domingo, 18 de novembro de 2012

Para que não seja eterno / A teoria da involução da espécie

Ilhéus, 16 de novembro

Para que não seja eterno

Acordei a 1:30 da manhã e não consegui mais dormir. Me senti péssimo por não ter ido ao aniversário de uma linda guria, mas nada comparado com a angústia que não me abandona. Preciso escrever, preciso compor, preciso amar novamente, não estou falando de sexo, falo de amor ao próximo que está ficando cada vez mais difícil, talvez isso me dê rumo. Sem amor eu já não sou mais o mesmo. 

Ilhéus 17 de novembro

A Teoria da involução do Homo Sapiens

Deve ter sido lá pela meia-noite que me acordei e cá estou eu na praia a procurar onde o sol se nasce. Nunca me senti tão triste, tão lúcido. Talvez nunca tenha sido tão lúcido antes em toda vida. O dia nem nasceu e já está cinzento e triste. Sei que não há nada mais a se buscar pois não existe nada além do que se vê ali.

Imagino-me como Darwin e o seu trabalho árduo de analisar e observar cada espécie até chegar à sua grande teoria. A minha seria simplesmente de que apenas animais estúpidos como os seres humanos seriam capazes de tornar o estudo uma coisa institucional e pior de tudo ainda ser o homem capaz de tirar proveito de outro homem por este ter menos conhecimento. Talvez isso seja critério usado de evolução como querem acreditar alguns, mas o que me salta aos olhos é a total falta de desenvolvimento do “homem sabido” desde a era Darwin.

Um comentário:

  1. Mais um texto extraordinariamente bem escrito. Me sinto exatamente igual ao que vc descreveu no primeiro parágrafo.

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