quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O amor é a unidade básica

Eu tenho tentado viver da maneira mais reta, sincera, agradável e honesta para com as outras pessoas, mas não sinto reciprocidade nesse tipo de atitude. Às vezes eu mesmo me esqueço do princípio básico em caso de dúvida. "Que dúvida seria essa?" Sabe aqueles dias que alguém te dá o troco errado (pra mais) em um lugar qualquer e você só se dá conta depois, mesmo assim volta e devolve, e outras vezes você vê na mesma hora e mesmo assim não devolve, guarda o dinheiro depressa e vai embora. Excetuando-se aquelas pessoas que têm mesmo apego ao dinheiro e os mau-caráteres por natureza a única coisa que poderia me levar a devolver ou não o troco seria a gentileza de quem deu o mole. Isso não tem nada a ver com minha necessidade financeira, ser uma gracinha num caixa de supermercado, ou um pagodeiro numa barraca de praia, isso é apenas o reflexo do amor ao próximo.

Baseado num sistema simples de medidas, que não nos leva a lugar nenhum na prática, mas que conforta a nossa mente nos deixando tranqüilos com relação aos nossos atos de "pequena sacanagem". Às vezes a gente só precisa de uma dose mínima de amor para evitar um monte de imbecilidades que em sua presença seria imponderável.

Existem milhares de maneiras de se experimentar o amor, mas a grande maioria das pessoas, por mais que lhe digam e mostrem isso todos os dias não fazem idéia do que seria esse "amor", ou de que maneira utilizá-lo racionalmente e principalmente honesta. As pessoas estão muito apegadas à sua conveniência e raciocínio demente, que desconsidera o amor como medida fundamental.

Isso não tem nada a ver com "só o amor importa", mas tem tudo a ver com "quem ama cuida" e esse cuidado praticamente não existe no dia-a-dia. O "amor ao próximo" da maioria das pessoas desaparece quando elas pensam unicamente na própria pele, ou, mais especificamente, no bem-estar pessoal. Elas não querem saber se o que pensam é coerente, simplesmente não querem saber de dar crédito ao próprio amor, ou ao cuidado que elas deveriam ter com as pessoas amadas. Essas pessoas simplesmente só pensam nelas mesmas.

Isso não é nenhum tipo de invenção nem descoberta extraordinária. Qualquer um pode observar à sua volta es constatar que antes mesmo de se sentirem ofendidas elas agridem verbalmente umas às outras da maneira mais estúpida e covarde. As pessoas adoram xingar as outras, adoram sacanear as outras e passá-las para trás a troco unicamente daquele bem-estar irracional que sentem quando acham que fizeram a coisa certa, por exemplo: ao xingar o motorista de ônibus por frear bruscamente, ou andar devagar demais.

Às vezes o simples ato de não observar silêncio pode ser uma grande prova de desprezo à condição humana alheia e uma espécie de "desculpa" para vários outros delitos contra a unidade fundamental do ser humano. As pessoas cometem o "mal" por achar que esse "mal" nunca irá atingi-las.

Infelizmente não podemos viver a nossa vida abstraindo tudo o que a gente não quer nas outras pessoas, mas podemos começar a mudar a nós mesmos, nos cuidando mais e cuidando que as pessoas e todas as coisas com as quais nos relacionamos no mundo entrem na mesma harmonia. Sei que às vezes tudo foge ao nosso controle, mas se pensarmos bem e canalizarmos a nossa energia para o que é positivo, conseguiremos entender e nos relacionarmos melhor com todo o universo à nossa volta.

É hora de apagar do nosso espírito todo vestígio de maldade e destruição do ambiente, todo pensamento negativo deve ser eliminado. Fatalidades acontecem, mas não devemos usar nenhum tipo de "desculpa" para "quantizar" o mal. A maldade paga-se a si própria. O amor é a base da nossa existência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Aprecio muito!

Se chegue

Nome

E-mail *

Mensagem *