domingo, 9 de setembro de 2018

Algumas tardes são meygays, mas e?

Numa terça-feira dessas eu havia almoçado cedo, apanhei Marieta e caímos no mundo rumo ao centro da cidade para resolver algumas incoerências monetárias e, quem sabe depois, comprar um papel ou um livro novo e voltar pra casa, mas não foi nada disso.
Eu precisava tomar uma cerveja com alguma alma desaparecida, poderia ser no porto da Barra, depois poderia ir no Bagacine visitar Xanxa; visita eu devo desde que a parada existe, mas nada poderia ser simples assim. Sabe aqueles dias que você só precisa ir ali e voltar pra continuar sua vida, completamente desequilibrada e sem loucura que ainda não esteja ativa, continue positivamente vibrante? Pois é!
Cheguei pouco depois do meio-dia no banco e fui sair de lá 13:02h ainda decepcionado, frustrado, nem sei. Olhei para as horas depois de resolver minhas paradas que nunca terminei de resolver. Subi pra cidade alta de Lacerda e pedalei até o Campo Grande tentando curtir o máximo do centro da cidade que eu tenho visitado tão pouco, estava a fim de comprar o papel pra pelo menos o deguste de sempre..., mas eis que lá me encontro com um parceiro desses que a gente não vê sem tomar uma gelada. Chibilo. Ele tinha pressa de voltar pra suburbana, se sentia sujo e cansado das aulas. "Pobre Chiba!" pensei alto. Mas ainda ia ficar na rua sozinho até umas 17:30h? E sozinho, de bicicleta, "na cidade?" Num dá não! Convenci ele pra a gente degustar pelo menos uma cerva e ele topou, mas só podia uma. Éh! - Fazer o que?
Na volta pro ponto de ônibus, latões na mão, encontramos mais um de Pericity querendo dizer: "posso beber não, véi!" mas, coitado! ele só resistiu até o busu de Chibilo chegar e eu ficar sozinho com o latão na mão; foi até o isopor mais próximo e pegou uma latinha pra não me deixar batido. Disse que esperava o ônibus pro fim de linha (1613) já faziam 2 horas (estava lá quando encontrei o outro sacana?). Ele estava encostado do trampo por causa de umas porradas nas pernas e houvera sido examinado pelo médico, por isso resistira a beber de início, mas um bom cachaceiro sempre arruma uma desculpa bem convincente. Trocamumarridéias sobre a vida na suburbana e o busão chegou. Era 14:30 e me vi sozinho novamente. Agora eu tinha que arrumar um comparsa. Peguei o telefone e lembrei do meu companheiro de banda e cachaça só que agora ele tava na região metropolitana trabalhando e não mais no meio etílico: 
- Ô véi, bó comer água!
- Posso não, man! Tô em Lauro!
- Que puta!
- Ligue praSputta. - Ele disse-me ele com aquela voz de quem tinha uma dor na hemorroida.
"Aquilo é ultra puta!" Pensei eu cá comigo. Liguei, tava revirando a livraria do cinema.
Cheguei no cinema em  poucos minutos e lá ainda encontrei mais uns outros conhecidos que nem estavam a fim de celebrar a beleza da tarde com uma cerveja ou duas: um professor atrasado para a aula e o dono da loja que não podia sair e nem bebia na nossa  modalidade, mas convenci a Sputta, ou foi ele que me convenceu, a irmos visitar nosso coligado cinematófilo cuja saudade me fazia dispensar até a gelada. Sputta pegou uma dessas bikes Itaú e fomos.
O resto da tarde com nosso irmão que mais dormia do que dialogava foi bem bacana.
"Essa é mesmo uma bela dupla de sacanas."

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