segunda-feira, 31 de maio de 2010

Eu odeio ser repetitivo (ou) O fim do mundo

Eu sou um cara apocalítico, mas sou bastante otimista, porque acredito não haver sentido algum em ser diferente, afinal, viver achando que tudo vai piorar não é uma maneira muito inteligente de se viver. Mas eu não consigo parar de pensar que esse mundo que a gente vive na verdade já chegou ao fim há algum tempo.
A ONU estima que em 2050 a população da terra será de mais 9 bilhões de pessoas, mas isso, como tudo em relação ao ser humano, pode não se confirmar.
Segundo os institutos que acompanham o "estado da terra", seus índices de crescimento e essas merdas, no ano passado o consumo da humanidade ultrapassou em 40% a capacidade de suporte e regeneração do sistema-Terra. Quer dizer, estamos consumindo uma terra e mais 40%, mas ninguém sabe de onde vem esses 40%. Deve ser das especulações, mas eu não sou economista nem pesquisador. E não sei o quanto é prudente se preocupar com essas coisas. Isso serve para nos tornar pessoas ainda mais negativas e desesperançosas.
O que me intriga mais que o planeta que não mais existe é a capacidade que as pessoas tem de arranjar desculpa para seus crimes, suas faltas e seus defeitos. Se o cara paga 10 reais pra se livrar de uma multa, é porque ele é um cara batalhador e não pode tirar o leite dos meninos, além do mais o guarda ganha mal e esses 10 reais já ajuda na cervejinha; Se alguém assassina um ciclista no acostamento é porque o ciclista não devia estar ali; se o cara espanca a esposa é porque ela era uma puta e por aí vai. 
Eu sei o quanto isso é demente, mas o que me irrita de verdade é que se você não tentar dar um "jeitinho" em alguma situação clara de irresponsabilidade sua a qual teria conseqüências já previstas como multas, ou algum outro prejuízo financeiro ou não, será chamado, na mais simpática hipótese, de otário, vacilão ou qualquer coisa que o valha. Ninguém pensa em simplesmente reconhecer seus erros e aceitar a pena. É lamentável ver que as pessoas se esforçam cada vez mais para se tornarem piores. Se o profeta Maomé estivesse aqui ele começaria a mudar o conceito de Jihad: "a busca de cada sr humano para se tornar uma pessoa melhor e ajudar sua família e comunidade" para algo do tipo: "a busca de cada ser humano em ser mais 'sabido' que o outro".
Outra coisa muito ruim da humanidade é a mania de querer "se dar bem" sem se importar com as conseqüências. Levar sempre vantagem é como o ópio, e como tal provoca uma euforia hipinótica e irracional. Ninguém gosta do que é justo.
Com essa "humanidade" que temos hoje não dá pra ter esperanças de um mundo melhor, mas não ter esperança é uma tolice.
É uma pena que além de termos que viver num mundo que já está destruído ainda tornamos nossa convivência cada dia mais insuportável.

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