Só quero voltar a “eu”, eu somente)
Não sei quem somos
“nós” naturalmente
Em que mundo vivemos? socialmente?
Quanto mais sei dele (o
mundo) plenamente
mais me atrapalho
Houve uma vez
uma enchente
Que inundou toda a
imundície vigente
No entanto o mundo hoje igualmente
Precisa de um banho mais decente
pois é muito mais imundo. Certamente.
E Deus que não se
pronuncia novamente?
Não nos mostra sua
face benevolente??
Não demonstra dar a
menor IMPORTÂNCIA
Conosco, seres humanos incoerentes
A cada dia surgem mais
templos de descrentes
A cada dia há mais
violência de
inocentes
E onde está a
salvação?
O que é “Glória”?
Quem é o “salvador”
que fica olhando tudo se acabar?
A odisséia terrestre
está num buraco
UM VÁCUO
Fora dele me preocupa é
que
Quem sou eu afinal?
Alguém me diz?
Sou tantos personagens
que não consigo me encontrar em mim
E quanto mais me
desconheço
Mais eu fico
transparente
Mais eu tenho medo
de desaparecer
completamente
Como uma colher de
açúcar no café quente
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