domingo, 12 de dezembro de 2010

O pivete amalucado

A gente às vezes não se dá conta de como nasce uma amizade; de como uma pessoa que você nunca viu antes de repente se torna um grande amigo e lhe proporciona momentos que jamais se pensaria acontecer, simplesmente porque não se tem noção de como essas coisas acontecem. Mas nossos amigos, aqueles que nos fazem sorrir das coisas mais estúpidas, sempre nos dão um sentido maior para as coisas de pouca importância.
Há uns dois anos eu conheci um "guri" chamado Lui. Ele morou toda sua infância a 100m de minha casa, mas nós nunca tínhamos nos encontrado até um belo dia de ressaca de junho quando fomos com amigos em comum fazer um passeio de trem até Paripe. Minha primeira impressão era de que aquele pivete era meio aviadado, mas fui vendo com o passar do tempo que na verdade era o seu jeito completamente diferente dos "guri" aqui do bairro ou fora dele. Na verdade depois de uma certa idade você não presta atenção nos meninos, só nas meninas dessa idade. Lui parecia um garoto louco, com pequenas nuances de um filhinho de papai enjoado. Até hoje essa foi a única vez que nos vimos, mas, por incrível que pareça, continuamos nos comunicando pela internet.
Acho que por eu ser mais velho aquele sacana sempre me pedia conselhos sobre as coisas mais malucas, mas  eu como um porra louca experiente sempre tentava dar as melhores soluções: "manda se fuder!", "manda tomar no cu!", "se foda!" e coisa do tipo. Sempre gostei de conversar com o pivete embora confesse que nunca tenha o procurado pra tomar uma.
Em agosto desse ano eu viajei para passar meu aniversário na imensidão de São Paulo e quando estava no meio do nada, pedalando, me sentindo sozinho, eis que o Lui me liga desejando feliz aniversário. O "pivete aviadado" havia respondido naquele momento a uma pergunta que emergia: "será que meus amigos sentiriam minha falta?"
Aquele guri hoje faz aniversário e por causa de minha vida maluca eu não consegui ir até lá lhe dar um abraço(ele não mora mais a 100m de minha casa), mas espero, do fundo de meu copo de conhaque, que ele tenha um puta dia foda do caralho e que em momento algum em sua vida tenha dúvidas que as amizades que conquistou sendo amalucado do jeito que é são verdadeiras e valem a pena.

- Lui, meu brother! Beba muito! Coma todas! Bote pra fuder! E o mais importante: Não faça nada que eu não faria!(hehehe) 
Te amo, pivete!

Um comentário:

  1. Parceiro, de coração, obrigado pelo magnífico texto. Você mesmo sabe que mesmo não tendo nenhum contato, somos grandes amigos, man, valeu valeu mesmo, obrigado pelo post, e eu também te amo cara !

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Aprecio muito!

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