segunda-feira, 11 de março de 2019

Agiremos ou coagidos seremos?

Sempre que paro para uma notícia, assistir, ler, ou ver acontecimento que será noticiado, penso em como é importante ter algum jeito, cuidado com as palavras, em como dizê-las de uma maneira bem eloquente de modo que sejam compreendidas logo, bem interpretadas; saber ser um bom comunicador sem ser angustiante, trágico, depressivo, ou até mesmo sê-los no momento certo usando de toda a habilidade, dialética e o vocabulário possível é, considero, o mais importante. Porém tem algumas notícias que mesmo depois de ler na internet, assistir na TV e ouvir no rádio continuam incompreensíveis para mim. Talvez seja dislexia, mas também pode ser saúde por não compreender certas estupidezas. Um bom exemplo é o nosso VLT que será mais caro, mais lento e ainda por cima vai mais longe que o trem de hoje, mas só pode ir até ali, enquanto o trem PODERIA ir de norte a sul do país com menos investimento, mas eu queria falar era de comunicação.
A televisão foi saindo de minha vida. Na TV os personagens estão sempre sendo fantasiados de modo que quando você assistir a notícia saberá bem que lado você deve ficar, caso não queira virar um “inimiguinho público”. Parei de ligá-la automaticamente quando chegava da rua, passei a ligar apenas nos telejornais da manhã ou da noite até que ela caiu do pedestal e se quebrou. Fiquei puto! Confesso que quando olhei minha tela quebrada eu quase chorei, mas percebi que aquilo era apenas a continuidade da minha saída desse sistema de idiotização o qual era forçado a participar idolatrando idiotas e consumindo idiotismos.
O dia da morte de Boechat foi um grande baque. Ele não só era dos poucos que valia a pena assistir, como até mesmo o rádio tinha voltado a ser ouvido por causa dele. Inteligência e cuidado com as palavras era o que dava pra se tirar dos seus discursos, debates, devaneios etc. Era agradável na maioria das vezes, no mínimo levava a uma reflexão mais séria, às vezes aos sentimentos humanos. Não tive como não me entristecer e chorei muitas vezes. Perdemos uma grande figura jornalística e humana.
Mas não podemos dar descanso à nossa inteligência humana, pois continuaremos com os outros noticiadores superficiais e sem o devido trato com os vocábulos tentando nos enganar e nos levar para o lado da história que eles quiserem nos convencer. Isso é nojento de se ver.

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