sábado, 23 de março de 2013

Delírios políticos e críticas gerais

É engraçado demais ver essa mobilização toda por um cargo numa porra que é só ajuda imaginária (foi mal aí pessoal dos direitos humanos). Eu não conheço nenhum desses políticos "humanistas", "humanitários", preocupados com nada além de suas contas.
Engraçado demais ainda é ver uma  cidade como São Paulo (1º mundo do Brasil) eleger um cidadão desse quilate e depois ver um monte de outros cidadãos que o apoiaram na campanha, ou ficar em cima do muro, ou diz que é do contra, mas o cara ainda está lá apoiado por seus partidos.
Queria ver todo mundo que compartilha mensagens no facebook contra esse sujeito ajudando alguém sem interesse, sem pensar em favorecimento futuro, por amor, por prazer, sem que isso lhe torne menor ou maior.
É uma droga ter que falar em política sabendo que em minha cidade natal (Sto Amaro) ainda há escravos e analfabetos, mas eu não faço nada por lá; que na cidade que eu vivo (Salvador) vejo pessoas catando lixo na rua, nas sobras de feira, mas eu não faço nada por aqui... em todo lugar que eu vou é mais ou menos igual, as pessoas estão na merda e isso é muito mais impactante do que saber quem é o próximo imbecil que vai se eleger às custas de uma massa incoerente, analfabeta e marginalizada.
Elegeram o cara deputado federal e isso nem está em discussão? Só com coisas que colocaram dele no twitter já tinham motivo bastante pra colocá-lo na cadeia, mas eu sei... tem o tal do capital.
A capital paulista pode eleger o deputado, mas o resto do mundo não tem que aturá-lo, concordo. Mas a mim parece que estão todos os carecas comprando pentes. O que esse cara representa é o povo que o elegeu, (e para um puta cargo sério do caralho, deputado federal) mas eu vou fazer o que? "Não sei o que é direito, só vejo preconceito" Um pastor de igreja, homem de Deus, devia ser alguém em quem podíamos confiar, pelo menos aqueles que acreditam na tal religião. 
Pessoas que não respeitam mulheres, nem negros, nem as pessoas pobres a não ser para lhes tirar o dízimo e os votos; que, enquanto veem os outros lutando por justiça, debocha e desdenha, depois, entre seus iguais, sorri garbosamente da sorte de ser branco e rico num país como o nosso. "Hoje eles pedem o seu voto, amanhã mandam a polícia lhe bater". Essas pessoas ainda estão presentes em nossa sociedade e muitos os toleram como se isso fosse normal, como eles fossem pessoas sadias, mas não são. Nem mesmo num regime político tolerante como o nosso pessoas como essas deveriam assumir  cargos públicos.
Mas eu sou apenas um baiano negro suburbano falando de um político branco rico e paulista. Poderia falar sobre a política local onde os empresários de ônibus, sob a figura do SETPS, não permitem que a população tenha acesso a outros meios de transporte.   
- Sabe porque eu não posso pegar o trem no comércio? 
- Porque há muito tempo atrás, quando o antigo "dono da Bahia" era vivo, alguém disse que era inviável o trem ir da calçada ao comércio e o povo engoliu, mas os trilhos estão lá e o espaço para a circulação existe, e e se faltar uns 100 metros o que não falta ali é terreno pra desapropriação. Mas você acha que eles querem trem no comércio? Querem nada! Querem shopping.
Mas tudo bem, até a década de 1990 o term ia do bairro da Calçada até Juazeiro, mas um outro "dono de almas" por essas bandas resolveu passar o asfalto em cima e se eleger às custas da invenção de uma rua em Paripe. 
E agora nos encontramos aqui: com um trem subutilizado, um sistema de ônibus ineficiente, sem metrô e até sendo desaconselhados a andar de bicicleta pela "mídia esclarecida". Queria filosofar em alemão, mas eu não sei...  eu admiro o humor dos alemães de ao invés de mandar os outros tomarem naquele lugar pedem apenas uma lambidinha.
Ano que vem tem mais uma eleição e poderemos trocar todos os deputados, ainda tem copa do mundo, podemos deixar os estádios vazios, mas eu pergunto: você vai? Trocar? Deixar de ir? Utopia é pensar em urnas vazias e um outro esporte mais importante neste país do que o comodismo.

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