domingo, 9 de outubro de 2016

Ame-a ou a deixe, infeliz!

- Chupe-me ou cale-se!
Ela está sempre disposta. Hiperativa. Não pára com a boca quieta. Sempre conversando demais. Como se livrar de uma relação assim? Pra que se livrar de uma relação assim? O que fazer com uma relação assim? Talvez fechar os olhos e esperar que ela aos poucos comece a sussurrar e então se cale ou dedique-se à outra atividade oral: Sonhos.
Mas quando eu a vejo quero que seu dia seja melhor que o meu, porque eu sei que ela talvez não tenha a experiência de um dia péssimo salvo só por um sorriso seu. Talvez não consiga entender como a breve imagem da felicidade, ainda que fingida, possa trazer tanto conforto e alegria a uma alma.
Nenhum de nós precisa, nem de tanta badalação, nem de tanto barulho, nem de tanta felicidade, só de dinheiro. Pra podermos pagar as contas do fim do mês, as da semana, a cerveja de mais tarde e todas aquelas coisas de última hora. Estar feliz em cumprir com tudo isso já vale como felicidade, mas ela vem sorrateiramente.
Então ela chega disposta, hiperativa, falastrona e adoravelmente me toma de assalto e me fode. Me chama de covarde e ainda diz que quer apenas me fazer feliz. Não há discussão. Apenas sussurros, gemidos e um baita calor. O que fazer com uma relação assim? Como se livrar de uma relação assim? Pra quê se livrar de uma relação assim?
Depois talvez, ao abrir os olhos malandramente felizes, haja apenas uma dúvida abalando nossos corações: 
- Quem faz o café?

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