domingo, 9 de julho de 2017

Sai de casa, filho! Depois você se arruma. (Saindo pro pedal junino)

Se a gente não sabe o que quer da vida não adianta tentar porque não vai ser organizado. Passei a noite acordado ainda tentando ter a certeza se viajaria ou não. Não tinha dinheiro, não tinha nenhuma mochila inteira, não sabia como transportaria minha bagagem, meu violão, notebook… tudo o que eu tinha a certeza era a de que precisava sair de casa, de Periperi, de Salvador, do mundo, quiçá?! imediatamente, pois minha cabeça estava sendo muito perturbada, seguindo intranquila, insatisfeita, infeliz, sei lá. Queria me encontrar em alguma montanha e de lá receber a iluminação que me traria de volta à felicidade plena.
3h da manhã fui começar a arrumar as coisas e quando já estava tudo preso no bagageiro ele simplesmente desceu e eu tive que desamarrar tudo e consertar pra depois amarrar de novo enquanto o telefone tocava de 5 em 5 minutos com Arlíntone já na casa de Tetéu me enchendo o pneu, não, o saco pra eu chegar logo em Paripe e a gente se sair, mas estava ficando difícil falar no telefone e arrumar a bagagem. Pedi para saírem na frente. Consertei, arrumei e já ia saindo, mas lembrei: “sem uma sandália?”, peguei ali naporta e prendi no elástico por cima de toda a bagagem. Saí sozinho pela estrada velha admirando o vale do Paraguari e avancei pelo CIA sentindo e curtindo o ar da manhã da Mata do Cobre, penetrando na BR ainda com um início tímido de um dia nublado.
Uma pequena chuva após o pedágio, mas foi só um chuvisco pra intimidar, ou animar um espírito vacilante. Na primeira entrada de Candeias me encontrei com os outros Jurássicos: Tota (Arlíntone), Tetéu (Emanuel) e Lourdinha. Invadimos a cidade e lá dentro nos encontramos com o último componente da turma, PC (Paulo César) completando o grupo Jurássico Ciclístico para esta viagem. Éramos o “Quinteto Fantástico” que nada poderia parar ou mesmo desanimar.

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