sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Blogger life 28

Engraçado é que ontem a noite eu tinha me decidido a ficar em casa, pois não esperava que nada fosse me fazer me sentir realmente bem. É esse período sem sair de casa, sem bike, sem trabalho, sem namorada, cheio de inspiração e sem nada pra inspirar; é uma péssima sensação, me sinto mais que um doente, um inútil, como seu eu fosse ainda mais desagradável do que realmente sou. Não acredito que alguém que se sinta assim possa realmente ter algum sucesso, mas meu otimismo é surpreendente, só não é mais surpreendente do que minha sorte. Talvez não seja sorte, enfim, mas quando eu não me sinto bem e faço um esforço para melhorar sempre acabo recompensado, sempre recomendo isso a meus amigos e tento lhes livrar do baixo-astral, mas quando assunto sou eu mesmo, um completo fracasso se revela, a simples incapacidade de enxergar além do que se vê.
Advinha? Se fosse nos bons tempos eu enchia a cara de cachaça e ficava tudo bem, mas aí eu provavelmente não ia dar de cara com alguém que só em pensar eu fico alegre, e depois  mais um monte de gente bacana, e poder trocar aquela ideia xeque com a barreira da balada, do rap, do ragga, Da Ganja tava lá, Paulo Emílio foi comigo, Fall, Alex, Gabi, Rosalba, Manu Maia que linda! Se eu tivesse ficado em casa não ia poder sorrir com essa gente toda.
Aí, sabe aquela garota que você sempre quer encontrar "soltinha por aí" e pensa em um monte de coisa pra falar pra ela sem parecer babaca, imbecil ou otário, fora o medo de gaguejar, babar ou cuspir, falar alto demais, estar com bafo, parecer maníaco. Quando encontramos garotas assim essas coisas todas passam pela nossa cabeça. Talvez somente pela minha, mas como é que eu vou saber? Sei que ainda me sentia péssimo, e parecer atraente/interessante nunca foi meu melhor truque. Mas sabe aquele negócio da sorte? Ela não só tava "soltinha", como também estava inacreditavelmente linda. O que é que eu ia falar pra ela?
Queria que o inverno acabasse logo, mas sei que até mesmo esse ódio pelo frio é mal de solidão. Fato. Com a mulher certa eu ia querer ficar de cama o dia inteiro, só no chazinho e no carinho, no friozinho...
Tem horas que eu mesmo acho que sem beber estou mais puta. Quando é que eu ia perder uma chance de falar com uma gracinha seja a merda que for? Perguntar se ela caiu do céu, se vai chover amanhã, se ela quer casar comigo? Bêbado eu sempre perguntava a coisa errada, mas não me aputava. (Parei de beber porque mesmo?) Pra eu ser mais covarde só faltava ela vir sambando e sorrindo em minha direção, e ela bem que veio, mas o som era outro e o sorriso não era pra mim, mas como ela estava linda dançando... deu vontade de fazer uma canção pra ela dançar só pra mim, mas eu sou tão egoísta... todas as canções de amor são idiotas. 
Salvador é realmente um lugar especial. Não existe cidade como essa.
Eu não posso acreditar num deus que não saiba dançar.

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