...Então lá estava EU em frente à praia que tanto persegui; o VENTO e a MARÉ conversavam sobre alguma coisa que estava se APROXIMANDO.
Claro! Me senti IMPORTANTE.
Comecei a sorrir.
Até então, apenas o violão comigo conversava. Eu ainda não tinha percebido que podia receber as outras informações PSICODÉLICAS dali.
Larguei o celular ali do lado, nestas ferrovias sesquicentenárias ele era apenas mais uma das britas sesquicentenárias que a leste usara.
As palavras do vento, da maré… até mesmo dos pássaros, cães vadios, dos transeuntes, todos compunham a letra perfeita para aquele momento de PSICODELIA ESPETACULAR.
Não importava se aquele cara que eles estavam conversando na letra era o trem que acabou participando na maior cara de pau. O momento foi mesmo perfeito em tudo. Na verdade eu é que nem devia estar ali; ainda fico ouvindo a conversa dos outros; ainda escuto a porra toda errada; e ainda vou fazer música? Claro que tava errado! O vento e a maré não ia ficar a fazer comentário da chegada de um neguinho com o violão.
Mas eles tiveram que fazer o som comigo, digo, com o violão, é claro, me entendam bem!: o vento, as ondas e o intrometido e afinado trem.
https://soundcloud.com/thilindao/suburblues
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