me bato logo com duas lendas: Robson e Big Brosss, que chegam me saudando por meu reaparecimento no rock . Fico feliz ao me sentir em casa de novo. Saúdo e felicito Cadinho pela sua noite, brinco com outra lenda do rock Messias Bandeira e vou beber do outro lado da rua onde me bato com outro camarado véio, Mateus, e suas belas amigas ukuleleístas aguardando o som no bar começar com umas garrafas de vinho e caipirinha.
Eu nem poderia deixar de falar da minha loucura de sair sem hora pra voltar numa terça-feira, sem carro, bike ou companhia pra rachar um tx ou ubber, ou mesmo uma caminhada, ou virar a noite bebendo. Eu queria era purificar minha alma de tanta podridão que tenho ouvido e visto ultimamente. Chegar cedo e sentar na orla bebendo qualquer disgrama enquanto se mata a saudade de uma por uma, um por um que vai se chegando. Gente que tem tanto tempo que não vejo que nem me lembrava mais, gente com quem tem-se tanta afinidade que nem se sabe como se vê tão pouco, gente de rock, gente de arte, gente amiga, gente amada.
Depois de um tempo, lá do outro lado vejo um sorriso mais que maravilhoso conversando com uns caras. Minha vontade é de ir imediatamente lhe abraçar e não soltar seu corpo até que nossas peles se derretam com nosso calor, mas acho que era o vinho que começava a bater onda (hehe Juro, tive até medo.). Aí o som começou, todos foram adentrando. Continuei do lado de fora mais um pouco projetando uma nova banda com o vinho. (Numa noite de rock cabe é amor, viu?!)
Ainda antes de entrar no som um encontro maravilhoso com uma amiga que não fazia tanto tempo que não via que nem acreditei. Conversamos um pouco (bem pouco aliás), mas matar toda a saudade seria impossível. Nem conseguimos fazer uma foto, mas aqueles olhos e aquele sorriso não se desgravam de minha cabeça.
Quando entrei o som comia solto. 
Pondé dava sua canja enquanto Cadinho e a banda soltavam o braço e o público se divertia. Eu não sabia se queria mais vinho, cerveja, mais rock ou mais alegria. Qualquer coisa ali poderia me fazer sorrir, porém o abraço que eu ganhei no meio do salão foi uma provocação aos homens de pouca fé. Às vezes nos esquecemos que há outro mundo ao redor de nós e, simplesmente ali matando a saudade, viajamos. Apesar de não ter dado vontade de soltá-la esse abraço deu ainda mais sede e eu saí para uma água que se tornou outra cerveja e acabou numa carona inesperada para casa com mais um baixista formidável, Iure, que estava por lá também e ao me ver ficou feliz em ter uma companhia de volta pro subúrbio.
Nem me despedi de ninguém, mas tenho certeza de que o rock falou por mim tudo o que eu tinha pra dizer aquela noite: - Obrigado Mulheres!!! Obrigado rock'n'roll!

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P.S.: Quando um homem agride uma mulher seja com palavras, seja com a violência ele está agredindo ao mundo que ele próprio habita. Se essa mulher for das minhas relações esse cara JAMAIS virá a ser meu AMIGO de fé, pois um animal desse nível não é capaz de ser amigo de ninguém. Nós até poderemos, quem sabe, sim, tomar uma cerveja(???). mas eu provavelmente o mataria se ele aprontasse em minha frente com uma de minhas amigas, amadas, mulheres. (Isso em teoria porque minha fúria, todos sabem, é de paz.)

Se chegue

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