Pra não dizer que sou só desgracioso

Jornal Atarde 08/11/2018

Jornal Correio da Bahia 09/11/2018

#TheHonkers #BigBands #CorreiodaBahia #Atarde

É bom estar no jornal de vez em quando por fazer um rock qualquer de 20 anos perdidos e não cometendo qualquer bobagem de corrupção. E isso eu falo por mim pelo menos. Eu sou esse cara agnóstico, alcoólatra, anarquista, autodidata mau em quase tudo, desengonçado, doidomuitomalucomesmo, esquisito, feão, feio, filantropo, filósofo..., Nego, Negão, (...) Preto, pobre, paupérrimo... (porém), querido; roqueiro; suburbano;, que nem é chegado em badalação, pois prefere o sossego das praias suburbanas ou dos bares de D. Geró e do de Seu Roberto, ambos de Periperi (puta bairro que eu amo!), que vos escreve.

Minha resistente banda comemora seus 20 anos esse ano e estamos cada dia mais satisfeitos com a porcaria de som que fazemos. Somos ainda mais sujos com o passar dos cometas e asteroides e fazemos um rock ainda mais elegante pra a gente insana sobrevivente.

Estamos por aí por suas telas com nossos vídeos feitos pela Malta Produtora: The Honkers - 24 hours from your heart, The Honkers - Nothing Will Ever change The Way, de nossos amigos/irmãos Diego e Rodrigo. - Obrigado, caras! 'cês são uns sacana gente boa do caralho! - No show nós lançamos o segundo trabalho deles conosco.

P.S.:O texto era pra ter ido ao ar antes do show e seria algo diferente, mas não há nada como o imprevisto pra tornar possível o imprevisível.

Coisentificando a falta de sentido da lembrança...

Puxa vida! Não sei o que queria... Falar sobre a bebida... Que coisa! Mas, mas que coisa!!! Co i sa!!!

Suburblues...

...Então lá estava EU em frente à praia que tanto persegui; o VENTO e a MARÉ conversavam sobre alguma coisa que estava se APROXIMANDO.
Claro! Me senti IMPORTANTE.
Comecei a sorrir.
Até então, apenas o violão comigo conversava. Eu ainda não tinha percebido que podia receber as outras informações PSICODÉLICAS dali.
Larguei o celular ali do lado, nestas ferrovias sesquicentenárias ele era apenas mais uma das britas sesquicentenárias que a leste usara.
As palavras do vento, da maré… até mesmo dos pássaros, cães vadios, dos transeuntes, todos compunham a letra perfeita para aquele momento de PSICODELIA ESPETACULAR.
Não importava se aquele cara que eles estavam conversando na letra era o trem que acabou participando na maior cara de pau. O momento foi mesmo perfeito em tudo. Na verdade eu é que nem devia estar ali; ainda fico ouvindo a conversa dos outros; ainda escuto a porra toda errada; e ainda vou fazer música? Claro que tava errado! O vento e a maré não ia ficar a fazer comentário da chegada de um neguinho com o violão.
Mas eles tiveram que fazer o som comigo, digo, com o violão, é claro, me entendam bem!: o vento, as ondas e o intrometido e afinado trem.

https://soundcloud.com/thilindao/suburblues

Vá e leve...

Leve desaforo

mas leve pra casa

Leve problemas

mas só os dos outros

Leve uma porrada

de rock na sua moleira

Leve uma rasteira

e fique levado

Leve uma rasteira

e fique levado

Leve uma rasteira

e fique levado