terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Sou um cara imundo

Acordo com pássaros
Todos presos
Reflito, medito sobre
O ontem, hoje e amanhã
Tudo mentira
Conversas jogadas
No mar de lama sem fim
Que me tornei
Sonhando com bosques sem fim
E passeando em parques sem fim
Levanto-me
E então eu quem estou preso
Na insegurança e incerteza
Mas eu sou livre, ora!
Como não ser feliz?
Para ir, passar, cantarolar...
A tristeza não me governa!
A infelicidade não me atrai!
A segurança não me insegura!
E o que eu faço?!
Escuto, observo e me calo...
Se falo, entono rudeza...
Talvez pelo cansaço...
Como vou saber?
“Às vezes escutar besteira demais acaba se tornando chato pra caralho”
Certa vez
Me acordei com homens me olhando
Me provocando um grande palavrão
Médicos? Amigos?
Homens como eu?
Eu, Não!
Nada
Apenas provocadores
Às vezes ataques de fúria são esperados
Às vezes pra minha surpresa
Às vezes pra meu desabafo
Talvez apenas cansaço
A lama em minha alma é densa
Não escorre pelo meu suor
Nem desce na minha cagada
É um material muito caro em mim
É um material muito raro pro mundo
Talvez um dia derreta-se e embale-se
Sei que até lá já fui e voltei
Talvez várias vezes
Só não sei ainda pra onde.

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