domingo, 13 de janeiro de 2019

As estradas estão iluminadas pelas lanternas alheias

Não importa o quando você esteja certo (ou errado) em cada coisa que você escreve, fala, faz (ou deixa de fazer); Não importa quanta interpretação, paciência, memória (ou estudo) aquilo que você disse, construiu (ou derrubou), lutou, esqueceu de defender. As palavras tem interpretações devido ao aspecto, cheiro, morbidez (ou clareza) de quem as pronuncia ou escreve. "Os outros" irão apenas entender o que eles quiserem. E não serão apenas as suas palavras ou atitudes distorcidas ou manipuláveis, você pode ser induzido a uma infantilidade. As pessoas entendem o que elas querem ou o que querem fazê-las acreditar.
Procuramos andar enquanto vemos luzes que não sabemos nem de onde podem estar vindo. Pelo ar, quem sabe? Precisamos correr. Elas estão por aí. Ouvimos ruídos, sussurros, conversas que ficam materializadas, demais mesmo pra sentidos ou espíritos elevados por uma ou duas doses de angústia ou desespero. O pensamento perde-se.
Nessa cidade não há difamação que se faça que não seja levada como verdade seja lá o absurdo que seja ou dito. A cogitada condição de "negro pobre" leva o sujeito a situação de culpado mais cedo ou mais tarde não tem pra onde correr e é cansativo, mas se vacilar, um dia vai se empedernir. Ele vai cansar de ser "do contra", vai se cansar de ser mal-visto, vai cansar de não ser ouvido e de ser mal-falado e então vai tomar uma atitude que irá fortalecer ainda mais as difamações, mas não tem nada não! é assim que funciona.
É como se um ônibus passa do ponto apenas por você ser um único fodido lá parado no ponto, ou por estar com outros fodidos azarados como você que devem entender e se resignar e ter paciência para na próxima greve dos rodoviários você ir lá exigir seus direitos de um fodido usuário de transporte público. Lhe tratarão como lixo, não importa o que disser.
Importa apenas o que você sente. 

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