domingo, 17 de dezembro de 2023

Tem hora errada pra perder coisa

O que é ser obrigado a "possuir" o que não quer ter? Ainda por cima não conseguir ficar bem com uma aquisição que você acha estúpida?! Pois bem! A "benção" do smartphone lhe induz a isso e lhe escraviza. Faz de seu nome na rede social algo mais importante do que numa agenda telefônica e faz a sua vida depender disso.
Há uns anos, um jornal impresso fez uma matéria sobre aparelhos e disse que eu era um azarado por perder celulares com certa frequência, incluindo roubos e furtos. Era muito terrível.
Com o passar do tempo nada mudou, apenas a tecnologia dos telefones, que passaram a ser inteligentes demais e a incomodar mais do que a servir. E eu não deixei de perdê-los. 
Em minha penúltima aventura eu havia caído de bicicleta com celular e tudo no rio Paraguari, que fica aqui no bairro. 
Fiquei usando um tablet, emprestado de Mamita, meio sem querer, mas já tava abusando. Por sorte a proximidade do meu aniversário sensibilizou a mãe lindona, que me presenteou com um "maldito" smart novo em folha. - Meu Deus!
No sábado de completar anos até que foi seguro. Tudo bem ser abandonado pela amada banda e louvada namorada. Bebi moderadamente com amigos e casuais.
Mas no fim de semana seguinte comemorei e despiroquei com Minha Preta e uns coligados bem das antigas. Visitamos a praia de Pericity e o rio Paraguari, visitamos as praças: - Caralho, como eu gosto de meu bairro! - fiquei sabendo das brigas de estação entre outros papos de subúrbio. Um abará, umas cachaças e, depois de um dia espetacular, tive que me lembrar do "abençoado aparelho telefônico esperto móvel" cujo paradeiro não me dera falta até a hora de ir dormir...
E cadê ele?! Já era alta noite e eu já tinha admirado o céu de vários timbres, de estrelas. Minha amada e meus amigos mais "chatos" estiveram comigo. Não o ouvi tocar, não senti sua falta. Mas me doeu profundamente seu sumiço. Me senti um lixo. Nada poderia me perdoar por perdê-lo. Voltei com a Preta na cachaça, no acarajé, onde apreciamos o céu... nada. (Só amanhã!)
No dia seguinte, sem graça, fui às casas dos amigos resenhar, saber e contar as  novidades. Rimos chorosamente e fomos novamente refazer o caminho etílico da praia, que na pior da hipóteses tinha o sol de Salvador e era Domingo. Na chegada no lugar da praia que na chegada no dia anterior eu derrubara meu amigo Tadeu, cadeirante, na areia (e não tinha me lembrado disso, mas ele, sim), haviam mesa, cadeiras e umas meninas tomando sol e cerveja, eu expliquei a elas a situação de que só iria auscultar, se a areia ia emitir um canto de pássaro é que seria a chamada pra mim, que estavam fazendo ali de junto. E não é que o sacana cantou? Não choveu, não molhou e gostou de mim, porque pra aparecer desse jeito tem que ter muito amor envolvido.
Salve!

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