terça-feira, 14 de outubro de 2008

Boom na sua cabeça

Já li quase todo tipo de coisa sobre o Boom Bahia, concordo com umas, discordo de outras e tem coisa que é bom nem comentar. A verdade é que há muitos anos não rola um evento tão bom nessa cidade. Peca um pouco pelo pouco espaço da Tereza Batista e pela cerveja Sol, que começa a sair quente antes do fim da noite, mas a organização e as atrações realmente estão botando pra fuder.
Esse lance de horário é importante pra caralho, acho que as pessoas deveriam se acostumar a cumpri-los. Como de costume os eventos no Pelourinho não costumam atrasar, pois o povo de lá cobra mesmo essas porras. (ou pelo menos cobrava)
Nessa onda quem se fode sempre sou eu, por dois motivos simples: Não gosto de sair antes das 10 da noite e gosto menos ainda de sair de Periperi domingo à tarde, a menos que seja pra ver a seleção jogar(SPFC) em algum bar com a galera. Mas esse fim de semana eu tive que me fuder um pouquinho, pois o rock me chamava e ele também merece alguns sacrifícios, além dos amigos e amigas que tinha oportunidade de encontrar depois de algum tempo.
No sábado eu já comecei me lenhando. Saí de um seminário já quase 17h e algumas bandas já tinham tocado, mas pude ver Os irmão da Bailarina com um show um pouco mais pesado do que eu me lembrava e achei muito bom.
O show da Lou está cada dia melhor, mais maduro (no bom sentido) e mais empolgante. (Creio que um próximo disco será matador.)
A Teatro de Seraphin foi a única banda que me fez realmente lembrar porque eu ouço rock. Comecei nos anos 80, ouvindo o punk e o pós-punk. Nesse temo aqui existiam bandas como Não, Boy Subterrâneo, Via Sacra, bandas que se preocupavam bastante com os conteúdos de suas letras e tinham sempre algo a dizer além de seus cabelos desgrenhados e suas roupas rasgadas. Foi o momento mais calmo da noite, mas não o menos prazeroso. (antes que alguém diga alguma gracinha: papo-cabeça de cu é rola!)
Depois teve uma banda de Pernambuco chamada Sweet Fanny Adams, que, apesar da posição ingrata, não deixou o prazer de ouvir música deixar o local, mas o que todo mundo queria mesmo era ver os Retro e os caras não nos decepcionaram.
Fica meio chato falar que o show foi do caralho, mas muito melhor que o show deles foram minhas parceiras de dança. (e pensar que há 15 anos atrás era raro se ter uma mulher para dançar em shows de rock) Não vou destacar nenhuma delas pra não gerar ciúmes, mas hoje eu só acredito numa festa na qual eu possa dançar além de ficar pulando feito um doido e o primeiro dia do Boom Bahia foi matador.
No segundo dia, como era de se esperar, mais uma vez eu cheguei atrasado e quase perco a banda que me fez realmente sair de casa, a Declinium. Não pelo fato de nosso baterista estar tocando, nem pelo fato de serem grandes amigos, mas pela qualidade sonora, refinamento das guitarras e a voz daquele sacana que é realmente muito foda. Aliás se fosse fazer um concurso, Théo Filho e Orêah iam disputar pau-a-pau a melhor voz masculina. Cheguei ainda na metade da primeira música e pude curtir quase todo o show relativamente quito no meu canto, sendo interrompido vez por outra por algumas pessoas que eu não tive tempo de cumprimentar à minha chegada. Ouvir a música "Estranhos" ao vivo sempre me traz recordações de tempos imemoráveis e bastante felizes, apesar de ser um rock triste.
Depois foi a vez da Berlinda subir ao palco, mas foi um show que eu acabei nem curtindo muito por dois motivos básicos: era a hora que eu estava de fato começando a curtir o ambiente e o vocal tinha uma "vozzinha" meio afetada bastante irritante à minha "macheza". hehehe
Alguém já tinha me falado alguma coisa da SubAqüático, mas eu não conseguia lembrar o que era, mas quando os caras começaram o show e foram destilando seu set list descobri que se não tinham me dito que era uma banda do caralho, mentiram. Foi realmente a coisa mais supreendente que eu podia esperar no dia que seria o mais "calmo" do festival. (Encontrei mais uma banda capaz de me tirar de casa)
Também teve suas surpresas negativas, mas isso nunca foi novidade pra mim. A Curumim & The Apins ficou meio perdida em minha cabeça. Apesar de eu até gostar do som que eles fizeram, acho que eles ficaram meio numa roubada, pois depois da SubAqüático eu queria era mais rock e não aquela xurumelança hype, mas enfim...
Chegou a vez de Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta, de quem eu tenho a maior mágoa por eles nunca tocarem "Daikiri" nos shows e esse não foi diferente apesar de minha súplica à beira do palco. De novidade pra mim mesmo foi a presença de mais uma guitarra no show o que deixou seu Ronei bem mais à vontade no palco e realmente transmitindo a empolgação que é o show dos Ladrões. Pedrão, Edinho e Sérgio, além de Ronei e do "novo" guitarrista, que também é o guitarra e vocal da SubAqüático, são uns dos grandes heróis do nosso cada vez mais sólido rock baiano.
Agora é esperar a quarta-feira e eu tenho certeza que Bruninho Pizza, Nancy e seus comparsas invisíveis, porém bastante audíveis façam memoráveis apresentações.
Espero conseguir estar lá.

Um comentário:

  1. tinha reparado mesmo na profusão de mulher no show, thi.

    valeu por falar do sábado, que eu não pude ir.

    e no mais, ainda concordo contigo. curumin não me encantou e ficou pior pra eles depois da subaquático.

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