quinta-feira, 20 de maio de 2010

Manobras perfeitas

Terça-feira à noite eu fui dar um abraço em minha amiga amada Lu, e tomar umas em comemoração a seu aniversário. Mas o detalhe é que antes eu tinha marcado com a galera daqui pra bater o pedal, que rola todas as terças no Aeroclube. Por sorte, ou azar (sei lá?!), a galera desistiu de ir pro Aeroclube alegando cansaço (putas!). Eu é que não sou puta de ficar uma noite esplêndida daquela descansando em casa.
Falei com Lu que iria lá e parti, não sem antes conversar com Antônio (O Oráculo), para ter uma pedalada tranqüila de Periperi até Brotas.
Indo e vindo pela suburbana a gente acaba, por osmose, conhecendo cada macete da pista. A gente acaba pegando as manhas de fazer a trip ter menos percalsos. Uma dessas "manhas" é andar sempre pela pista de velocidade, mas eu só aconselho se o cabra estiver bem fisicamente e tenha muita atenção e domínio pleno da bike, pois o menor vacilo pode ser a alegria de alguma funerária. Não andar lado a lado com os carros também é uma coisa muito importante. Se estiverem com a mesma velocidade, fique atrás, ligado em quem vem e no que vem pela frente, isso é uma mão na roda.
Pedalar na suburbana não é uma coisa 100% tranqüila, mas, "nas manha" não rola stress. A porra começa a pegar é na Calçada. Quando chega nos Mares as coisas ficam mais tensas. São vários carros indo e vindo para todos os lados, sinaleiras, pedestres.... além dos "motoqueiros kamikases", que vivem procurando um jeito de morrer mais rápido.
Além de perícia, a sorte tem que ajudar, abrindo ou fechando sinais num momento em que a gente não precise desacelerar, ou colocando um motorista brother que te dá a preferência em algum momento que não altere seu itinerário. Nesse dia eu tive um pouco de tudo isso e atravessei o bairro da Calçada "de boa", tendo espaço e sangue frio suficientes pra fazer a curva no estilo Valentino Rossi.
Dali em diante é só alegria na Salcity, exceto quando a gente chega no Vale de Nazaré, que tem que andar alguns metros no meio dos carros. Nessa hora a sorte também merece ajudar, pois não tem como esperar os carros pararem de ir e vir, a não ser de madrugada, o que não era o caso. Graças a Jah eu consegui fazer bem a transição, mas logo depois a marcha não me ajudou e eu tive que parar no paredão que fica antes do posto Esso.
Eu tava vendo a hora de me fuder ali, pois não tinha como sair dali pedalando e tampouco de atravessar a rua já que eu ia subir a ladeira Rodolfo Pimentel. Esperei uma brecha no fluxo de carros, ajeitei minha corrente e desci pela contra-mão e dei a volta lá embaixo pra pegar a ladeira, senão não subiria tão cedo.
Graças a meu bom Jah, cheguei no boteco são e salvo e pude abraçar, todo suado, minha amiga e seu filho lindo além de poder tomar umas belas cervejas esplendidamente geladas e compartilhar da companhia de pessoas tão legais quanto loucas, como todas as pessoas adoráveis são.
O detalhe é que eu só cheguei em casa hoje de manhã, mas isso são outras histórias.

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