domingo, 22 de maio de 2016

Rock, amor e uma canja

Chame de amor, chame de maluquice, chame do que você quiser. Quando a felicidade está em encontrar alguém não há nada nesse mundo que possa cortar sua onda. Um abraço, uma cerveja, uma dose de pinga, um beck, um breve aperto de mão no meio do corre-corre diário tudo isso faz você amar estar vivo e amar ser só você mesmo, e por mais que se esqueça disso frequentemente existem aquelas figuras que fazem questão de lhe lembrar o quão importante é cada minuto de convivência contigo.
Umas semanas atrás eu fui ao show da Declinium, banda que eu tenho o maior respeito, admiração e amizade, uma banda do caralho irmã da minha banda, The Honkers, pois fizemos muita zuada juntos ao longo desses 18 anos. Oreah é como se fosse um irmão que foi perdido ao nascer e reencontrado no rock. Também tocou a Modus Operandi de outro irmão do rock, Deus(Eduardo), que estava começando o show na hora que eu ia chegando. E que show da porra! Tudo bem seguro, coeso, nada estava demais, nada estava faltando, nem mesmo uma guitarra já que David transformava seu teclado em uma máquina de sensações sonoras. Foi um puta show do caralho e eu ainda estava só começando a beber meu jatobá.
No fim do show da Modus fui com Oreah e Leandro(guitarra da Declinium) buscar outra garrafa de jatobá e aproveitamos pra botar as conversas em dia. Na volta, Oreah estava quase chorando ao declarar seu amor por nossa amizade que com o passar do tempo se manteve firme e ativa apesar dos eventos estarem cada dia mais raros e difíceis, para mim, de se ir. Nossos raros momentos de contato físico são dedicados a beber e nos divertir, isso nós cumprimos a risca. Curtimos nossa companhia pelas ruas do Pelourinho e de repente parecia que o mundo estava todo em harmonia. Na volta rolava o show da Jato Invisível. Ficamos na área externa do espaço Buk bebendo, conversando e foi quando uma amiga muito querida apareceu com sua outra amiga danada. Só pra melhorar uma noite que já estava esplêndida.
Na hora de tocar Oreah parecia estar em outra dimensão. Era puro feeling. E sua de sua voz soavam palavras mágicas transformando tudo em poesia. Triste de quem estava sóbrio, pois aquela energia que emanava da banda por si só já era embriagante, mas o que me chapou mesmo, me deixou em "estado diz'graça" foi quando Oreah me chamou pra tocar baixo. Véi!, na moral eu sei que é clichê, mas era um sonho sendo realizado com uma das músicas que eu mais gosto nesse mundo:"estranhos". Oreah e Fofo são meus heróis há mais de uma década e estar do lado deles sempre foi uma alegria, tocando então... "Jonas me dá mais um trago, que eu quero me divertir..." A noite não poderia ter acabado melhor.
No dia seguinte, na volta pra casa eu pensava, apesar de toda a turbulência política no país e da falta de transporte(afinal era domingo) que estava tudo lindo. Nada poderia abaixar meu astral, pois eu estava pleno de uma energia que só o bom rock e o amor verdadeiro são capazes de emanar.
ÊA!

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