domingo, 23 de maio de 2010

Demência Voluntária

Eu não entendo como algumas pessoas conseguem ser tão irracionais e fingir que isso é natural. Não entendo como é possível uma pessoa deliberadamente transformar uma bobagem qualquer em uma experiência desagradável. Isso acontece em várias relações e níveis de relacionamentos e por mais que eu tente ser compreensivo eu nunca vou entender, mas não me surpreendo mais. O que eu temo é que um dia eu tenha a “sorte” de não estar tão disposto a achar graça da imbecilidade alheia e compartilhe do sentimento de “demência voluntária”.
Esse comportamento, apesar de engraçado, pode ser muito nocivo não apenas físico, mas principalmente no que diz respeito ao bem-estar pessoal ou coletivo. O “demente” não se dá conta que ao provocar uma situação de stress ele pode perder muito além dos dentes e ganhar muito mais que hematomas, ou seja, ele simplesmente encara a própria estupidez como se fosse realmente uma questão de honra defender uma postura irracional.
Algumas dessas pessoas são mesmo muito dedicadas a se tornarem ícones de estupidez. Eu tento achar um sentido na forma das pessoas agirem de certa maneira, mas não dá. Simplesmente não dá!
Nós homens temos um lance de auto-afirmação que não reconhece certos valores. Quando o assunto é mulher então nem se fala, mas o que eu estou querendo mostrar é a estupidez gratuita. Aquelas situações onde não faz o menor sentido discutir com alguém, mas a gente discute apenas pra se sentir o fodão. É algo tão imbecil, que caras fracos provocam caras mais fortes, que pessoas que não sabem nada sobre determinado assunto argumentam como experts e por aí vai. Isso é o que agora eu posso chamar de "demência voluntária", que é justamente quando o homem abre mão da sua inteligência.
Essa falta de coerência de algumas pessoas é tão nociva à sociedade quanto ao próprio idiota ativo. Às vezes é inveja do pênis, da altura, da beleza, da namorada, do dinheiro, da posição; às vezes é apenas pra se sentir menos inútil, ou pra alimentar o prazer facínora. O que sei é que essas pessoas são um mal desnecessário à existência humana, mas, como elas são bem reais, devemos ter todo o cuidado para não lhes causar ainda mais sofrimento do que elas próprias carregam com a sua falta de senilidade e bom senso.
Essa semana, numa festa, no momento de tirar a água do joelho eu descobri que todos os “mijadouros” possíveis estavam ocupados, mas eu estava realmente muito apertado e pensando em voz alta eu me perguntei se poderia mijar na pia. Infelizmente um desses dementes de plantão ouviu meu questionamento e começou a dar xilique de que ali não era lugar de mijar, porque outras pessoas utilizam a pia etc. Expliquei, da maneira mais educada possível, estando com o pau na mão e no meio de uma mijada fabulosa, que mijar na pia ajuda o planeta, pois economiza água e evita filas, mas você acha que ele ficou satisfeito? Que nada! Acho que ele se sentiu em seu momento “Barbara Streisand, Nasce uma estrela” e passou a discutir com alguém que não estava lá. Terminei minha mijada e saí logo atrás dele só pra ver até onde ele defenderia sua demência, mas, defendendo minha filosofia “irracional” de não stress não quis alimentar mais conversa e fui pro meu canto produzir mais xixi na companhia de alguém que realmente valia a pena se estabelecer qualquer contato.

Um comentário:

  1. Amigo, sou adepto dessa modalidade de aliviar a bexiga!
    Vamos fazer o movimento:
    -"Mije na pia e salve o planeta!"
    Não sei porque você ainda subestima "a infinita capacidade do ser humano de fazer besteira" e encher o saco dos outros... risos.

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