segunda-feira, 4 de março de 2024

Os fins de um preto II

Por volta dos meus 10, 11 anos, gostava de um garoto(??) aqui do bairro  que apesar de "querido" era muito filadaputa. 
A nossa principal diversão aqui nas áreas era guerra de pedras: uns guris atirando nos guris das outras ruas. - Isso era emocionante. -
Tudo ia de acordo só que este menino, que eu achava "lindo", bom de bola e já sabia até andar de bicicleta, era de uma outra rua. Ele se.apeoveirou de um vacilo meu agachado pra catar mais pedrinhas, pegou um bloco inteiro e acertou minha cabeça e eu fiquei ali mesmo. Ele sumiu. Todos sumiram, aliás, tudo sumiu.
Acordei pouco tempo depois sem saber muito bem o que tinha me acontecido e voltei pra casa. Acho que um boné que eu usava salvou minha vida. Tive um galo enorme e com o passar do tempo fui me lembrando e nunca mais quis conta com aquele escroto, que na época eu só queria estar perto por sê-lo bem mais desenvolto do que eu. Queria me desenvolver. 

Nunca mais, desgraças a ele, quis conta com macho algum. 
Os machos são maus, inclusive com suas fêmeas e seus filhos, portanto, sejamos menos "machos" e mais humanos.
Tratemos de tratar melhor nossos semelhantes.
Protejamos nossas fêmeas, filhos, nossos amigos e cuidemos dos mais fracos, afinal foi para isso que viemos parar nesse mundo que mais parece o caos.

#osfinsdopreto

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