quarta-feira, 1 de abril de 2009

Rock das Mulheres

Não sei se eu conseguiria ser justo com todas as mulheres do mundo, ou mesmo ser injusto com as "outras" mulheres, mas quando falo sobre as "minhas" amigas não sei como não falar de amor, como se fossem as maiores, as melhores, mais apaixonantes, lindas, gostosas e etc. Se eu não for amigo das minhas amadas, amor de minhas amigas, apaixonado por todas elas, não estarei sendo justo com a evolução da nossa espécie. E por mais cretino e imbecil que isso pareça não há razão no mundo para se ter um amanhã, pra mim, se não for pra deixar uma mulher, que a gente ama, mais feliz. Seja namorada, esposa, mãe, irmã, amiga, vizinha. A felicidade é o fim, e ponto.
Quando me sinto esquecido, abandonado, triste, pego a bike e vou dar um rolé pela cidade que melhora tudo. Ok! Tudo bem que nem sempre se pode sair, ora pela chuva, ora pela noite distante (pela falta de sinalizações na bike), ou pelo pânico de voltar de longe pra caramba, bêbado. Mas eu sou um cara do rock, galera, e quem tá no rock é pra "SiFu" mesmo, digo, Ser Feliz, em qualquer circunstância. Não preciso de motivo pra ir no rock, mas ver uma gracinha sempre anima mais a gente, leva a gente a ir com mais vontade pra qualquer lugar. Isso é machismo?
Num sábado desses eu resolvi matar a saudade da noite “rockística” da minha cidade por uma causa justa: a banda que tem a baixista mais gracinha da atualidade ia tocar por uma ótima razão que era pra arrecadar uma grana pra uma mini-tour que eles iam fazer pelo nordeste.
Apaixonado por ela, eu? (Quero saber por qual mulher-guerreira-do-rock dessa cidade eu não sou um fã completamente apaixonado?!) Acho que nem posso mais me casar se não for com todas, mas deixemos os matrimônios à parte...
Pra variar, a gracinha da Gabriele estava ainda mais linda. (Ôh Mô Deux!!) E não havia como o dia, a semana, o mês não ficar muito melhor. Aquela sua graciosidade única, cercada de monstros por todos os lados... - Ah! Bitchuca! - E os caras ainda foram me chamar pra pegar o baixo na mão dela para dar uma canja; eu que tinha machucado o polegar esquerdo numa viagem de trem e nem podia tocar direito?... mas não ia perder essa chance de pegar em sua mão e dizer uma desgraciosidade qualquer depois ainda tocar uma música que eu nem sabia qual, acompanhado de nem sei quem mais, mas lá fui eu com minha cara de filadaputa entrando e falando besteira... (Mas eu não poderia ajudar estando "tão apaixonado por ela”). Wuaal!!! Foi massa! 
Eu consegui, Graças a Deus!, me desculpar com ela depois, que sorriu aquela poesia noturna e se picou. A festa teve até blackout, mas acabou cedo e eu voltei pra casa sóbrio e muito mais alegre do que de costume.
Chega o fim de semana, domingo e segunda aqui por Pericity são daquele jeito: arrocha e pagodão por onde quer que você ande e até que seu ouvido pelo menos se acostume é um problema seu.(?) Cerveja quente na praia com o som alto chiando enquanto o cara equaliza tocando Chicletão e Tayrone, pra depois a atração do bar chegar cantando mais arrocha, e mais seresta e pagode. (De vez em quando sobrevive-se. Quando se é do subúrbio de Salvador, Pai!, sobrevive-se a qualquer bombardeio.)

Terça-feira o rock era com baixista macho

Mas é o mais querido e gente boa que eu conheço: Cadinho. Ele ia se lançar em carreira solo e eu não ia perder uma parada dessa. Também iam ter muitas de minhas amigas (amigos também, vá) pra trocar uns abraços, uns carinhos, uns drinques, uns barrunfos, umas idéias, uns “sei lá o quê há quanto tempo!”, e meus ouvidos iriam novamente se sentir confortáveis fora de casa. 
Ah! o Irish! 
- Me veja um litrão aí, essa menina!
Na chegada me bato logo com duas lendas: Robson e Big Brosss, que chegam me saudando por meu reaparecimento no rock . Fico feliz ao me sentir em casa de novo. Saúdo e felicito Cadinho pela sua noite, brinco com outra lenda do rock Messias Bandeira e vou beber do outro lado da rua onde me bato com outro camarado véio, Mateus, e suas belas amigas ukuleleístas aguardando o som no bar começar com umas garrafas de vinho e caipirinha.
Eu nem poderia deixar de falar da minha loucura de sair sem hora pra voltar numa terça-feira, sem carro, bike ou companhia pra rachar um tx ou ubber, ou mesmo uma caminhada, ou virar a noite bebendo. Eu queria era purificar minha alma de tanta podridão que tenho ouvido e visto ultimamente. Chegar cedo e sentar na orla bebendo qualquer disgrama enquanto se mata a saudade de uma por uma, um por um que vai se chegando. Gente que tem tanto tempo que não vejo que nem me lembrava mais, gente com quem tem-se tanta afinidade que nem se sabe como se vê tão pouco, gente de rock, gente de arte, gente amiga, gente amada.
Depois de um tempo, lá do outro lado vejo um sorriso mais que maravilhoso conversando com uns caras. Minha vontade é de ir imediatamente lhe abraçar e não soltar seu corpo até que nossas peles se derretam com nosso calor, mas acho que era o vinho que começava a bater onda (hehe Juro, tive até medo.). Aí o som começou, todos foram adentrando. Continuei do lado de fora mais um pouco projetando uma nova banda com o vinho. (Numa noite de rock cabe é amor, viu?!)
Ainda antes de entrar no som um encontro maravilhoso com uma amiga que não fazia tanto tempo que não via que nem acreditei. Conversamos um pouco (bem pouco aliás), mas matar toda a saudade seria impossível. Nem conseguimos fazer uma foto, mas aqueles olhos e aquele sorriso não se desgravam de minha cabeça.
Quando entrei o som comia solto. 
Pondé dava sua canja enquanto Cadinho e a banda soltavam o braço e o público se divertia. Eu não sabia se queria mais vinho, cerveja, mais rock ou mais alegria. Qualquer coisa ali poderia me fazer sorrir, porém o abraço que eu ganhei no meio do salão foi uma provocação aos homens de pouca fé. Às vezes nos esquecemos que há outro mundo ao redor de nós e, simplesmente ali matando a saudade, viajamos. Apesar de não ter dado vontade de soltá-la esse abraço deu ainda mais sede e eu saí para uma água que se tornou outra cerveja e acabou numa carona inesperada para casa com mais um baixista formidável, Iure, que estava por lá também e ao me ver ficou feliz em ter uma companhia de volta pro subúrbio.
Nem me despedi de ninguém, mas tenho certeza de que o rock falou por mim tudo o que eu tinha pra dizer aquela noite: - Obrigado Mulheres!!! Obrigado rock'n'roll!

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P.S.: Quando um homem agride uma mulher seja com palavras, seja com a violência ele está agredindo ao mundo que ele próprio habita. Se essa mulher for das minhas relações esse cara JAMAIS virá a ser meu AMIGO de fé, pois um animal desse nível não é capaz de ser amigo de ninguém. Nós até poderemos, quem sabe, sim, tomar uma cerveja(???). mas eu provavelmente o mataria se ele aprontasse em minha frente com uma de minhas amigas, amadas, mulheres. (Isso em teoria porque minha fúria, todos sabem, é de paz.)

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