sexta-feira, 26 de agosto de 2011

"Be kind rewind"

Eu nunca fui um cara de poucos amigos, nem de pouca cerveja, nem de poucas festas e nem de nada que eu goste, pouco. Quando o assunto é comemorar, eu comemoro na altura da minha felicidade. Se fosse pra comemorar tocando, meus amigos tocariam comigo dias a fio... mas agora quando eu faço aniversário fico mais sossegado, pois a única coisa em que eu pensava, comer água até cair, não me traz mais tanta alegria, e eu não posso mais cair em qualquer lugar, sou um velho. A cachaça tem de ser na (in)decência.
Eu nasci na night, às 00:20min do dia 19 de agosto de 1973, domingo. Entre 1987 e 2009 a essa hora, nesse dia eu já estava "girando em alta", mas me aquietei. Ano passado eu viajei e quase não bebi no meu dia, esse ano eu andava meio assim, mas seria sacanagem não tomar uma com meus amigos mais chegados, no sossego de casa porque eu não queria estar em lugar nenhum na hora de cair. Esse ano às 0:30h, Eddie me ligou avisando que era hora de beber, pois é sexta-feira, é meu aniversário e sua filha, Lis,  nascera há poucos minutos. Eu estava voltando da merecida meditação na praia, depois de ter pego pesado da hora que acordei até às 22h...  tive que entrar em campo.
Bebemos profissionalmente até as 4h. Acordei na merda. A cabeça doía, o estômago embrulhava, os olhos ardiam. Passei a bela manhã do meu aniversário entre a cama e o banheiro, mas nunca fui cara de me acovardar e saí por mundo pra combater a ressaca com o melhor dos remédios, mas quem disse que eu conseguia beber? 
Fui na favela pra receber o abraço do Bruxo Quântico, pois sabia que ele não sairia de lá pra cachaçada nenhuma. Saí de lá, passei no depósito e peguei umas cervas, mas a cabeça não parava de incomodar. Nem mesmo o almoço ajudou.
Quando entrei em casa estava determinado a só sair se fosse pra buscar mais cerveja, mas ainda não cria que conseguiria beber quando meu irmão chegou com mais uma porrada de latinhas e como as dele já estavam geladas pouco depois eu "abri a sexta", o dia, e bebi até às 4 da manhã novamente, não bebendo mais porque a vizinhança reclamou do barulho, e ao sairmos para um bar aqui perto, os meus amigos ébrios queriam se pegar na porrada e a minha festa acabou. Mas eu tava satisfeito pacas. Não foi como eu cheguei a imaginar, tocando no Rio Vermelho de graça com o maior número possível de sequelados, drogados, bêbados e prostitutas. Foi tranqüilo até o fim da parte casa.
No sábado a ressaca era leve, mas um outro aniversário me devolveu ao mundo etílico: Andrezinho, também conhecido como Rapariga Galega. isso acabou com os planos de ir pro MAM, pois não poderia sair de sua casa enquanto houvesse cerveja, e o rapaz é exagerado. Acho que foi Eddie que me trouxe pra casa, porque no domingo de manhã eu não fazia idéia de como cheguei lá, mas tava ciente de que iria ao Parque da Cidade completar a "Mini-micareta Thilindão" com o mesmo Andrezinho. Havíamos combinado encerrar nossos aniversários em grande estilo.
Apesar da luminosidade do dia, meu espírito estava animado com a possibilidade de comer água novamente sem estar tentando me curar de ressaca (um fino em homenagem a isso). Na saída do Parque da Cidade o, sempre convidativo numa pós-manhã de domingo, Parque Júlio César era meu pastor.
Pra minha alegria, em frente ao Irineu(bar do pq. Júlio César) os caras abriram mais um bar, esse com Heineken de 600ml. Era mais do que eu precisava pra encerrar o dia. A galera ia pra Pituaçu e eu ia... sei lá mais fazer o quê, ia me fuder...
Cheguei em casa tão morgado e exausto que dormi sem nem sequer me importar com o jogo do São Paulo contra as porca-rosa. Acordei 22:30h com uma larica do tamanho do mundo e uma ressaca muito estranha. 
Fui na praça fazer um lanche. Fiz o pedido, paguei e saí, quando retornei a lanchonete havia fechado, pedi outro na lanchonete ao lado, que chegou poucos minutos depois, mas antes de eu terminar de comer o lanche da primeira lanchonete apareceu... comi. Fazer o quê? A galera estava em campo, comendo água em alta, e eu ainda beberiquei uns 2 copos. Depois de comer era hora do digestivo. Invadimos a casa de um e assistindo ao corujão com um bocado de doidos eu cheguei a maravilhosa conclusão que precisava dar um tempo. Saindo de lá 'inda bebi mais um monte no bar da Tia, com as portas baixas porque a polícia decretou toque de recolher às cadeiras da calçada.
Na segunda feira a chuva quis contribuir pra eu dar um tempo na marvada, me impedindo de ir a uma despedida com mais um monte de parceiro bom de copo, pena que em vão.  Me convidaram pra um chá das 18h e comecei mais uma sessão de descontrole, não me deixando nenhuma outra alternativa a não ser adiar o fim da "Micareta" pra terça-feira, dia de ensaio dos Honkers. Uma pena que fora adiado me deixando apenas o sentimento de depressão por ter exagerado tanto e ter que parar assim tão sem graça. Foi ótimo ter bebido tanto, mas era preciso mais que uma mega-bebedeira pra sacramentar minha revolução de um homem só. Eu não queria dar um tempo da bebida, nem de nada, só queria dar um tempo de mim mesmo.

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