A medida que o tempo passa e a quantidade de pedaladas/semana vai ficando maior, vou me sentindo cada vez mais disposto a ir cada vez mais vezes, cada vez mais longe. É como o grito de uma saudade disparando em sua mente o desejo de estar com aquela pessoa que nos faz tão bem, mas não tem pessoa nenhuma, exceto a vontade de pedalar por aí arriscando o pescoço com algum motorista bêbado e mau-humorado, mas eu corro esse risco num ônibus, num táxi, ou mesmo de carona, portanto: "feliz daquele que se arrisca com prazer!"
Algumas pessoas vão à academia malhar seus corpos sarados ou surrados, mas elas gastam uma quantidade enorme de energia e dinheiro em uma coisa que eu não faço idéia como possa dar algum prazer, mas eu não fico enchendo o saco delas com meus comentários, nem as achando malucas. Algumas vezes não existe um respeito mútuo.
No momento imediatamente após a minha queda, tudo o as pessoas ditas "normais" pensariam seria no prejuízo da queda. Eu também pensei, pois minha câmera recém-adquirida havia voado alguns metros no ar e aterrissado desconfortavelmente no asfalto quase frio da madrugada, além da própria bike que teria sua cota de prejuízo financeiro, depois de eu ter finalmente me sentido feliz por ela não ter me feito gastar nenhum centavo no último mês.
No fim das contas pravaleceu o bom senso quântico dos acontecimentos. O Conserto da bike quer ser 38 reias(o preço de um guidão novo) saiu por 75 e o conserto da câmera que seria mais de uma centena de reias acabou saindo de graça e me levando a ter mais um dia formidável de bebedeira, que só foi terminar mesmo no dia seguinte com um magnífico sanduíce de almôndegas e uma carona tranqüila para casa.
Às vezes é muito fácil achar o mundo um lugar maravilhoso. É só se conectar às ambições certas.
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