terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Uma colher de açúcar no café quente

Só quero voltar a “eu”, eu somente)
Não sei quem somos “nós” naturalmente
Em que mundo vivemos? socialmente?
Quanto mais sei dele (o mundo) plenamente
mais me atrapalho

Houve uma vez
uma enchente
Que inundou toda a imundície vigente
No entanto o mundo hoje igualmente
Precisa de um banho mais decente
pois é muito mais imundo. Certamente.
E Deus que não se pronuncia novamente?
Não nos mostra sua face benevolente??
Não demonstra dar a menor IMPORTÂNCIA
Conosco, seres humanos incoerentes

A cada dia surgem mais
templos de descrentes
A cada dia há mais
violência de inocentes
E onde está a salvação?
O que é “Glória”?
Quem é o “salvador” que fica olhando tudo se acabar?
A odisséia terrestre está num buraco
UM VÁCUO
Fora dele me preocupa é que
Quem sou eu afinal?
Alguém me diz?
Sou tantos personagens que não consigo me encontrar em mim
E quanto mais me desconheço
Mais eu fico transparente
Mais eu tenho medo
de desaparecer completamente
Como uma colher de açúcar no café quente

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