quarta-feira, 4 de junho de 2014

Eu sou um idiota

Às vezes, por ser cabeçudo, eu machuco as pessoas. Elas dizem: "Nossa! Como você é grosso!" Mas não é minha intenção ser rude. A grossura é da minha educação que me manda ser sincero o mais possível.
Às vezes não entendo que existe um mundo entre mim e outra pessoa. Ainda creio que vivemos em mundos iguais embora, em muitos casos, o tratamento que nos é dado pode ser completamente diferente pelos mais variados motivos, mas somos humanos e temos necessidades iguais.
Às vezes não consigo ser tolerante com pessoas que acham normal alguma injustiça, alguma maldade, algum preconceito. Fico puto comigo mesmo quando ajo assim, me envergonho, me redimo quando posso e me puno pelo resto da memória fraca.
Às vezes penso que sei tudo sobre mim e me considero um cara bacana, mas entre o que eu penso, o que pensam as pessoas, a realidade prática e a realidade bruta existem abismos colossais, talvez mesmo universos cheios de matéria e anti-matéria. Existir desexistindo ainda é uma coisa incompreensível demais pra um mundo onde as pessoas querem estar em evidência o tempo todo.
Sei que sou um idiota e isso por hora me basta. Às vezes eu não quero estar certo, não quero ser justo, não quero estar alegre, não quero ver um sorriso, não quero me levantar, não quero sair nem quero ficar onde estou; às vezes eu nem sei mesmo o que é melhor pra nada, mas é assim mesmo. Faço o melhor que posso.

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