quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A pujante imbecilidade humana

Por mais que a cada dia a gente tente se comunicar melhor com as pessoas, algumas coisas permanecerão impossíveis de se fazer entender.

Algumas pessoas não perderão a mania de fazer outras pessoas perderem seu tempo com coisas que não a interessam pelo simples fato de elas não conseguirem tomar uma decisão com o que fazer de suas próprias vidas. O maior problema é que nós às vezes não conseguimos tomar uma decisão nem sobre qual a melhor coisa pra fazer numa manhã de folga, ou numa noite de sexta-feira. Tal indecisão é fruto da pequena capacidade de lidar com reações próprias e alheias. Estamos sempre preocupados com o que os outros vão pensar, onde eles estarão, como agiriam em nosso lugar. Isso é uma prova direta da teoria da imbecilidade, que diz que todo o ser humano tem o direito inalienável de ser imbecil. Daí vem o mala, que é aquele cara que te leva a um lugar que você não quer pra fazer algo que você não estava a fim e ainda te enche o saco pra que você ache tudo maravilhoso, e te tacha de antissocial, antipático, e não há nada que você possa fazer quanto a isso. Os imbecis são assim, se acostume. 
Ainda tem aquelas pessoas que lhe pedem um favor e mesmo que você não tenha tempo, tenta ajudar, mas aparecem outros pequenos favores a fazer que acabam tomando todo o seu tempo e mesmo que você tenha avisado que não poderia demorar a pessoa fica chateada e te chama de sacana. O tipo de imbecil mais legal é aquele que trabalha prestando algum tipo de serviço. Certo dia fui a um restaurante e perguntei ao garçom: "Qual cerveja vocês têm aqui?" ele me respondeu: "Long-nec", é lógico que eu perdi a vontade de beber. Aliás esse negócio de cerveja é meio complicado demais pra gente imbecil. outro dia, num boteco aqui perto de casa, rolou o seguinte diálogo:
- Amor, me traz uma cerveja, por favor!
- Qual?
- Qual a srta tem?
- Skol e Schin.
- Me traga a que estiver mais gelada.
- As duas estão geladas. Qual você quer?
- Qualquer uma!
- Qualquer uma não tem.
- Filha, veja a cerveja que estiver mais gelada e traga.
- Você tem que me dizer se quer skol ou schin.
Depois de respirar fundo, apesar de minha vontade de já estar bebendo, pedi a ela que me trouxesse uma skol e a imbecil me trouxe uma cerveja quente.
Tem uns casos de imbecilidade que na verdade podem ser apenas embriaguez. Certa vez tava comendo água com uns amigos e mesmo deixando claro que, após termos almoçado já à noite, eu ainda estava a fim de continuar comer água de maneira profissional, deixei me levar a uma pizzaria, pois alguém queria comer, mas passados 20 minutos, após terem olhado o cardápio e eu já ter terminado a 1ª cerveja, que era mais cara e menor que a que eu estava bebendo no bar anterior, ninguém havia feito o menor movimento em pedir coisa alguma. Como eu já estava pensando em pedir outra cerveja resolvi tentar ajudar a adiantar o lado pra que eu pudesse voltar ao bar pra comer minha porra de minha água em paz. Perguntei que sabor as pessoas preferiam, pois é claro que eu não ia pra uma pizzaria tomar cerveja, não quando tem cerveja maior e mais barata do outro lado da rua. isso gerou uma discussão sem precedentes, porque as pessoas, apesar de não terem pedido porra nenhuma, tinha a possibilidade de pedir fatias ao invés de uma pizza inteira. No final as pessoas comeram uma pizza grande e saímos dali bem mais rápido do que se estava desenhando, mas o stress na cabeça dos imbecis foi altíssimo. Pior pra mim que acabei dormindo, mas acordei pra beber vinho.Enfim, a capacidade que o ser humano tem de fazer merda e ser inconveniente com os outros é diretamente proporcional ao seu coeficiente de imbecilidade.
Agora... para determinarmos se um lugar é habitável temos por primeira medida que bombardeá-lo. Se o local resistir ao bombardeio, também será capaz de resistir a pujante imbecilidade humana que no fim das contas é apenas a capacidade de destruir tudo o que pode ser agradável no mundo.

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