terça-feira, 11 de outubro de 2022

Marina, minha Bike Roubada?

Era segunda-feira e eu saí da casa de minha amada meio atabalhoado, talvez até desembestado, mas já não era uma segunda normal. (Precisava eu de remédios?)

Deixei minha Preta no trabalho e parti a mil pra enfrentar uma Estrada das Barreiras inacreditavelmente calma e amigável. Era possível transitar por entre os carros ou pela beira da pista com a mesma cordialidade que nunca se sonhara.

Por algum capricho da natureza ou desacerto mesmo do destino, uma pequena vacilada na rota foi me deixar nas Sete-Portas, que me levaram ao Campo da Pólvora, que me avistou um banco, que me lembrou estar duro e precisando de pormenores de homens velhos.

Apesar de estar com o cadeado enrolado no guidão, não prendi a bicicleta, e entrei na agência, como sempre, de capacete e pochete, pois ia usar apenas o caixa-eletrônico. E usei, fiz o saque, contei e guardei o dinheiro. Só não lembro de ter saído do banco.

O que pensava eu? No que me entretive? Por que demônios fui voltar a mim a alguns metros de lá, caminhando apenas de meias e sem a menor noção de nada. (Não tomara meus remédios.)

Não tinha um arranhão. 

Marina desaparecera.

Amanhã faz um mês.


Bike Roubada


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