Eu era o
único virtualmente solteiro na viagem e o que parecia mais
apaixonado. Só de ouvir "estranhos", da Declinium eu me
comovia e, na primeira parada, liguei pra minha ex dizendo que estava
com saudade e todo aquele blá blá blá de corno arrependido, não
que eu fosse corno, mas era o que a situação parecia. O refrão da
música fala:
"...
e novamente estou pensando em você,
Que nem
precisou me esquecer
E por
favor me diz como é que se faz
Pra
esquecer alguém de quem você nunca lembrou...."
Isso
literalmente fudeu toda a “Stop Over”. Eu não conseguia parar de
pensar nela e em toda parada lá ia eu pro telefone: Espírito Santo,
Rio, São Paulo, Curitiba, São Paulo, Rio... era sempre a mesma
coisa, ninguém comia ninguém, mas só eu era solteiro e não
precisava ser fiel. Até tentei amar em Curitiba, mas fui descoberto
com uma garota no banheiro pelo namorado dela que, graças a deus!,
chegou antes que uma outra garota saísse e não viu maldade na minha
situação de duas garotas comigo num banheiro, tinha rolado até um
beijo triplo, mas aí o cara chegou e essa é uma outra longa
história.
A Stop
Over Tour estava chegando ao fim e parecia que nada mudaria minha
sorte. Só de ver Juliana Paes sambando na Viradouro fiquei alegre
até chegarmos em B.H..
Logo na
chegada fomos à TV BH dar uma entrevista e lá encontramos Lô
Borges e Alex “Cabeção”, então jogador do Cruzeiro. Como o
Bahia enfrentaria o seu time na última rodada pedimos pra ele
aliviar, pois o Cruzeiro já estaria campeão e o “Baêa” corria
risco de rebaixamento. "Quando a gente se enfrentar o Bahia já
vai estar rebaixado." Disse ele com desdém miserável. (O
infeliz ainda fez 5 gols nesse jogo, um pra cada Honker)
A
apresentadora do programa era uma graça e ficou toda se chegando pro
nosso lado, chamou até pra tomar uma, mas nosso amigo Claudão(y),
tinha outros planos ...
- Vamos
pro Acarajé da Baianinha.
Pensar
num acarajé em Minas me lembrou logo do de Aracaju(y), que era
medonho (acarajé bom só na Bahia, penso eu), mas esse, mesmo que
fosse medonho, já valia pelo lugar, repleto de gatinhas, de 14 anos,
algumas mais velhas, verdade, mas as gurias eram lindas e
absurdamente abundantes. Belo Horizonte realmente estava prometendo e
o acarajé era bem gostoso.
Falamos
do show com algumas garotas, que prometeram ir nos ver, demos um
monte de risada com Caludão(y), enchemos a cara e partimos pro hotel
pra descansar, pois não havíamos parado desde que saímos de
Curitiba naquela manhã, sequer tomamos banho antes de sair de lá.
(Pense nuns caras fedidos! Depois ainda quer comer alguém.)
Depois de
acomodados, fomos procurar um lugar pra comer e paramos numa
lanchonete em que dois viados conversavam:
- Eu
gostei do pretinho.
- Eu
gostei do baixinho.
Nada
contra os gays, mas aquilo foi foda. Os caras me alugam até hoje: "
Você podia ter se dado bem naquele dia!" é o que dizem me
sacaneando.
Passamos
a manhã seguinte consertando Rebeca, pelo menos eu e Brust.
Arrumamos um mecânico chamado Léo, que tinha acabado de chegar de
um casamento e nem trocou de roupa, foi logo metendo a mão no
trabalho. Ele tinha cascos de cerveja na oficina e abrimos o dia lá
mesmo. Duas, mais duas, mais duas... e Rebeca nada de ficar pronta.
- Tem que
comprar isso aqui e isso aqui. - Disse Léo.
E lá
íamos nós enquanto os outros imprestáveis dormiam. Compramos as
peças e voltamos a oficina onde Léo conversava com uma morena que
só em BH mesmo. Convidamo-la ao show também e fomos almoçar, ela e
Léo, eu e os Honkers.
À tarde
voltamos pra ver Rebeca, que ainda não estava pronta, e decidimos
tomar umas por aí, dessa vez, todos os Honker Boys, mas no final da
tarde ficamos, eu e Brust de novo, porque o povo queria descansar
antes do show. Sentamos o pé na jaca até o começo da noite,
encerrando com duas doses de uma caninha mineira de qualidade.
Na saída
para o show ainda voltei no bar sozinho pra tomar mais uma dose.
Quando chegamos na A Obra as coisas ainda estavam se arrumando e eu
tentava encontrar a tal da cerveja Serra Malte, que me disseram que
era muito boa, mas não encontrei e ainda fui xingado por um bebum
que disse que a cerveja mineira era muito boa, que o baiano aqui era
muito metido etc. - Logo eu?!
O show na
Obra foi qualquer coisa de insano. Sputter entrou num tonel, andou de
bicicleta, caí com Calaudão(y) no meio do salão e o pessoal até
cantou nossas músicas, foi realmente um espetáculo lindo. Ao final
umas garotas nos convidaram para uma esticada e é lógico que eu
fui. Brust, o Velhinho e Dimmy estavam cansados, então Rodrigo me
acompanhou, pra eu não cair de novo, como aconteceu em Curitiba
(outra longa história).
Paramos
numa sinuca altamente underground que ficava no 1º andar e a noite
tinha tudo pra ser perfeita: 4 caras, 5 garotas, cerveja, drogas,
rock'n'roll (pelo menos é o que eu me lembro) o que poderia dar
errado?
Tudo que
recordo foi de sentar pra conversar com uma das garotas e acordar
sendo carregado por Rodrigo pra fora do carro na porta hotel
derrotado pela cachaça.
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