sexta-feira, 7 de junho de 2019

A magia louca de um domingo suburbano

Podem dizer o que quiserem de minha cidade imunda: Salvador; de meus conterrâneos soteropolitanos: "preguiçosos e sujos"; e do meu péssimo costume de achar em tudo uma desgraciosidade obscena. Mas eu posso lhe garantir que a beleza desta urbe não tem nada a ver com a minha ou a sua disposição em encontrá-la e sim com a sorte involuntária de experimentar a felicidade pura e simples de estar em harmonia com o seu ritmo (não estou aqui escrevendo sobre música). 
Num domingo eu e minha "esposa" fomos para uma pequena feira na intenção de planejarmos o dia, mas logo na saída de casa os vizinhos chamaram pra dividir umas latinhas e fomos pra rua também nessa missão(cervejas).
Depois de uma pequena visita à Feira do Gavião, onde resolvemos todos os problemas culinários, paramos para uma pequena dose erva-doce no Pela-Porco de nosso amigo Dudu e chegando lá já nos ofereceram uma outra birita que deixou o anis-estrelado em segundo plano.
Na "vitrola" martelava um arrocha desgraçado, mas foi trocado por um reggae que estava sendo insistentemente solicitado por um bêbado que já se fazia presente desde cedo. Nos tornamos amigos: eu e o Bêbo. Tomamos umas geladas em garrafa, mas me lembrei que estava deixando os vizinhos esperando uns minutos a mais as latinhas que dividiram com a gente na saída de casa.
De repente, chega umas cavalas frescas na porta do bar e, altamente sedutoras, nos faz investir numa moqueca para o almoço.
De repente, estamos em casa, está cheia de gente e estão todos alegres. Saímos para apreciar um pôr do sol psicodélico, onde o prédio de Ivete Sangalo reflete uma luz que reflete no mar do Bonfim, que reflete no morro de Escada, Rio Sena e Praia Grande. São verdes, abóboras, amarelos..., em tons de cinza e azul da cor do mar com bons amigos e um amor sincero.

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