Às
vezes é bom não ter o que fazer: não ter emprego, filhos,
namorada, às vezes eu posso mesmo crer que essas coisas são ilusões
que criamos a fim de suportar a própria condição de incapacidade;
não sei, ninguém sabe, talvez a psiquiatria, talvez a
“enteogenia”..., a mera possibilidade é o sonho dos sucessivos
dias de labuta ou da incessante falta do que fazer. Não ter mais do
que o ócio é para mim um mistério. Eu tento, o máximo que eu
consegui foi dormir na poltrona, mas ainda disponho de bastante
tempo, não posso negar. Nessas horas tudo que eu penso é em pegar
Marieta e “partir a mil”. Vou esperar o que?
Ontem fui no hospital do subúrbio novamente. Tinha umas máquinas trabalhando... (que máquinas o quê?) Tinham uns caras lá na sentados à sombra e uma retroescavadeira em ação na parte detrás do hospital, acho que vão diminuir a altura do barranco pra melhorar a circulação de ar. (só um palpite). Invadi a mata do Cobre e fui bater lá no rio onde estivera com uns amigos há 2 anos e pouco. Tinha uns guris se refestelando na água que estava incrivelmente clara, torrente e sem cheiro. Também observei que o nível d'água estava ótimo para essa época do ano. Que continue assim. Queria era ser guri de novo e me jogar, mas era muito raso pra um gigante como eu. (Nossa! Como tamanho faz uma grande diferença às vezes!!!)Fiquei por ali, dei uma caminhada (ligado em Marieta), tirei umas fotos e subi.
Anteonte pedalei com uma galera sentido São Tomé/Moinho Aratu. “Que louco
a gente lá em cima da ruína desgraçada que estava quase se
desfazendo só com o vento. Era muito alto!” isso foi na antiga
fábrica de cimento, hoje abandonada na estrada Tubarão/São tomé,
de lá fomos no Moinho. Eu insisto em ir no moinho porque é uma
estrada de asfalto impecável cortando uns 4 km de mata alta. Vale a
pena. Voltamos pra São Tomé pra um banho de mar revigorante e de
volta a Pericity.
Antigamente
eu não fazia ideia de como eu seria a 30 anos,
hoje eu
sei.
Tem
gente que me conheceu ontem
e acha
que sabe tudo de mim,
hoje
sabem menos,
mas é
assim mesmo
tudo o
que é falso perde a cor
é mais
ou menos é mais
mas o
que é bom
também
fica meio opaco
se não
tiver um olho muito veaco.
a minha
vida não desbota,
Eu me
conheço todo dia
e ainda
não sei
quem é
esse cara que sou eu?
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