terça-feira, 24 de maio de 2011

Nunca antes, nem depois, nem agora

Tive uma noite péssima. A chuva sempre me deixa de baixo astral, sem poder sair de casa, sem saco pra fazer nem um serviço caseiro. Por causa do fim de semana que apesar de ter sido muito bom acabou causando uma mudança em meus planos. Nada pra aliviar a impossibilidade de sair, nenhum motivo para escrever sobre coisa alguma, apesar de ter muito a dizer sobre um monte de coisa: código florestal, sustentabilidade, bonsai, rock rocket, homofobia... mesmo com tanto assunto eu não conseguia achar nada agradável.
Assisti a um filme na TV que eu já tinha assistido só pra ver se o tempo passava e o sono vinha, mas nada. Jô Soares cada dia mais sem graça e desinteressante, o telejornal é aquela coisa de sempre: misérias, mortes e enganação. Mudar de canal não mudou a perspectiva. Nenhum dos quase 1000 filmes baixados me seduzia, mesmo assim peguei um: "Fanding of cries", péssimo. Neveguei mais algumas horas e quando terminou o telecurso eu finalmente desisti e desliguei tudo pra tentar dormir, mas só porque a chuva ainda caía.
Acordei 20 minutos depois com o despertador do celular: 6 da manhã. Volto a dormir e às 9h minha mãe me chama para qualquer coisa. Vou ao banheiro para uma barrigada matinal (sim, eu podia poupar isso) e um banho revigorante, mas a campainha me interrompeu. Era Wilson para a gente terminar o Informativo do Instituto Pau Brasil atrasado 2 anos. Às 11:30h ele se foi e eu voltei ao banheiro para tentar mais uma vez tomar um banho, mas a campainha novamente me interrompe. Atendo ao rapaz que veio recolher uma doação, quando fecho o portão alguém me grita da rua, era um colega do basquete pedindo uma grana emprestado, que eu logicamente neguei (eu jamais dou dinheiro, sou um fudido). Entro e olho pro jardim inacabado. Preciso de sálvia.
Desisti do banho(tem dias que a gente não consegue nem cagar em paz), tinha que colocar o feijão no fogo e fui separar os temperos, bacon, calabresa... aí passo pela varanda e vejo a corda de roupa caída. Pego furadeira, extensão... volto à cozinha, corto os temperos e os complementos. Encontro o espinafre que eu comprei na sexta-feira e ainda estava no saco, aproveito e lavo todo para guardar, pois não pretendia comê-lo agora. Tudo o que sobra dos temperos e do espinafre vai para o jardim e lá se vai o meio-dia, e eu ativo ainda sem café da manhã. 
Nada do feijão cozinhar mesmo depois de ter ficado a noite inteira se amolecendo na água. Consertei o varal, dei uma olhada nos bonsais, conversei rapidamente com minha mãe que reclamou por eu não tê-la atendido antes de tudo, mas ela já não queria mais nada, provavelmente nem queria antes, era a saudade. Engraçado como isso parece estranho, mas não moramos na mesma casa. (Aliás, tudo em minha vida é estranho até as relações familiares, mas isso eu não vou explicar em blog.)
13:30h fiz o meu desjejum. Estava exausto mentalmente, mas fisicamente disposto. O tempo estava mais animador, mas eu segui sem nenhuma inspiração. Tempos atrás eu tratava de me apaixonar e buscar inspiração numa garota que ainda que nada tivesse de perfeita servia a meus propósitos, mas agora, apaixonado por todas as mulheres do planeta, isso não tem me ajudado muito.
Tentei sair pra comprar os parafusos da estante do quarto que eu estava tentando fazer, rezando pra chuva não inventar de cair novamente quando eu estivesse saindo saindo. Saí. Cheguei.

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