sábado, 14 de abril de 2012

Blogger Life 13

Tem um gato preto que vive me esperado na mesma esquina sempre que eu chego de bike tarde da noite. É na esquina da Cesta do Povo aqui de Pericity e parece que basta ele me ver apontando lá da praça que o bichano se acomoda na esquina e vem cruzar meu caminho. Sexta-feira 13 eu não passei por lá.
Semana passada foi muito agitada, além da páscoa, na quarta eu tive que me despedir de uma amiga que eu estava ciceroneando há uma semana, quinta teve o aniversário de minha segunda mãe, Dona Enice Bicalho, o qual imperdoavelmente eu não pude comparecer, porque na sexta tinha 9ª Volta do Recôncavo e eu tinha de providenciar tudo para viajar em 24 horas. Não sei se é desculpa para minha falta ao aniversário, mas o fato é que eu não pude ir, cheguei até a me arrumar, mas não deu e fim.
A semana antes da volta foi completamente louca, descontrolada e sem noção. Minha aversão a veículos motores tá f*dendo o planejamento de qualquer coisa e algumas pessoas estão enlouquecendo com isso, mas não há nada que eu possa fazer. O barulho me irrita, a fumaça me agride e a falta de bom-senso das pessoas dentro dos seus automóveis ou mesmo dentro dos ônibus é algo que eu não faço questão de paricipar. Isso é "antissociedade".

Falando da 9ª Volta do Recôncavo

Acordei às 4h pra pegar Britanny Marieta e cair no mundo, mas quem disse que eu  estava preparado? Queria levar o violão, mas não dava, peguei uma rede emprestada para levar, mas esqueci, tinha a mochila arrumada para passar uma semana fora de casa, mas a desfiz porque achei que tava "viajando" demais. Resultado: não levei nenhum short além do que foi no corpo, nenhuma calça, saco de dormir, lençol... mas cueca eu levei, 3.
Saí de casa quase 5 da manhã, liguei pra Claus que também iria junto com Rafael, achando que estava pra lá de atrasado, mas para minha surpresa a equipe que saiu de Paripe chegou na suburbana ao mesmo tempo que eu. Melhor assim que fomos todos juntos até o Ferry-boat e mais ainda porque evitamos a fila entrando todos pela área de hora-marcada, mas pagando os 15 reais de cada bike para entrar. (Quero deixar aqui meu repúdio contra a cobrança da taxa de bike, pois em nenhum dos Ferrys, mesmo nos mais novos, não há um local adequado para colocar as magrelas.)
Do outro lado tivemos que esperar a Lúcia Saraiva e os Amigos de Bike, que estavam na fila convencional desde às 5h e perderam o ferry que nós pegamos "nas manha". Foi o tempo de fazer umas compras básicas no bompreço e também de comer algo já que eu não tinha tomado café manhã.
A fila era imensa, bem diferente do ano passado em que a chuva fez o povo correr da ilha. Dessa vez a volta foi debaixo do maior sol de verão. Entre esperas e desencontros o que eu posso falar da 9ª Volta do Recôncavo é que quando estamos entre amigos nenhuma dificuldade pode nos parar.
No primeiro dia não tivemos nenhuma ocorrência, nem mesmo um pneu furado. No segundo dia o meu pneu  e o de Lurdinha (amigosdebike) furou, e Rener acabou entrando em Maragogipe por engano tendo que ser resgatado por Luciano (Jurássicos), além de um problema no pedal da bike do próprio Rener que foi resolvido em Cachoeira depois de um chá de espera na oficina e de muita confusão na feira por conta de um ferro de solda para o LED de Isaías. Mas nada abalou a nossa fé.
O banho na Cachoeira do Saco nas proximidades de Santo Amaro foi revigorante e seguimos para o sítio da Tia de Luciano para lembrar o verdadeiro sentido da vida em duas rodas.
No terceiro dia, que deveria ser o mais leve, foi o mais desgastante: 1º por causa do sol escaldante, 2º por causa da bike de Rener que quebrou novamente, 3º porque os apressados estavam loucos para comer a moqueca de Marize em Tubarão e isso gerou um certo desgaste mental, mas quer saber? Foi esplêndido!
Chegamos em Paripe por volta das 16h, exaustos, sedentos, famintos, mas com a alma renovada e pronta pra encarar mais 362 dias no inferno metropolitano até a próxima volta. Só fui voltar pra casa depois das 23h encontrando o meu amigo gato preto na esquina.

Bahia de Feira 2 x 5 São Paulo

Quarta-feira (11) era dia de ver o tricolor em Feira de Santana. Graças a uma desistência de última hora e a uma mão salvadora de uma amiga, na terça eu confirmei minha ida no busú da minha torcida (Sampa SSA). Eu ainda cogitava a possibilidade de ir pedalando até Feira, mas não tinha mais ingresso desde a semana passada. Felizmente tudo deu certo(sempre dá quando se tem fé) e eu fui ver a goleada fabulosa.
Fui de bike até o Extra Paralela, local de onde saiu o busu e deixei Marieta dentro do carro de Paulo. Teria que voltar de lá de bike porque  o jogo acabaria perto de meia-noite e a gente ia chegar de madrugada. Não tinha ninguém pra me dar carona e busu não existe nessa cidade após certo horário, além de minha aversão.
O jogo não poderia ter sido melhor: fabuloso cavou pênalty, fez 2, Lucas fez jogadas lindas apesar de não ter deixado o seu e parecia que estávamos jogando em casa. Foi lindo!
Na volta, 2:30h da manhã, um lanche na Subway do Extra e o pedal de volta pra casa só com Marieta. Pensei que estava vivendo no melhor dos mundo, foi um momento de iluminação e paz que não conseguia compreender. Podia estar preocupado, porque saí de casa às pressas (pra variar) sem câmera reserva, sem kit de colagem, sem bomba de encher pneu e com o celular descarregado. Estava feliz como se estivesse retornando da Final da libertadorres de 2005. Rezei, orei, pedi ao universo pra me proteger nessa vulnerável volta pra casa solitária, mas estava me sentindo no melhor dos mundos: Av. Paralela, Av. Luis Eduardo Magalhães, Av. Suburbana, só pra mim e Marieta.
Cheguei em Pericity advinha quem eu encontrei na esquina da Cesta? Ele, o gato preto. Quase parei pra conversar com ele, mas achei melhor não abusar da sorte.

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