domingo, 21 de outubro de 2018

Agora faça ele seu Presidente, fasça!

O "FASÇA" é aquele cara que só tem amor-próprio e não quer que alguém o tenha. Acho que estou me encaminhando pra isso. Imagine você!: negão, pobre, suburbano, andando num trem oferecido há 158 anos, pagando 50 centavos pela passagem, podendo se mover por toda a orla suburbana: para um lado até Simões Filho e fazer o transbordo para outras regiões do Estado; pro outro até o comércio podendo fazer o transbordo com metrô que também chega até lá via túnel e é mesmo o grande marco do desenvolvimento de sua linda capital, pois, finalmente, unirá a cidade em prol de um desenvolvimento comum. Trabalhadores, estudantes, idosos, deficientes físicos, todos com um sistema de transporte rápido, eficiente, barato e sustentável, quem sabe indo até a ferrovia Norte-Sul. Já pensou poder ir até o Pará ou até o Rio Grande do Sul? Mas o mundo não é assim, nosso transporte não é assim, nunca foi e jamais será. Que pena!
Agora meteram goela abaixo um novo transporte. Mais moderno, caro e frágil, além de ser um elefante branco estéril enorme vindo de um continente muito distante. E porque não exigir que o tal do VLT fosse construído aqui, no subúrbio, já que a Bahia sempre foi a terra da evolução deste país desde que ele foi inventado? Teríamos mais indústria, mais empregos e menos desigualdade. - Mas a desigualdade é fundamental para o sistema capitalista vigente. - Assim gritam os nossos neurônios.
Então chegamos ao ultranacionalismo e aquele racismo intrínseco que insiste em pavonear a consciência dos que fingem compreender o que está acontecendo logo abaixo do tom dos seus gritantes 30 ovos por 10 reais: “Ah! Os nordestinos estão elogiando os programas sociais do governo dos Trabalhadores, mas vêm para o sudeste roubar nossos empregos!”; “As cotas são racismo, visto que todos tem a mesma capacidade de aprender(...)” e a gente se pega em meio a um raciocínio que jamais vai levar nenhuma pessoa a nenhum conceito decente ou avante pra uma sociedade justa e igualitária. Será que teremos que ser inimigos?
Nenhum patrimônio nacional seja ele cultural, histórico, geográfico, mineral, botânico filosófico, ou seja o que seja, será valorizado, pois a única coisa que pode sê-lo no atual momento é o movimento do capital entre as elites sejam elas políticas, empresariais ou humanas. Nada é mais importante do que ele, mas nós, os “não-elite”, não podemos participar do manejo do lado de fora da manada. Somos a riqueza tratada como lixo, não desperdiçada. Mas nós ainda somos sujos e podemos feder muito, pegar muitas doenças e morrermos realizados.
Fico imaginando um dia, na verdade seria mais um pesadelo, na verdade seria tão idiota quanto a ciclovia que colocaram na suburbana, seria uma demonstração de poder, mas apenas de poder fazer merda e ninguém lhe dizer nada por isso, o famoso autoritarismo querido de todos os dias que todo homem brasileiro entende e muito desde que nasceu, mas, retornando, ...um dia que a Bahia houvesse apenas pretos que se cuidassem e se respeitassem independente de sua condição social ou financeira, seriam apenas iguais se colaborando, mas isso, como eu disse, não seria real. Não precisamos de pele pra sermos gente, não precisamos de Estado pra sermos humanos. Acho que com um pouco mais de consciência poderia nos tornar pessoas muito mais decentes.

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